Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

As Mudanças na Economia Chinesa

28 de fevereiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Com o início das mudanças na administração do câmbio na China, tudo indica que ela entrou na fase das reformas que o governo de Xi Jinping pretende introduzir na economia chinesa, e os ajustamentos necessários devem ser dramáticos. O site da Bloomberg publica um artigo sobre o assunto, prevendo que possivelmente isto provocará um crescimento mais lento da China. Os custos dos recursos humanos já estavam se elevando e os subsídios diretos e indiretos dos juros, da energia, terra, água e outras formas de incentivo da economia começam a afetar muitos setores como o do aço, vidro, papel, autopeças, equipamentos energéticos, alimentos, têxteis e outros. Setores fundamentais como o da energia e construção naval também são citados pelos analistas estrangeiros. Estima-se que em 2010 o suporte para a indústria chinesa somava cerca de 10% do PIB, segundo estudos de Huang Yiping, vice-presidente da National School of Development da Universidade de Peking, algo em torno de US$ 593 bilhões.

As repercussões internacionais também serão importantes, como para os fornecedores de minérios para as siderurgias chinesas. Muitos setores terão que alterar os seus planos, havendo casos em que estarão fora do mercado, cujas indicações passam a comandar a economia, onde antes predominavam as decisões do governo. A estimativa de Huang Yiping é que o crescimento da economia chinesa pode ser reduzido em 3% durante os próximos três anos. Os subsídios e os câmbios controlados visavam reduzir a pobreza do país. Michael Pettis, um conhecido especialista sobre a China, é mais pessimista e estima que no final do mandato de Xi Jinping em 2022 o crescimento chinês deve ser de 3 a 4 por cento. O Fundo Monetário Internacional é mais otimista.

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