Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Uma Visão de Lawrence Summer que é Parcial

8 de maio de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , , ,

clip_image001Lawrence Summers, um experiente economista no comando de Harvard que foi também secretário do Tesouro dos Estados Unidos, vem expressando suas opiniões preocupantes e concedeu uma entrevista a Sergio Lamucci, publicado no suplemento Eu & Fim de Semana, do jornal Valor Econômico.

Lawrence Summers

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Para Que Não Digam Que Não Falei das Flores

17 de novembro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Não tenho a qualificação de um Zuza Homem de Mello para comentar sobre a MPB – Música Popular Brasileira e sua evolução, mas como simples consumidor desejo expressar a minha opinião sobre o assunto. Nos idos dos anos sessenta do século passado, quando o Brasil passava por grandes mudanças políticas, econômicas, sociais e artísticas, um grupo de brasileiros com a maior sensibilidade, inclusive poética, que não tinha o poder da força, impunha com sua arte uma revolução de criatividade. Retomava o que Heitor Villa-Lobos já iniciara, descobrindo nas coisas simples do povo brasileiro, com muita felicidade, uma nova visão do mundo. Uma releitura das mais caras tradições musicais do Brasil, como o samba com uma nova batida que se chamou Bossa Nova. Jovens da classe média se misturavam com o que tinha de mais popular no país, com o respaldo da estrutura musical de alta qualidade, inclusive a clássica, onde se destacavam músicos como Antonio Carlos Jobim, Francis Hime, Carlos Lyra e alguns outros que conheciam as bases do que se utilizava no que se chamava música erudita, que também se socorria sempre do folclore e das canções populares em muitos países.

Numa recente viagem por localidades como Cingapura ou Tóquio, observamos que em lojas de departamento, hotéis, restaurantes finos e outras localidades frequentadas por pessoas de bom nível intelectual de todo o mundo, o que mais se ouvia no ambiente era a música popular brasileira que reconhecíamos com alegria, ainda que com nova roupagem. Depois que a Bossa Nova foi buscar a contribuição do jazz que já era internacional, os brasileiros levaram para o mundo, notadamente via Estados Unidos, uma nova música popular que impressionava até consagradas personalidades como Frank Sinatra, como foi o intenso intercâmbio com Antonio Carlos Jobim. Eventos importantes de brasileiros foram improvisados e empolgaram nas salas consagradas como a da Carnegie Hall.

Muitos cantores populares, como Sérgio Mendes, descobriram o mercado norte-americano e começaram a divulgar pelo mundo, a ponto de eu ter ouvido em fins dos anos sessenta em Quioto, no Japão, um grupo que cantava imitando-o em português, imaginando que era em inglês, sem mesmo saber que se tratava de música brasileira.

A evolução continuou e continua a ocorrer por décadas, tanto no Brasil como no mundo. Hoje, o que se ouve no mundo é uma nova MPB enriquecida com outras tendências, já polida pelo jazz atual, utilizando o que há de melhor em gravações sofisticadas em estúdios, sempre tendo por base a criativa música brasileira. Todos sabem que Garota de Ipanema é a música mais tocada até hoje no mundo, nas mais variadas versões.

Assistindo no SESC Pinheiros ao show de lançamento do novo disco de Francis Hime, Navega e Ilumina, comemorativo dos seus 50 anos de carreira, tem se a impressão que se dispõe ainda em pedra bruta de um verdadeiro diamante da mais elevada qualidade, que, com todo o respeito que se deve dar ao pioneiro selo SESC, merece uma edição de qualidade internacional como os que são feitos no Japão, lapidado com o que se dispõe de melhor em tecnologia. Todos os grandes artistas brasileiros gravam no Japão, que, além de contar com um expressivo mercado interno, ajuda a promover a exportação para outros países.

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A capa do novo CD de Francis Hime

O que não se deve esperar é que Francis Hime continue com a voz de quando jovem, pois mais que intérprete sempre foi um grande compositor, que criou músicas da mais elevada qualidade e sofisticação para letras elaboradas por muitos parceiros consagrados como Vinicius Moraes, Chico Buarque de Holanda e muitos outros. Fantasia para Violino, com arranjo e interpretação do maestro Claudio Cruz, é algo raro de ser encontrado mesmo nas melhores músicas eruditas.

Lamentavelmente, como os cantores acabam ganhando mais destaque no mercado brasileiro, muitos compositores insistem em fazer suas gravações por aqui, ainda que pudessem contar com intérpretes melhores.

Além do que consta deste novo CD Francis Hime, ele dispõe de um dos melhores acervos de trabalhos de elevadíssima qualidade que merece ser lapidado nos melhores estúdios disponíveis. É preciso aproveitar o momento áureo da melhor música brasileira nos mercados mundiais para um lançamento de qualidade internacional. Não há de faltar empresários interessados nesta empreitada, que, além de divulgar o que existe de criativo nas artes brasileiras, mostra que existe um acúmulo de trabalhos persistentes, conectado com o que há de melhor no mundo, que continua precisando mais do nunca desta alegria brasileira.


Exageros Japoneses Nos Novos Empreendimentos

16 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Já postamos neste site artigos que mostram a completa remodelação do centro de Tóquio, tanto na região conhecida como Marunouchi, que dá frente ao Palácio Imperial, como no outro da principal linha férrea do Japão, inclusive todas as áreas próximas à famosa Ginza. O mesmo acontece com a região do agitado bairro de Akasaka, onde o famoso edifício construído pelo consagrado arquiteto japonês Kenzo Tange, que era ocupado pelo Hotel Akasaka Prince, onde morei algum tempo, e que para o padrão mundial era considerado uma recente obra de arquitetura, foi destruído com uma nova técnica, para dar lugar para um novo complexo de maior magnitude.

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Famoso projeto do arquiteto japonês Kenzo Tange, onde se situava o Hotel Akasaka Prince, destruído para dar lugar a um novo complexo comercial

Agora, o jornal econômico Nikkei anuncia que em Osaka, a grande cidade econômica do Japão, inaugura-se parte do complexo que está sendo ocupado pelo Kintetsu Department Store, considerado o maior do mundo, no complexo de nome Abeno Harukas, com 300 metros de altura, num país que sofre de grandes terremotos, que não afetam estes elevados edifícios.

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The 300-meter-tall Abeno Harukas, to open next spring, houses the new main Kintetsu Department Store, which opened for business on Thursday.

Todos os economistas sabem que Investimentos imobiliários costumam ser um dos instrumentos mais importantes para ativar as economias como a japonesa, que passa por um longo período de baixo crescimento. O governo japonês, pelo que passou a se chamar Abeconomics, estimula estes empreendimentos, mas fica-se com a impressão que está havendo uma nova e perigosa bolha imobiliária naquele país.

Quando se inaugura lojas de departamento no Japão, costuma ocorre um verdadeiro happening, com a formação de filas enormes por muitos dias. Uma campanha promove vendas especiais de inauguração, com grandes descontos e oferecimentos de brindes expressivos. Fica uma verdadeira loucura, exigindo que o forte fluxo de consumidores seja organizado por uma grande equipe de funcionários para orientar os que ainda não conhecem a visita que devem fazer.

Estes complexos no Japão contam, além das muitas lojas, com áreas para lazer e importantes atividades culturais. Restaurantes e hotéis costumam ganhar espaços fazendo com que haja um verdadeiro local de importante convivência da população.

São famosos complexos como de Roppongi Hills e MidTown em Tóquio, que estão entre os maiores e mais frequentados no mundo, onde a visita costuma tomar no mínimo um dia, para se conhecer somente suas dependências mais importantes, que costumam contar com locais para a vista geral da cidade no seu topo.

Turistas internacionais de todo o mundo acabam frequentando estes complexos que contam com o que de melhor pode ser oferecido pelo Japão. A ativação da economia japonesa é muito importante para ajudar a estimular toda a economia mundial, que não pode depender somente do crescimento da China, uma modesta recuperação da economia norte-americana, e de parte do sudeste asiático.

Mas, que não seja uma bolha, que traga novos problemas no futuro, com flutuações exageradas na economia, que acabam sempre prejudicando a todos. Os que desejarem conhecer um pouco mais sobre o assunto podem acessar o artigo que está em inglês no http://e.nikkei.com/e/ac/tnks/Nni20130614D14HH708.htm


Visita do Vice-Presidente Xi Jinping aos EUA

13 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

Um artigo publicado pelos jornalistas Tan Yingzi e Chen Weihua no China Daily destaca a importância da próxima visita do atual vice-presidente Xi Jinjinp aos Estados Unidos, entre os dias 13 a 17 de fevereiro. A viagem começa em Washington, onde o visitante estará com as maiores autoridades norte-americanas, numa época crucial para a relação das duas maiores economias do mundo, tanto do ponto de vista econômico como político, inclusive para a segurança internacional.

A visita ocorre do 40º aniversário da visita do presidente Richard Nixon à China e Xi Jinping repete a visita à Muscatine, no Iowa, onde ele já esteve em 1985, na sua primeira visita. Ele falará aos representantes dos empresários americanos e chineses tanto no Comitê Nacional das Relações Sino-Americanas quanto no Conselho de Negócios Sino-Americanos, além de comparecer no Simpósio Sino-Americano de Agricultura. Dará prosseguimento aos entendimentos que se seguem aos encontros dos presidentes Hu Jintao e Barack Obama.

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Xi Jinping e as bandeiras dos Estados Unidos e da China

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Convivência Militar Norte Americana e Chinesa

11 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

 

Com a ascensão militar chinesa e o aumento de sua importância econômica e política no mundo, todos se preocupam com a polarização que ocorreu com a Guerra Fria, tendo de um lado o bloco dos Estados Unidos e de outro a União Soviética e seus aliados. Os americanos, ainda que estejam reduzindo a sua importância em todo o mundo, continuam sendo a potência mais relevante e devem fazer os esforços para uma convivência adequada com os chineses, principalmente quando ocorrem atritos isolados no Pacífico e no Índico, mas mantendo suas pressões.

O jornal norte-americano The New York Times, de importância mundial, anunciou ontem, num artigo de Michael Wines, que o almirante Mike Mullen, Chairman do Joint Chiefs of Staff, organismo que reúne os comandantes das forças terrestres, aéreas e marítimas dos Estados Unidos, o militar de maior importância no país, visitará a China e suas instalações militares, como fez recentemente o General Chen Bingde, seu correspondente no Exército de Libertação da China.

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Almirante Mike Mullen e o general Chen Bingde,

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