Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Governo Japonês do Novo Primeiro-Ministro Naoto Kan

18 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: ,

O novo governo japonês comandado pelo primeiro-ministro Naoto Kan, que conta com o apoio da maioria dos eleitores japoneses até o momento, procura tomar medidas drásticas para resolver os seus problemas de médio e longo prazo. Lançou nesta sexta-feira um plano para superar a sua estagnação, que vem acompanhada por uma deflação e aumento assustador do endividamento público.

O plano procura um crescimento mínimo de 2% real na próxima década, nominalmente com 3%, o que significa que haveria uma inflação de cerca de 1% anual. O grande problema do endividamento público seria resolvido por uma drástica reforma fiscal, que vai reduzir os atuais 40% de impostos sobre as empresas para 25%. Para compensar, os impostos sobre as vendas seriam elevados para 10%, procurando aumentar a capacidade de investimentos.

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Primeiro-ministro Naoto Kan, à esquerda

O plano foi apresentado com metas detalhadas, num documento relativamente extenso de 113 páginas. Concentra as atenções na solução do problema do endividamento público, mas procura estimular os setores onde os japoneses se consideram competitivos como o do meio ambiente, saúde e turismo, esperando investimentos provenientes do exterior.

Persegue uma redução do desemprego para o nível de 4% do atual 5%, e as vagas seriam criadas nos setores considerados prioritários. Os japoneses procuram intensificar os relacionamentos com seus vizinhos asiáticos, que continuam contando com crescimentos expressivos. Admitem um mínimo de pressão inflacionária reconhecendo que a deflação acaba sendo mais danosa para a economia japonesa.

O novo governo precisará do apoio político, havendo segmentos que desejam uma eleição geral. Como o governo anterior estava com menos de 20% de aceitação, e o atual gabinete conta com mais de 60% neste início de gestão, procura com iniciativas ousadas galvanizar o apoio de todos os eleitores.

Não será uma tarefa fácil para uma sociedade e economia que acusava sinais de esclerose, mas iniciativas como esta podem ser uma tábua de salvação a que os eleitores e as empresas tenham que se agarrar.



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