Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Reflexões Sobre o que Tentamos no Site

21 de fevereiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , , | 5 Comentários »

É natural que sempre estejamos refletindo sobre o que estamos fazendo. A nossa experiência na Universidade de São Paulo mostrou que a melhor forma de estudar é ensinar honestamente, o que exige um preparo cuidadoso e demorado.

Há que se reconhecer que o nosso conhecimento é sempre insuficiente, por mais que tenhamos acumulado experiências em todo o mundo. As mudanças que se processam atualmente vivem alterando os quadros substancialmente, exigindo um pragmatismo próximo ao malabarismo.

Acumulamos experiências com vivências nos mais afastados rincões do Brasil, com contatos pessoais com muitas pessoas, até os mais humildes, por décadas. E ainda continuamos ignorantes sobre esta ampla diversidade que é o Brasil, em dinâmica mudança.

A nossa primeira experiência internacional foi na Europa, que nos proporcionou diversas e longas viagens por muitos países daquele continente. Aprofundou-nos a convicção que somente visitas superficiais a muitas cidades não proporcionam o conhecimento da alma dos diversos povos. Como mero exemplo, a pequena Suíça não só se distingue pelos seus diversos cantões, com línguas diferentes, como pelos costumes de cada aldeia alpina. Hoje, tenho a felicidade de contar com longínquos parentes suíços, mas a Suíça é diferente para eles e para os estrangeiros. Parece que conheci melhor alguns suíços que moraram no Brasil.

Fui contemplado com uma bolsa do tipo que não existe mais, pelo State Department dos Estados Unidos, conhecendo o que desejava. Percorri aquele país desde a Costa Leste a Oeste, passando pelo Middle West, frequentando famílias e instituições. Estive no Sul, e ainda pouco conheço este país continente, com toda a sua ampla diversidade étnica e cultural.

Morei e trabalhei na Ásia, em muitos países que visitei centenas de vezes, até a imensa China nas regiões bastante afastadas. E a sensação é sobre a dimensão da minha ignorância, que continuo empenhado em reduzir, sem nenhuma falsa modéstia. Escrevendo e estudando um pouco, mesmo superficialmente. Talvez tenha um pouco mais de conhecimento que a média das pessoas sobre estas regiões.

O mundo globalizou-se uma vez mais, as comunicações se aceleram com a internet, mas continuamos nos desconhecendo mutuamente. Será que é possível minorar, por pouco que seja, este problema recíproco que não é somente entre indivíduos, como entre povos? Sei que posso contribuir muito pouco, mas se outros também estiverem imbuídos da consciência desta imensa ignorância, já pode ser um começo.


5 Comentários para “Reflexões Sobre o que Tentamos no Site”

  1. Naomi
    1  escreveu às 20:45 em 21 de fevereiro de 2010:

    Prezado Paulo Yokota,
    Claro que V. pode contribuir, e muito. Nós também devíamos nos conscientizar, enriquecendo-nos global e mutuamente.
    Como dizem a gente de Adamantina, a oeste do estado de São Paulo: “Moço, pé na tábua e toca a carroça, que o site já tá andano lá diante!”

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 20:16 em 21 de fevereiro de 2010:

    Cara Naomi Doy,

    Ainda estamos começando, e temos muito a aperfeiçoar aprendendo com todos, pois existe uma revolução em marcha com a utilização de muitas formas de multimídia, abrangendo o mundo todo.

    Paulo Yokota

  3. Frank Honjo
    3  escreveu às 06:17 em 22 de fevereiro de 2010:

    Prezado Sr. Paulo Yokota,

    Iniciei a ler o vosso blog, devido ao incentivo de meu pai, que me comentou sobre as participações internacionais e assessoria de diversos governos dentre elas do Sr. Delfim Neto.

    Hoje sou um leitor assiduo, apreendendo um pouco mais sobre assuntos da Asia.

    Realmente com o advento da internet muita coisa mudou nas relações individuais no qual também nos permite estar em contato com mentes incríveis, que uns 5-10 anos atrás seria impossível. Vejo que as redes sociais (facebook, linkedin, orkut, etc) cria uma oportunidade muito grande nesse sentido.

    O blog está muito bom, pois o texto não cansa o leitor e é bem objetivo.

    Um grande abraço

    Frank Honjo

    ps.: Naomi, olha só que coincidência. A familia de minha mãe é de Adamantina, mas sairam daí na decada de 50 – familia Kamakura.

  4. Paulo Yokota
    4  escreveu às 14:16 em 22 de fevereiro de 2010:

    Caro Frank Honjo,

    É um prazer muito grande receber comentários como os seus. O passado só nos ajuda a entender o presente e nos orientar para o futuro, que se apresentar promissor com tudo que está sendo colocado à disposição da Humanidade. Que saibamos utilizá-los adequadamente, mas lembrando que temos todas as limitações dos seres humanos, que são desafios com os quais nos realizamos, na medida em que trabalhamos para superá-los.

    Paulo Yokota
    PS: O mundo. realmente, é uma aldeia global.

  5. Naomi Doy
    5  escreveu às 11:31 em 9 de março de 2010:

    Alô, Frank Honjo:

    Claro, os Kamakuras de Adamantina: meu querido e saudoso Oscar; Alice (em Londrina, PR.?); Shoko, minha ex-parceira de tênis & Filhos (em S.Paulo). Os contatos se perderam, mas tenho-os sempre no meu coração.


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