Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Ídolos em Correntes de Solidariedade

11 de abril de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos | Tags: , , , , , , , ,

O teatro da emissora NHK em Shibuya, Tóquio, tem sido palco de shows e concertos transmitidos ao vivo, dedicados a consolar desabrigados do nordeste do Japão. Com adesão carinhosa de cantores populares de diferentes ondas e idades, e de veteranos queridos como Hossokawa Takashi, Kitagima Saburo, Miyako Harumi, Sen Massao e Shujenzi Kiyoko. O repertório é de canções de eterno sucesso que o público canta de cor, e remetem a temas que cativam a todos: saudade, natureza, amores passados, terra natal…

Uma das músicas que mais fala ao coração de todos os japoneses nestes dias, sejam ou não oriundos do nordeste do país, é o grande sucesso lançado pelo cantor Sen Massao nos anos 70, Kitaguni no Haru (“Primavera da Região Norte”): fala da saudade de quem deixou o torrão natal, amigos, primeiro amor e pais para tentar vida em cidade grande. Sen Massao relatou que é natural de Rikuzen-Takata, província de Iwate – cuja parte junto ao litoral foi totalmente devastada pelo tsunami. A casa onde ele nasceu, em colina mais afastada, escapou por pouco. Sua idosa mãe, o irmão, e sobrinha escaparam ilesos, mas o cantor perdeu amigos de infância e colegas da escola. Ao cantar a conhecida Kitaguni no Haru com lágrimas nos olhos, o cantor foi acompanhado em coro pelos outros artistas no palco, e pela plateia. Ninguém conseguia conter o choro. Tampouco desabrigados que assistiam pela televisão, com certeza. Ou nipo-brasileiros veteranos que cantaram muito esta canção (e cantam ainda) pelos karaokês.

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Sen Massao, Placido Domingo, Zubin Mehta e Ryo Ishikawa: solidariedade

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Doações Indispensáveis Para o Zen Budista

14 de abril de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: ,

monja coen Existem causas que valem a pena abraçar. Meu interesse pessoal em colaborar com a Comunidade Zen Budista, comandada pela monja Coen, decorre de dois aspectos relevantes: a família de minha mãe era Jinzenji, e pelos ideogramas que a compõem é possível identificar que meu avô trabalhava num templo zen budista, como artesão; militei por longo tempo nos movimentos ecumênicos no âmbito do Conselho Mundial de Igrejas e na orientação zen budista não existe uma exclusão das demais religiões. Isso pode ser observado pela biografia da Shundo Aoyama Rôshi, mestra da monja Coen.

Como é do conhecimento geral, o budismo originou-se na Índia onde os monges eram nômades e apelavam à generosidade da população para poder se alimentar, espalhando-se depois pela Ásia. Para cultivar esta humildade, os que se iniciam na vida monástica praticam este pedido pelas ruas, usando um chapéu que cobre as suas cabeças até os olhos, nos países em que estes hábitos fazem parte de sua cultura.

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