Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Frutas Tropicais Brasileiras

6 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Muitas são as publicações que estão chamando a atenção para o aproveitamento das frutas tropicais brasileiras, que são consideradas as mais saborosas do mundo. Contando com um clima tropical, desde as umidades da Amazônia como os mais secos do Nordeste ou do Centro-Oeste, com elevadas insolações, as frutas acabam ficando saborosas, quando comparados com concorrentes internacionais como do Sudeste Asiático, prejudicadas com as monções que provocam precipitações de chuvas abundantes. O suplemento semanal Comida da Folha de S.Paulo é um exemplo, que as denominam frutas anônimas, muito perecíveis, selvagens e pouco conhecidas mesmo no Sudeste do país.

As formas dos seus aproveitamentos na gastronomia vão desde os sorvetes, bolos até pratos sofisticados criados por muitos chefs brasileiros e internacionais que se encantm com os seus sabores que acabam dando toques diferenciados, além de permitirem apresentações primorosas. Somente alguns exemplos foram apresentados, mas as possibilidades são infinitas. O que restringe ainda o seu uso generalizado é o seu fornecimento regular, que quando industrializado acaba se alterando em suas qualidades.

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O Fator Escasso Água

8 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Fernando Reinach é um consagrado biólogo que escreve regularmente para o jornal O Estado de São Paulo, onde mantém a sua coluna. No última, ele relata os estudos que informam que o declínio da civilização maia decorreu de uma grande seca que afetou a região dos Andes, onde habitavam. Segundo ele, estudos efetuados na caverna de Yok Balum, que fica em Belize, a 1,5 quilômetro de Uxbenká, uma cidade maia, comprovam que a sua decadência ocorreu com as fortes secas que se observaram no passado, o que foi obtido por correlação.

Segundo o autor, as estalagmites surgem no solo das cavernas quando gotas de água caem do teto regularmente, durante milhares de anos, no mesmo lugar. Estas gotas de água contêm minerais dissolvidos, e quando as águas se evaporam os minerais se acumulam no topo das estalagmites. Formam-se colunas que são registros temporais confiáveis sobre o clima por longos períodos.

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Biólogo Fernando Reinach e foto de estalagmites

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Desenvolvimento Coreano Estudado no Brasil

21 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

A jornalista Raquel Landim publicou no O Estado de S.Paulo dois artigos sobre o surpreendente crescimento econômico coreano, apresentando numa reunião conjunta de especialistas coreanos e brasileiros na FEA – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. Cita como um “milagre” o que aconteceu depois da Guerra da Coreia (1950-l953), quando, de uma situação como de uma favela, Seul passou a ser uma moderna metrópole, ainda que enfrente os seus problemas como de um intenso tráfego. O que houve foi muito trabalho, compreendendo as limitações coreanas.

Algumas observações, como da professora de língua e cultura coreana, Yun Jung Inn, sobre suas muitas guerras, além do professor Gilmar Masiero, coordenador do Programa de Estudos Asiáticos da FEA-USP, além de José Luís Fiori, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sobre a política industrial enriquecem os artigos, que tenta também explicar a evolução das suas “chaebol” naquele país, que vem executando planos quinquenais desde 1962.

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Fotos do rio que cruza o centro de Seuol, em 1950, e como está hoje

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Doze Anos do Valor Econômico com um Suplemento

2 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

“É esse o caminho?”, é o artigo introdutório da Claudia Safatle, diretora-adjunta de redação do Valor Econômico, ela que está sediada em Brasília, para o interessante suplemento com que pretendem marcar os doze anos do jornal. Foram formuladas doze perguntas a analistas, muitos acadêmicos, sobre os “Rumos da Economia”, que, apesar das discordâncias que possam ser colocadas, procuram cobrir as questões que atormentam os seus leitores. Muitas outras poderiam ser formuladas, e sempre haverá polêmicas sobre as questões fundamentais da atual economia brasileira.

Segundo Claudia Safatle, a questão que sintetiza uma das maiores preocupações da indústria e do governo é como conviver com a valorização do real que se apresenta como tendência de longo prazo, o que também pode ser questionado, mas não deixa de ser um ponto de vista respeitável. Isto só ocorreria com o sucesso do desenvolvimento brasileiro, onde a sua produtividade na exploração dos recursos naturais em geral fossem superior ao do resto da economia mundial. Na capa do suplemento, foram colocadas as tendências do câmbio real, com relação ao dólar e uma cesta de moeda, as metas e comportamento da inflação e a evolução do peso da indústria na economia brasileira, comparada com a de alguns países em 2010.

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Ainda a Questão dos Juros no Brasil

6 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , | 2 Comentários »

Como registra hoje o professor Antonio Delfim Netto na sua coluna semanal sempre brilhante no Valor Econômico, a reação de muitos analistas à redução de 0,50% na taxa Selic decidida pelo Copom do Banco Central do Brasil parece estar influenciado pelo fígado e não pelo cérebro. Muitos críticos procuram confundir as coisas, para preservarem seus pontos de vista que eram pela manutenção da taxa, ainda que o mundo esteja em desaceleração, com menos pressões inflacionárias. A economia brasileira com a sua atual situação macroeconômica não tem a necessidade de continuar ser a campeã mundial dos juros, mesmo com a redução que começou a ocorrer. O ponto principal dos opositores à queda dos juros parece atribuir a decisão do Copom à pressão do Executivo, acabando com a independência do Banco Central, com o risco de provocar no sistema de metas um aumento das pressões inflacionárias.

Venho insistindo que estes analistas trabalham vendo o vidro retrovisor, analisando somente o passado, mesmo sabendo que qualquer decisão de política monetária demanda muitos meses para que tenha um impacto efetivo na economia. Muitos países estão facilitando a expansão dos meios de pagamento, mas as empresas insistem em manter seus ativos em caixa, diante da falta de confiança no crescimento da economia mundial, cujas estimativas continuam sendo revistas para baixo. Muitos insistem que os serviços estão com seus preços em alta, não reconhecendo que muitos deles deixaram mecanismos de indexação perversos como os relacionados com as tarifas de energia elétrica, comunicações e outros com indexações baseadas no passado, sem incluir uma perspectiva do que vai ocorrer no futuro. E sobre estes preços os juros têm pouco efeito.

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Banco Central do Brasil, Federal Reserve e Banco Central Europeu

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Problemas Demográficos Chineses e Suas Consequências

11 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , ,

Se existe algo confiável para os economistas são as tendências demográficas e suas consequências na economia, que costumam ser estáveis salvo uma calamidade como uma guerra avassaladora. Na atual reunião do Congresso Nacional do Povo do Partido Comunista Chinês, informa-se que está em discussão a modificação da política de um filho ou filha por casal da etnia han, que vigora nos centros urbanos. As estimativas dos especialistas nestas questões informam que a futura estrutura demográfica chinesa, com uma proporção muito elevada de idosos, é uma redução percentual da mão de obra ativa. A China tende a ser ultrapassada na economia pela Índia em algumas décadas. O assunto tem sido divulgado por muitos jornais, inclusive o China Daily.

De outro lado, o Wall Street Journal publica um artigo da Brenda Cronin informando que alguns estudos relacionam a falta de noivas na China com sua elevada poupança, que desequilibra o mundo. Um estudo divulgado por Shang-Jin Wei, diretor do Instituto Chazen e professor da Columbia Business School, informa que existem 1,15 homens na idade pré-casamento para cada mulher naquele país. E, por causa disto, seus pais utilizam a educação e a riqueza para que seus filhos tenham possibilidade de casamento no incrivelmente competitivo mercado destas uniões, como ele anunciou no prestigioso Council on Foreign Relations em Nova Iorque.

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Pirâmide da população chinesa no geral

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Pirâmide da população chinesa proporcional

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Multinancionais de Países Emergentes

8 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , , | 2 Comentários »

A revista The Economist publica um artigo sobre as novas empresas multinacionais que aparecem no mundo com origem nos países emergentes, mostrando que elas já chamam atenção, tendo características próprias. Segundo o artigo, muitas destas empresas, inclusive brasileiras, reproduzem o que as tradicionais faziam pelo mundo, outras apresentam novidades, mas parece que não cabe uma divisão tão simples, pois elas se expandem por variadas razões, próprias de cada uma delas e suas circunstâncias.

O artigo cita explicitamente algumas da Índia, como a Infosys Technologies e Tata Group, do Brasil, como a Embraer e a Votorantim, da África do Sul, como a MTN de telefones celulares, como o Grupo Slim e Alfa do México, como outras de Hong Kong, Migros da antiga União Sovietica, Koe da Turquia, mas a lista real é interminável. A revista informa que elas estão sendo estudadas pela Harvard Business School assim como a Boston Consulting. The Economist comete o equivoco de supor que elas decorrem, predominantemente, de estímulos oficiais, estando condenadas ao desaparecimento.

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