Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Nestle Incorporando o que é Tradicional na Ásia

28 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , ,

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Nas diversas culturas asiáticas não costuma haver uma distinção muito clara entre alimentos e o que  no Ocidente é considerado medicamentos. Com o recente e alarmante aumento da obesidade no mundo, doenças provocadas pelo excessivo consumo do sal e do açúcar e o aumento da expectativa de vida da população, o gigante mundial da produção de alimentos, Nestle, anuncia como novidade seu ingresso no setor de alimentos saudáveis. Cria até uma unidade especial para o seu desenvolvimento, segundo o CEO da Nestle, Paul Bulcke.

Num artigo publicado no O Estado de S.Paulo, pelo correspondente em Lausanne, Jamil Chade, informam-se as cifras astronômicas que muitos países terão que gastar com o tratamento da saúde. E o Valor Econômico publica artigo relacionado com o assunto, assinado por Haig Simonian e Louise Lucas, do Financial Times, informando que a Nestle criou uma empresa independente para “desbravar um novo setor entre o alimentício e o farmacêutico”.

Esta nova consciência parece surpreendente e tardia, pois os consumidores de produtos da Nestle em todo o mundo sempre tiveram a noção que os mesmos se destinavam a uma alimentação sadia, como os das demais indústrias deste segmento. Choca a falta de sua consciência social, mostrando que seus produtos utilizavam gorduras inconvenientes, excesso de sais, açúcar em demasia somente para elevar as suas vendas, e obterem lucros, mesmo com prejuízos na saúde dos seus consumidores.

Os avanços obtidos com os conhecimentos científicos já alertavam sobre os inconvenientes dos chamados “junk foods”, principalmente os consumidos pelos adolescentes em frente dos televisores. Muitos dos que sofrem de obesidade mórbida, induzidas por publicidades nocivas, consumiram alimentos e bebidas que os viciaram com hábitos pouco saudáveis. O elevado número de pessoas que sofrem de pressão alta e todos os seus malefícios são consumidores excessivos de sal e gorduras conhecidas como “trans”. Muitos ficaram diabéticos por estarem viciados em chocolates e outras guloseimas com açúcares inconvenientes.

Hoje se conhecem produtos e matérias mais recomendados que os sobrecarregados de carboidratos, bem como as mudanças de hábitos dos seres humanos que utilizam veículos motores, ficam confinados em escritórios, não fazem os esforços que faziam no passado.

O consumo de produtos naturais ou orgânicos aumenta mais que a média dos demais alimentos, ainda que seus preços sejam mais elevados. Há maior consciência dos consumidores que ingredientes químicos estão provocando inconveniências para a sua saúde.

Diz o ditado: antes tarde do que nunca. Espera-se que a Nestle e outras indústrias alimentícias passem a produzir alimentos que sejam saudáveis, sem conservantes químicos que devem estar sobrecarregando os seres humanos com produtos nocivos.



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