Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Características Culturais no Atendimento do Telefone

16 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Por incrível que pareça, uma das formas de distinguir se uma asiática é ou não japonesa é a sua atitude no atendimento de um telefonema. As japonesas costumam ou costumavam sempre abaixarem as cabeças afirmando “hai, hai” que não significa que esteja concordando, mas permitindo que o interlocutor saiba que sua conversa está sendo acompanhada com atenção. Diferente do Brasil, quando um telefonema é dado, quem está chamando começa a conversa se identificando, do tipo “aqui e fulano de tal, da empresa X”, pois se supõe que quem está atendendo seja uma pessoa conhecida pelo número discado, quando quem atende não pode adivinhar quem está ligando, a não pelo reconhecimento de uma voz já conhecida ou nos novos aparelhos que fornecem o número do telefone de onde está sendo feito a ligação. Um artigo elaborado por Hiroko Tabuchi, publicado no The New York Times, informa que existe uma competição no Japão para julgar quem melhor atende aos telefonemas.

O artigo informa que mais de 12 mil concorrentes participam desta competição anualmente que já está na sua 52ª versão, e os atendimentos telefônicos profissionais como dos Calls Centers envolvem cerca de US$ 7 bilhões de serviços todo ano. Os japoneses costumam ser extremamente corteses com seus clientes e as ligações não devem ser atendidas de forma exagerada, que crie uma indisposição com os potenciais clientes ou simples interlocutores. Cultiva-se uma arte de bem atender, com vozes claras, firmes, que permitam a compreensão mais fácil, mostrando que há uma disposição amigável da atendente. Hoje, com a ascensão social das mulheres, alguns homens também estão se dedicando a estes atendimentos, tendo como superiores profissionais do sexo feminino.

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