Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

O Problema da População Japonesa

2 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

Um artigo de William Pesek publicado no site da Bloomberg refere-se ao decréscimo da população japonesa em 2013, que foi de 250 mil habitantes. Para reduzir o seu impacto, o governo de Shinzo Abe pretende estimular a entrada de 200 mil imigrantes estrangeiros por ano, para ajudar a estimular a economia local. Isto reduziria a homogeneidade da população japonesa atual que permite a sua coesão, limitando o crime e outros problemas sociais. Mas haveria limitações com os problemas dos salários, pois normalmente os imigrantes estrangeiros recebem menos que os japoneses e, no entanto, não poderiam continuar a fazê-lo para as tarefas que teriam pela frente.

Muitos filipinos e indonésios, principalmente, estão sendo convocados para atender os idosos japoneses, e como seus salários originais nos seus países são baixos, permitem que uma parte seja remetida para ajudar suas famílias. O governo deseja ampliar o mercado local, mas as elevações dos impostos não ajudam e o câmbio desvalorizado está elevando o custo da energia. As empresas não podem colaborar elevando os salários como deseja o governo, inclusive com o aumento do emprego da mão de obra feminina.

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Reivindicação na Melhoria da Assistência de Saúde

24 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: , , ,

O problema da saúde no Brasil é dos mais complexos. Ainda que tenha muitos lugares onde se proporcionam assistências médico-hospitalares da melhor qualidade, elas estão concentradas em alguns centros urbanos, com elevados custos para os seus usuários. Grande parcela da população, tanto das periferias das grandes metrópoles como as regiões mais distantes do país, conta com enormes insuficiências nos seus atendimentos. A medicina, em termos mundiais, é um dos poucos setores onde o desenvolvimento tecnológico costuma resultar em custos mais elevados, tanto em novos equipamentos e atendimentos médicos como em tratamentos de todos os tipos, inclusive dos medicamentos que estão sendo desenvolvidos, que envolvem custosas pesquisas.

A Constituição brasileira de 1988 consagrou o SUS – Sistema Único de Saúde como o sonho ainda não realizado de atendimento universal e gratuito da população brasileira. Conta com sistemas até dos normalmente deficientes estabelecimentos públicos, com instituições privadas complementares com preferência para as instituições beneficentes, e de hospitais integralmente privados que tendem a se concentrar nos atendimentos daqueles que contam com condições privilegiadas do ponto de vista econômico, ainda que sejam dos chamados planos de saúde. Estes são objetos de constantes reclamações, pois as autoridades ampliam as suas exigências sem a correspondente elevação dos seus preços, além da ganância de muitos dos seus responsáveis por resultados expressivos. Os muitos médicos formados recentemente, mesmo com suas eventuais deficiências, tendem a se concentrar onde podem se manter atualizados, que são próximos aos grandes centros universitários.

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Vista aéres do Complexo do Hospital das Clínicas da USP

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