Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Brasileiros na Competição Por Investimentos no Mundo

10 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , , ,

Parece ser preciso que o Brasil tenha a humildade para reconhecer que deixou de ser o “queridinho do mundo”, quando os investidores estrangeiros identificavam a possibilidade de realizar bons lucros, período que não foi bem aproveitado. Uma equipe do governo efetuou, como no passado, um road show por diversos centros importantes de decisões empresariais apresentando os projetos cogitados, pois muitos outros países concorrentes apresentam também condições atrativas, que também precisam ser consideradas na balança das decisões. A China anuncia que deseja investidores estrangeiros nos projetos da sua gigantesca rede ferroviária por intermédio do seu ministério específico, como vem fazendo a Índia em diversos projetos de infraestrutura. O México, além da sua expansão no mercado interno, apresenta a possibilidade de exportação para os Estados Unidos dentro do acordo do Nafta, acordo de livre comércio que envolve também o Canadá. Os países emergentes do Sudeste Asiático se apresentam com crescimentos elevados que foram se ampliando com a expansão da China. A África está sendo redescoberta como mostrou a edição especial do The Economist. Alguns vizinhos da América do Sul mostram que estão crescendo mais que o Brasil.

Mesmo que o Brasil demonstre que vem melhorando a sua distribuição de renda, ampliando a sua nova classe média, os resultados econômicos recentes foram modestos, com atrasos sensíveis na execução dos seus grandes projetos de infraestrutura, além da exploração do pré-sal. Os aumentos da produção mundial de petróleo e gás do xisto, com baixos custos, alteram o quadro energético mundial de forma significativa. O mercado mundial de minérios está ficando cada vez mais competitivo, no cenário em que a economia mundial ainda não ganhou a vitalidade desejada. A produção agrícola ainda conta com condições melhores, mas até a China vem elevando a sua produção de forma significativa.

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