Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Reunião do BRICS na Imprensa

29 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Há um reconhecimento geral de que o BRICS é só um grupamento de países que foram reconhecidos como emergentes, de grandes dimensões geográficas. Eles têm poucos interesses em comum, sendo difícil operacionalizar uma ação coletiva destes cinco países, o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul. A sua última reunião de cúpula realizada em Nova Delhi mereceu pouca cobertura da imprensa brasileira, que acabou se concentrando mais no discurso que a presidente Dilma Rousseff fez quando recebeu da Universidade de Delhi o título de doutora honorária, quando insistiu contra o tsunami monetário como já vem fazendo há algum tempo. E os contatos bilaterais do Brasil com a Índia, cujas dimensões não justificam os atuais volumes de transações comerciais e investimentos diretos recíprocos ainda muito baixos.

O China Daily destacou, naturalmente, os discursos de Hu Jintao que pediam uma maior confiança política entre os países membros apelando por compromissos com desenvolvimentos comuns e promoção da prosperidade dos países membros, intensificando suas cooperações. Não se conseguiu um consenso sobre a ideia de um banco de desenvolvimento cogitado para tanto, onde a China e Índia contam com maiores interesses, concordando-se que este assunto seria estudado mais profundamente.

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Dilma Rousseff recebeu o titulo de honoris causa e com os quatro presidentes dos países do Brics

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Inevitável Queda da Demanda Mundial de Petróleo

11 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , , ,

Num artigo de David Blair, publicado no Financial Times, consta que os elevados preços do petróleo tendem a cair, com o aumento da oferta da Arábia Saudita para compensar a redução da produção da Líbia, e o crescimento mais lento da demanda diante da menor expansão prevista para a economia mundial, utilizando informações da IEA – International Energy Agency.

Em junho último, a demanda não cresceu, segundo a IEA. A produção da Arábia Saudita alcançou o nível mais alto dos últimos 30 anos, chegando a 9,8 milhões de barris diários no mês passado, com a OPEP compensando a diminuição da oferta da Líbia. A demanda asiática teve um decréscimo de 500 mil barris, comandada pela China, que vinha aumentando os seus estoques, livrando-se dos seus ativos financeiros. Nos últimos 12 meses, a demanda global não cresceu, mantendo-se no mesmo nível.

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Reportagens Sobre o Brasil na Imprensa Internacional

13 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

De longe, a China é o país mais noticiado na imprensa internacional, mas o Brasil também desperta muito interesse, com uma ponta de ironia nos jornais ingleses, como o Financial Times, como num longo artigo escrito por Joe Leahy ontem. Já começa alertando que um programa econômico que se beneficiou do boom mundial das commodities corre o risco de ser colocado fora da atual corrente. Mas rende-se à realidade que o governo Lula da Silva promoveu o desenvolvimento com uma melhoria da distribuição de renda, ainda que atribua a maior contribuição aos fatos como Bolsa Família. Ele toma o caso da pequena cidade de Lauro de Freitas, na proximidade de Salvador, na Bahia, como indicador do que estão chamando de “Lulismo”, que combina uma marca de economia do bem-estar social, aumentos generosos de salários e crédito fácil, que começa a ser adotado também em outros países sul-americanos.

Mas o artigo admite que de 2003 até hoje cerca de 49 milhões de brasileiros ascenderam para a classe média ou até à classe média alta, segundo a Fundação Getúlio Vargas. A renda familiar da chamada classe D e E aumentou 1,8% ao ano desde que Lula da Silva assumiu o poder, e o número desta população declinou de 96 milhões para 64 milhões, ao contrário da China onde a renda familiar cresceu menos 2% ao ano do que o PIB daquele país. O Brasil aumentou seus shoppings centers, causando inveja aos europeus que amargam dias difíceis.

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