Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Estaleiro Enseada do Paraguaçu com Participação Japonesa

5 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Simultaneamente no Brasil e no Japão foram confirmadas as participações de três grupos brasileiros, liderados pela Odebrecht e compostas pelo grupo de engenharia pesada OAS e pela UTC especializada em montagens industriais, junto com a Kawasaki Heavy do Japão na formação da EEP – Estaleiro Enseada do Paraguaçu S.A. O objetivo será a construção e integração de unidades offshore, como plataformas, navios especializados e unidades de perfuração, voltados prioritariamente para as necessidades do pré-sal. Atenderão as encomendas da Sete Brasil, empresa brasileira que já possui encomendas da Petrobras, para a construção de um mínimo de seis sondas de perfuração.

As notícias foram divulgadas pelo jornal econômico japonês Nikkei e também pelo Portal Naval brasileiro especializado neste setor. Os japoneses confirmam que a Kawasaki Heavy participará com 30% da nova empresa, constituída pelas três brasileiras. A Odebrecht é o maior grupo brasileiro atual com atuações na construção pesada, petroquímica (junto com a Petrobras), petróleo e gás, tendo cerca da metade do seu faturamento no exterior. Tem experiências no Brasil, no Mar do Norte e no offshore africano, entre outros locais.

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Segundo a notícia publicada no Japão, a Kawasaki Heavy que já participa sem grandes resultados da Embraer, ajudará na construção do estaleiro na Bahia, providenciando a tecnologia indispensável, bem como auxiliando nas pesquisas necessárias. Investirá cerca de US$ 40 milhões no empreendimento. Os japoneses informam que são os terceiros produtores mundiais, depois dos coreanos e chineses, principalmente por causa da valorização exagerada do iene que não permite a sua competitividade, mas dispõe de tecnologias, inclusive para explorações em águas profundas que podem chegar a 5.000 metros de profundidade.

As duas demais participantes brasileiras são de construção pesada e de montagens industriais e o empreendimento será construído em Maragojipe, no recôncavo baiano, a cerca de 42 quilômetros de Salvador, devendo ocupar uma área total de cerca de 1,6 milhões de metros quadrados.

Sem dúvida, trata-se de um empreendimento vital para o Brasil, com empresas de alto nível com larga experiência internacional. Até o momento o que foi firmado é ainda um entendimento básico sobre o projeto, mas que certamente se confirmará, pois são empresas de alta confiabilidade.