Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Ironia do The Economist Com a Inflação Brasileira

19 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Apesar das amplas constatações que os bancos centrais de muitos países deixaram de se concentrar nos seus papéis clássicos de visarem unicamente às perseguições das metas inflacionárias que lhes foram propostas, sempre fica conveniente para os mais conservadores fingirem que o mundo não mudou. Somente os cínicos ou irônicos podem imaginar que as autoridades monetárias não interferem nos câmbios cujos mercados sempre foram “sujos”, e que as autoridades monetárias fazem parte do governo, onde se procura coordenar o conjunto da política econômica, operando tanto os aspectos monetários como os fiscais, cambiais, salariais, de defesa, de comércio internacional, do emprego, de medidas sociais e tantos outros que influem no comportamento da economia, que nem mesmo nos regimes mais autoritários os governos possuem o seu controle total, mesmo que os desejem.

Muitos imaginam que a “independência” do Banco Central seria uma garantia fundamental. Mas, para quem? Qualquer governo deve considerar prioritária a preservação ou melhoria da qualidade de vida de sua população, ainda que interesses do sistema financeiro internacional ou dos oligopólios em muitos setores acabem sendo afetados. Parece evidente que não havendo nenhuma distorção nos mercados mundiais poderia se alcançar maior eficiência com os mercados “livres”, que continuam sendo uma abstração que só existem nos livros textos neoliberais. Todos sabem que os que possuem o poder econômico e militar continuam influenciando estes mercados mundiais, evidentemente com maiores interesses para os seus do que para o resto do mundo. O artigo publicado pelo The Economist da próxima semana, deste ponto de vista, deve ser tomado como uma ironia dos quais os ingleses são mestres.

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