Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Testemunhando o Crescimento do Brasil

25 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

As oportunidades de trabalho com o desenvolvimento regional na CIBPU – Comissão Interestadual da Bacia Paraná Uruguai, que envolveram o aproveitamento da experiência de Roosevelt no Vale do Tennessee, ajudaram a programar, com a assistência do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o aproveitamento integral do potencial energético da região Centro Sul do Brasil. Permitiu a colaborações com a Comissão da Faixa de Fronteira do Itamaraty, como no IPEA – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas do Ministério de Planejamento. Somaram-se as atividades na FEAUSP – Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo e as das autoridades monetárias, quando o Banco Central do Brasil ainda se envolvia naquela época diretamente com o meio rural e infraestrutura, como na Transamazônica, na Cuiabá – Santarém e outros programas nacionais. E somadas, depois com a administração fundiária no INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do governo federal do Brasil, permitiram-me acompanhar a efetiva ocupação territorial de uma grande parte do país por algumas décadas, desde os anos sessenta do século passado. Muitas outras experiências, como a construção da Cuiabá Porto Velho ou até da Perimetral Norte, se somariam a uma lista inesgotável de projetos que tive o privilégio de acompanhar pessoal e localmente.

A construção de Brasília acelerou a ocupação em direção ao centro-oeste, quando o Brasil ainda se concentrava no litoral pouco integrado com o resto do país, que se mantinha com regiões bastante isoladas. Uma parte do Nordeste e do Centro-Oeste brasileiro ainda vivia de atividades extensivas e são recentes as notícias da ocupação intensiva do oeste baiano, de Tocantins, do Piauí e do Maranhão. O jornal Valor Econômico publica um artigo expressivo, elaborado por Gerson Freitas Jr., sobre as novas rotas para o escoamento da produção do leste do Mato Grosso do Norte, bem como parte do Pará pelos portos localizados no Amazonas, como Santarém e alternativas, inclusive com a formação da Associação dos Terminais Privados do Rio Tapajós. Grandes empresas multinacionais que trabalham com cereais, inclusive no Brasil, como a Cargill e a Bunge, já atuam procurando soluções alternativas e mais econômicas que os escoamentos pelos portos do Sul do país, que distam a mais de 2 mil quilômetros destas novas zonas produtoras.

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