Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Tendências da Economia Brasileira Segundo Mendonça de Barros

20 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , , ,

José Roberto Mendonça de Barros é um economista competente, que participou do governo no período em que os tucanos tinham um papel relevante na formulação da política econômica. Suas análises sempre foram e continuam sendo ponderadas e, no artigo publicado neste domingo no O Estado de S.Paulo, ele indica sete tendências que estão agravando a percepção negativa da atual situação da economia brasileira. Ele começa por apontar a tendência de piora do regime fiscal, de um lado decorrente dos gastos fiscais correntes que aumentam acima do crescimento do PIB, sem crescimento dos investimentos. De outro, com as receitas infladas por eventos pontuais que menciona, ao lado de artifícios que disseminam a noção de um déficit fiscal acima do pequeno superávit anunciado oficialmente.

Como segunda tendência, aponta a piora no quadro inflacionário brasileiro, mostrando que existem inflações que já ocorreram e não estão registradas, como decorrência de artifícios que não permitiram sua explicitação. Cita os casos concretos em que subsídios estão sendo concedidos para tanto, que fica reconhecido com a necessidade de elevação da taxa Selic pelo Copom. Como terceira tendência, aponta a piora da balança de pagamentos, com as exportações estagnadas enquanto as importações continuam crescendo, denotando a perda de competitividade brasileira.

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José Roberto Mendonça de Barros

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Aposentadoria é Uma Discussão Mal Colocada

12 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Entre as discussões e reivindicações mais legítimas que estão sendo apresentadas, mas que contam com menores racionalidades, estão as relacionadas com as aposentadorias, com sindicalistas e outros solicitando o fim do fator previdenciário. Como se trata de um assunto que envolve complexos cálculos atuariais, necessitaria ser colocado de forma mais simples e prático, para a compreensão de todos. Muitos reconhecem que a população do mundo está aumentando a sua expectativa de vida, mesmo havendo muitas reclamações sobre os serviços de saúde, com mais idosos que necessitam ser atendidos pelas aposentadorias, muitas vezes sem que tenham contribuído para a constituição de um fundo adequado para tanto. Existem até autoridades como o presidente Ernesto Geisel que aprovou a aposentadoria aos trabalhadores rurais, sem que eles tenham contribuído durante a sua vida, como se pudessem ser gerados recursos para honrar estes compromissos, sem que alguém pague para tanto.

Os países europeus que abraçaram a social democracia, procurando dar o máximo de assistência social para a população sem a acumulação adequada de recursos para tanto estão enfrentando suas dificuldades que estão levando à estagnação de suas economias. As aposentadorias em muitos países, como os asiáticos, sempre foram baixos, exigindo que a população acumulasse um patrimônio para enfrentar o seu futuro, acabando por provocar uma elevada taxa de poupança. Que as aposentadorias sejam pagas no Brasil para os trabalhadores do setor privado, que são a grande maioria, não há nenhuma dúvida. O que parece extremamente injusto é que os aposentados do Judiciário recebam muitas dezenas de vezes mais que os das empresas privadas, de forma escandalosa. A seguir, vêm os do Legislativo e depois do Executivo, sendo que em algumas estatais suas cifras são absurdas, todas sustentadas pela contribuição pelas contribuições tributárias de todos os brasileiros. Isto explica em parte a elevada procura dos concursos públicos para obterem estes privilegiados lugares, apesar da aspiração de um Estado menor.

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