Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Visões Distorcidas no Brasil e no Mundo

29 de junho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Um artigo publicado pelo sociólogo Alberto Carlos Almeida no suplemento Eu & Fim de Semana do jornal Valor Econômico faz um bom apanhado do que vem ocorrendo no Brasil com a Copa do Mundo, que ele teria antecipado. Mas o mesmo tipo de paralelo pode ser efetuado de forma ampliada para o cenário internacional, mesmo que deva se evitar o otimismo exagerado depois de uma previsão pessimista. Ele destaca que a imprensa brasileira acabou afetando até as conservadoras internacionais como Der Spiegel, que previa que a Copa do Mundo poderia ser como um meteoro que causaria um grande estrago no Brasil. Observa-se que o The Economist também corrigiu a sua avaliação, que, de uma previsão de grandes dificuldades, admite no último número que o evento é um sucesso internacional, como já reconhecido mais pela imprensa estrangeira do que a brasileira.

Na realidade, diante do que estava acontecendo no Brasil um mês antes do início da Copa do Mundo, muitos brasileiros como estrangeiros exageraram nas previsões de grandes dificuldades, que estão desmentidas, resumidas em algumas pontuais, e as novas avaliações demonstram um estrondoso sucesso mundial, que também deve ser aceito com parcimônia. Já estão disponíveis alguns dados sobre as audiências mundiais de televisão, como este site está noticiando, com base nas informações provenientes do exterior. Os usos dos novos instrumentos eletrônicos como o Twitter e o Facebook mostram dados que estão superando os eventos mundiais mais prestigiados. E o que deve ser considerado é que isto está ocorrendo em quase todo o mundo, mostrando que o futebol tornou-se o mais importante esporte globalizado.

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Mudanças Econômicas Difíceis de Serem Compreendidas

8 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Quando acontecem fenômenos inusitados na economia brasileira ou mundial, mesmo os melhores analistas ficam perplexos. Quanto mais os jornalistas estrangeiros, muitas vezes carregados de preconceitos. Louise Lucas e Samantha Pearson, do Financial Times, não conseguem avaliar corretamente a substancial melhoria da distribuição de renda no Brasil, usando expressões ofensivas como “colônia de escravos” que se tornaram componentes da classe média, passando a consumir no que certamente seria uma “bolha”. E rachaduras começam a aparecer na economia brasileira, que corre o risco iminente de entrar numa depressão.

O prêmio Nobel de Economia, Joseph E. Stiglitz, publica um artigo no Project Syndicate, referindo-se as “Crises pós-crises”, apontando as dificuldades que ainda estão por vir. Mas admitindo também que no mundo ocorreu uma significativa redistribuição de renda. O fosso entre os países emergentes e os avançados diminuiu muito nas últimas três décadas, o que nem sempre é apontado pelos analistas, com um dado novo fazendo com que no mundo industrializado perca de importância, quando novos países ganham maior projeção.

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