15 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: artigo no The New York Times, japoneses, norte-americanos no Brasil, retorno de brasileiros | 2 Comentários »
Um artigo publicado no The New York Times, escrito por Simon Romero com o auxílio de Myrna Domit, que está trabalhando em São Paulo, informa sobre o aumento da presença de executivos norte-americanos no Brasil. Acompanham a redução do dinamismo nos Estados Unidos e na Europa, enquanto o Brasil está atraindo as atenções do resto do mundo, mantendo um crescimento elevado, ao mesmo tempo em que melhora sua situação macroeconômica. Estes executivos e qualificados profissionais veem oportunidades no Brasil, inclusive com possibilidades como as abertas pelo pré-sal, com o aumento das demandas de engenheiros e outros profissionais qualificados.
O que eles constatam são os mesmos problemas que outros executivos, como os provenientes do Japão, estão sentindo. Nota-se o aumento recente destes profissionais junto com suas famílias. Eles se queixam da demora na concessão de vistos de trabalho, assunto que está merecendo as atenções das autoridades locais. Também se assustam com os preços dos imóveis, inclusive aluguéis que são bem superiores aos de cidades como Miami. Os custos das refeições feitas nos restaurantes também são mais elevados dos que os observados no exterior. Isto decorre em grande parte do real extremamente valorizado, e todos acabam se preocupando com a continuidade desta situação.
Real valorizado e investimentos no pré-sal atraem executivos estrangeiros
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7 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia | Tags: alimentação cotidiana, chineses, coreanos, diferente da alta gastronomia, japoneses | 4 Comentários »
Um interessante artigo foi publicado no jornal japonês Nikkei sobre o sucesso de uma empresa do Japão, a House Foods, na China. Eles estão ampliando a venda de diversos produtos utilizando o “curry” indiano, adaptando os utilizados no Japão para os paladares dos chineses. Na realidade, há uma distorção dos ocidentais sobre os costumes alimentares dos asiáticos, imaginando que os japoneses, por exemplo, vivem comendo sushis e sashimis, que são caros. Uma jornalista brasileira ficou muito satisfeita no Japão ao descobrir que os mais usuais do cotidiano são baratos udons (massas feitas de trigo) ou sobas (massas feitas de trigo sarraceno) na forma de sopas, com custos em torno de US$ 5 por tigela.
Também são usadas cotidianamente adaptações japonesas do lámen chinês (massa na forma de sopa), do yakissoba (massas com legumes e carnes preparados na chapa), do “curry” indiano, normalmente servido com arroz, bem como “guiudon” (carnes sobre o arroz em tigelas), todos de custos modestos. Algumas refeições são acompanhadas de picles e um missoshiru (sopas de pasta de soja). Também são muito consumidos os odens, cozidos de legumes e massas derivadas de peixes, mantidas em caldos, até vendidos em barracas na rua, principalmente à noite. Muitos destes pratos já se tornaram populares no exterior, inclusive em São Paulo.
Missohiru, guiudon, oden e yakissoba: pratos do dia-a-dia no Japão
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17 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: acirrada concorrência na construção naval, coreanos e chineses, japoneses, navios amigos do meio ambiente
O jornal econômico japonês Nikkei informa que as gigantescas empresas de construção naval do Japão, que atualmente não conseguem competir com as coreanas e as chinesas, lançaram-se ao desenvolvimento inovações de tecnologias de ponta que contribuam com a recente onda de navios pouco poluentes. Entre outras, a Mitsubishi Heavy, a IHI Marine United e a Mitsui Engineering & Shipbuilding, com suporte para pesquisas do governo japonês, embrenharam-se nas tecnologias avançadas amigas do meio ambiente, procurando reduzir o lançamento de CO2 nas operações dos novos navios para transporte de contêineres. A sua demanda deverá continuar alta com o incremento do comércio internacional com consciência ecológica.
As novas tecnologias de ponta a serem utilizadas nos grandes navios visando ganhos de escala, de cerca 366 metros de comprimento e 49 metros de largura, pretendem reduzir em mais de 30% o lançamento de CO2. Estas embarcações devem passar pelo novo canal do Panamá. Como as cargas de contêineres atingem elevadas alturas provocando resistências ao vento, estuda-se a sua aerodinâmica para criar bolhas de ar no casco, reduzindo a imersão dos navios na água.
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18 de abril de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: bairro da Liberdade, chineses, coreanos, japoneses | 10 Comentários »
Foto: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto – abril/2009
O bairro da Liberdade em São Paulo foi onde se fixaram inicialmente os primeiros imigrantes japoneses no começo do século passado. Seguiam os passos de imigrantes mais antigos, como os italianos, que se concentraram no Brás, na Mooca e no Cambuci. Para efeito turístico, ficou conhecido inicialmente como bairro japonês, hoje ampliado para oriental.
Depois da Segunda Guerra Mundial, lojas de japoneses se multiplicaram pelo bairro, que atraíam também atividades de lazer, como os cinemas. Continua sendo frequentado pelos japoneses e seus descendentes, mas chegaram os coreanos com suas lojas, e mais recentemente os chineses. Todos convivendo muito bem com os demais brasileiros de muitas origens. Poucos são os idosos que ainda preservam diferenças culturais.
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2 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: carreira, chineses, confucionismo, coreanos, diferenças econômicas, educação, japoneses, salvar a face | 5 Comentários »
Uma diferença acentuada ocorre na forma em que as pessoas se hierarquizam nas empresas da América do Sul e na Ásia, principalmente no Extremo Oriente, e o papel que cabe a cada pessoa nesta organização, muito por influência do confucionismo. Tudo está mudando rapidamente com a globalização, mas o básico ainda continua valendo em cada região.
Em ambas as regiões, a estrutura populacional está se alterando lenta, mas firmemente. O Extremo Oriente vem elevando o seu percentual de idosos, dada a longevidade de sua população, com preocupante redução da taxa de natalidade. Com defasagem de algumas décadas, na América do Sul a população também vem se comportando de forma similar. Mas na hierarquia empresarial, outros fatores acabam interferindo, além da idade.
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