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Tecnologias de Semicondutores Para Aplicações Médicas

29 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , ,

Um interessante artigo de Takashi Kurokawa foi publicado no site do Nikkei Asian Review falando do entusiasmo de alguns pesquisadores sobre as potencialidades das tecnologias de semicondutores para aplicações médicas. O doutor Kazuki Sawada da Universidade de Tecnologia de Toyohashi está trabalhando com a engenharia elétrica para permitir o diagnóstico rápido e prematuro do Alzheimer com os chips, utilizando somente uma gota de sangue. Colabora com o doutor Osamu Takikawa, do Centro para o Desenvolvimento da Medicina Avançada para demência no Centro Nacional de Geriatria e Gerontologia procurando detectar o peptídio beta-amilóide que se acumula nos pacientes de Alzheimer, provocando a perda de memória e outros sintomas de demência. A sua detecção precoce poderia dar aos médicos a chance de tratamento e retardar o avanço dos sintomas.

Os doutores Sawada, Takikawa e seus colegas desenvolveram um sensor semicondutor para detectar beta-amilóide, e na medida em que o sangue escorre sobre este dispositivo, o aparelho mede uma ligeira mudança de tensão. Outras tecnologias disponíveis demandam mais tempo e mais sangue para exame, exigindo que o paciente vá a uma clínica, enquanto este desenvolvimento permite exige somente 10 minutos, podendo ser feito em casa. Mas, também existem outras pesquisas semelhantes destinadas ao diagnóstico de outras doenças, como apresentado o artigo.

Abaixo está o esquema geral, em inglês, do que pode ser detectado com o uso de semicondutores, bem como as doenças que podem ser diagnosticadas, numa tabela em seguida.

Esquema geral apresentado no Nikkei Asian Review, e abaixo a tabela das moléstias que apresentam possibilidade de serem diagnosticadas prematuramente.

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Na Universidade de Waseda, uma equipe liderada pelo doutor Tetsuya Osaka também se dedica a estudos similares, para outras moléstias. Examinam-se também as possibilidades de que chips minúsculos que seriam sensores fariam também a vigilância constante dos potenciais pacientes anexados à pele, podendo transmitir informações sem fio para os médicos.

Ainda que tudo isto tenha uma elevada potencialidade, muitos trabalhos ainda terão que ser efetuados. Os pesquisadores estão animados, mas a indústria de semicondutores se mostra pouco interessada, possivelmente pela pequena quantidade envolvida.