Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Empresário Japonês Vê Oportunidades no Brasil

11 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , , ,

Nni20110810D1008A01108454Numa nota publicada no jornal econômico japonês Nikkei, o empresário japonês Masami Iijima, chairman do Comitê Empresarial Brasil-Japão do Nippon Keidanren e CEO da Mitsui & Co. e que chefiou uma delegação de cem empresários do Japão para contatos com os brasileiros, mostrou-se impressionado com o que viu em Salvador, capital do Estado da Bahia. Ele notou que o Nordeste e o Brasil como um todo está se modificando, aparentando oportunidades como os que se observam na China. Ele afirmou que o Brasil sofrerá pouco com as atuais turbulências que se observam em todo o mundo, pois continua crescendo.

Ele informou que notou dificuldades na infraestrutura de transportes do país, fazendo com que os produtores rurais não possam se aproveitar das melhores oportunidades de vendas. A Mitsui & Co. é detentora de 100% do capital da Multigrain, que está atuando ativamente no agrobusiness, indo desde a produção de cereais em cerca de 100 mil hectares na Bahia, Goiás e Maranhão, bem como a sua comercialização e pretendendo ampliar suas operações. Tomou conhecimento das oportunidades de participação nos projetos de melhoria da infraestrutura de transportes no Brasil, notadamente ferroviária, que deverá ligar o Centro do País com o Norte, ao mesmo tempo em que permite o escoamento de parte da produção para o Leste.

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O Brasileiro Zé Alencar e Suas Lições

30 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , ,

O brasileiro Zé Alencar, doutorado pela Universidade da Vida, deixa um curso completo para todos, até os bacharéis deste Brasil. Ele, Amador Aguiar, Sebastião Camargo e outros grandes líderes que ajudaram a fazer este país não necessitaram de diplomas universitários. Venceram, criaram empregos para os brasileiros, espalharam bem-estar para o povo.

O otimismo era a sua marca, mesmo nos momentos mais difíceis. Tornou-se vice-presidente da República porque já tinha criado o gigantesco grupo Coteminas, mantendo sua sensibilidade para todos quantos trabalham, constroem com preocupações sociais, criticando juros e tributos altos, que prejudicam o aumento da produção.

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Bem brasileiro, sua pinga, a “cachaça do vice” figura entre as melhores deste país, servido até nos almoços da Fiesp. Muito vai se continuar falando, e por muito tempo, deste personagem que, empresário consagrado, foi dar a sua contribuição para a atividade mais nobre de uma sociedade, a Política com “P” maiúsculo.

Ético, destacou-se entre seus pares, preocupado com as coisas relevantes do Brasil. Teve a coragem de falar abertamente mesmo contra o poderoso sistema financeiro, que insiste em transferir recursos do setor produtivo para o especulativo. Sem rancor, até com graça, com conhecimentos profundos e fortes decorrentes das experiências vividas.

O Brasil vai ficar devendo muito a este personagem que só semeou otimismo, plantou comércio e indústria, produziu, criou empregos.

Ele foi decisivo na eleição de Lula da Silva, outro personagem sem curso universitário, um operário metalúrgico, agora reconhecido pela Universidade de Coimbra. Tornou-se o vice-presidente da República que mais contribuiu para a melhoria deste país, com ascensão das classes menos favorecidas, criando um poderoso mercado interno que ele conhecia como a palma de sua mão. Contribuiu no governo com seu equilíbrio, ajudando no que acadêmicos sonharam, mas não conseguiram transformar em realidade.

Parece chegada a hora dos arrogantes “doutores”, formados em cursos superiores, que continuam contando com incompreensíveis privilégios, reconhecerem, humildemente, que pessoas simples como Zé Alencar são mais capazes que eles.

Não se trata de golpe de sorte, mas de muito trabalho persistente, como milhares de pessoas humildes deste nosso Brasil continuam fazendo. São eles que vão tornar este país uma potência, utilizando todos os recursos que dispõe, se não forem impedidos pelas “elites”. Vão desenvolver este país de forma mais justa e sustentável, pois eles vivem a dura realidade.

Não precisamos lamentar a sua perda, pois as lições dadas pela sua vida vão continuar permanentemente conosco.


O Japão que se Aconchega na Calamidade

17 de março de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos | Tags: , , , | 2 Comentários »

Para brasileiros médios de norte a sul, o que nos amedronta é a violência (roubos, assaltos) e desemprego, enquanto em países da Europa é o terrorismo. Para americanos que moram em lindas casas brancas de madeira com venezianas verdes na Nova Inglaterra, como na Califórnia de outras arquiteturas, é o fogo, o incêndio.

A jornalista Kaori Shoji, do The Japan Times (Through the shaking, Japan comes together –16/03/2011), relata que quatro são os tensais (desastres divinos) que japoneses sempre temeram desde tempos remotos: jishin (terremoto), kaminari (raios), kaji (incêndio) e oyaji (o pai, o “velho”). Não havia muita coisa que um mortal pudesse fazer para apaziguar a fúria deles. Sendo jishin o primeiro deles, toquioenses e o resto do país encaram terremotos com preparo estóico. Assim que aprendem a andar, já ganham o seu kit-mochila com itens de emergência (comida não perecível, água, primeiros socorros, toalha). Quando atingem a maioridade, todos sabem que patrões têm a obrigação de equipar cada empregado com um substancial kit-jishin.

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Cuidados Com as Estatísticas

12 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , ,

Na crise pela qual a economia mundial e a maioria dos países passam atualmente predomina uma forte ansiedade generalizada pelas melhoras que já começam a ocorrer. É como uma torcida, mais emocional que realista. Dados estatísticos setoriais e de algumas regiões registram bons crescimentos comparados com os mesmos períodos do ano passado, que foram péssimos.

Mas não se deve confundir estes resultados como a superação da crise, pois muitos deles continuam abaixo dos níveis atingidos no passado. São alvissareiras as recuperações que se observam, mas devem ser consideradas com cautela.

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Otimismo dos Empresários

26 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , ,

Evidentemente, os índices de otimismo dos empresários industriais são somente um dos indicadores a serem considerados para a avaliação de uma economia. Mas, na medida em que a série mensal da CNI já vem sendo divulgada há 12 anos, ter atingido um recorde de 68,7, mostra uma tendência que deve ser levada em conta.

Principalmente porque é acompanhada pelo sentimento de muitos empresários asiáticos sobre a economia brasileira, que tomam iniciativas concretas para prospectar este mercado. Missões continuam sendo enviadas para o país, para verificar in loco, o que acontece, e quais as oportunidades que se apresentam.

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