Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Desastres Naturais no Japão

22 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Este site vem procurando evitar notícias desagradáveis sobre os desastres naturais no Japão, que pouco contribuem para a formação de um clima positivo no relacionamento da Ásia com a América do Sul. Mas, para ser realista, não se pode ignorar as dificuldades que todos enfrentam na Ásia, que tem sido atingida de forma impiedosa por estes desastres que são frequentes. Todos os veículos de comunicação social noticiam com intensidade os repetidos terremotos, inundações e os tufões que costumam atingir a região todos os anos nesta época, e que afetam a vida de cada um, não somente das vítimas e seus parentes.

Lamentavelmente, o atual tufão Roke atingiu o Japão de forma intensa, provocando dezenas de vítimas fatais, entre elas uma brasileira de nome Erica Inomatsa, de 34 anos. Além de muitos desaparecidos e centenas de feridos. Aos seus familiares, as palavras de consolo. Por que isto estaria acontecendo com maior intensidade?

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TV NHK na Comunicação dos Problemas Japoneses

13 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: , , , ,

O sistema de comunicação do Japão atribui à estatal NHK um papel que vai muito além das usuais para as televisões na maioria dos países. É quando ocorrem grandes desastres como os terremotos e tsunamis, que vêm flagelando o Japão nos últimos dias, que se torna possível avaliar a fundamental função atribuída a esta organização pela legislação japonesa. Todos que adquirem um aparelho de televisão no Japão são obrigados a pagar uma taxa para a NHK para que ela cumpra estas funções sociais.

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A NHK tem uma capacidade de transmitir os seus programas integralmente para o Japão e para o mundo de diversos pontos de Tóquio e de diversas cidades japonesas, substituindo suas instalações centrais, se houver necessidade. Se ocorrer, por exemplo, um bombardeio atômico sobre Tóquio ou sua sede for danificada integralmente por um desastre natural, como um terremoto, imediatamente toda a sua transmissão é assumida por outro centro.

Seus centros de pesquisa desenvolveram equipamentos sofisticados para ajudar nos serviços de defesa civil. Tivemos a oportunidade de observar equipamentos que podem ser enviados para o subsolo na eventualidade de vítimas soterradas, e mesmo sem nenhuma iluminação, somente pelo calor humano, as imagens poderiam ser transmitidas para seus centros. Atualmente, estão fornecendo informações sobre os pontos de distribuição de água potável, estradas que estão funcionando, rodoviárias como ferroviárias. As limitações de energia elétrica e a sobrecarga do sistema de telefonia, inclusive celulares, aumentam a responsabilidade do NHK.

Na atual crise, as transmissões nacionais e internacionais foram unificadas, ao mesmo tempo em que todas as informações das mais variadas regiões do Japão são transmitidas imediatamente. Como as subsidiárias das empresas japonesas não estão conseguindo contato completo com suas sedes, a NHK está sendo um dos meios fundamentais para eles se manterem informados no exterior.

Eles possuem um sistema de alerta sobre os terremotos que continua ocorrendo alertando a população com alguns minutos de antecedência, transmitindo durante o sismo para informar a sua duração, e logo depois qual foi a intensidade nas diversas localidades.

O governo parece estar recomendando que somente notícias confirmadas sejam transmitidas, inclusive imagens. Assim, os fornecimentos de informações estão concentrados, ao máximo, nas autoridades responsáveis, ficando o chefe da Casa Civil responsável pelas entrevistas que estão sendo prestadas regularmente, diversas vezes por dia, com ajuda, por exemplo, dos técnicos das usinas atômicas de Fukushima.

Efetua-se um esforço para evitar o pânico evitando, por exemplo, cenas dos tsunamis que envolvessem pessoas desesperadas, selecionando-se os que mostravam a extensão dos danos materiais, o mesmo acontecendo com depoimentos da população sobre a triste experiência por que estão passando.

Tudo isto está demonstrando que, nesta emergência, há uma orientação unificada para o povo japonês, que está colaborando com as autoridades. Isto dá uma amostra da possibilidade de uma mobilização nacional para a recuperação do Japão, com as ajudas que estão chegando das mais variadas partes do mundo.

Como a NHK está autorizando o uso contínuo de suas imagens, em japonês e inglês, estamos providenciando um link para suas transmissões no nosso site.


Violento Terremoto no Japão

11 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , , , | 4 Comentários »

JAPAN-QUAKE/Japan Earthquake

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Imagens da destruição provocada pelo terremoto e tsunami no japão. Fotos NYT

Um grande terremoto em torno das 14h46 locais, infelizmente, atingiu o Japão espalhando seus estragos por uma vasta área. Informam que teria sido de 8,9 graus Richter, ficando seguramente entre as cinco mais violentos conhecidos no mundo. As mortes até agora anunciadas ainda se restringem a algumas dezenas. Isto mostra que o Japão está bastante preparado para grandes desastres, desde o grande terremoto que arrasou Tóquio em 1923, que se estima tinha 7,9 graus Richter. Este atual acidente poderia estar provocando milhões de mortes, além dos infindáveis prejuízos materiais.

O tsunami provocado pelo terremoto continua espalhando seus estragos, com ondas de 10 metros. Muitos meios de comunicação do Japão e do mundo estão dando as informações possíveis, pois há dificuldades energéticas, de comunicações, bem como de transportes, que foram desligadas preventivamente. Muitas usinas atômicas foram atingidas, mas não existem informações sobre vazamentos.

A área atingida não é de concentração de brasileiros que trabalham no Japão, mas há informações que estragos foram provocados mesmo em Tóquio e em Saitama, com níveis de terremoto mais baixos, mas que chegam ou supera 7 graus Richter, que é respeitável.

Espera-se que os japoneses, com a ajuda solidária do resto do mundo, dediquem-se com afinco para a reconstrução, usando esta calamidade como desafio para provocar o soerguimento de um país que tem tecnologias e uma capacidade de aglutinação da população para esforços coletivos diante de desafios desta magnitude, como já demonstrou em outros, como o de Kobe há alguns anos.

Nossa mais irrestrita solidariedade a todos que, de uma forma ou outra, foram afetados por este desastre natural.