Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Cristianismo na Ásia Entre Outras Religiões

27 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , , | 8 Comentários »

Diz a história que foram os portugueses, com a sua Companhia de Jesus no século XVI, que introduziram o cristianismo na Ásia, com suas atividades missionárias, ao lado das finalidades comerciais e políticas. No Japão, por exemplo, depois de um grande sucesso convertendo multidões e alguns senhores feudais, num país onde oficialmente se pratica o xintoísmo e se conta com muitos adeptos do budismo, algumas autoridades locais entenderam que a propagação da fé se antecipava aos objetivos do domínio político. Destacou-se a presença de São Francisco de Xavier. Estas autoridades proibiram a prática do cristianismo com uma repressão sangrenta, fazendo muitos mártires, alguns reconhecidos por Roma como santos, em maior número que na América do Sul. Os cristãos se consideraram indignos de serem crucificados como Jesus, acabando sendo colocados na cruz com a cabeça para baixo, mas não renegaram a sua fé.

Mesmo depois do longo período de repressão, núcleos como em Nagasaki se mantiveram católicos desde o século XIX, com algumas famílias que imigraram para o Brasil. Também neste século, missionários protestantes de diversas denominações, muitos de origem norte-americana, foram trabalhar em países asiáticos, principalmente no Extremo Oriente, como na China, na Coreia e no Japão.

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Francisco Xavier em retrato japonês do período Nanban e Mahatma Gandhi

Os cristãos na Ásia, por serem minorias, tenderam a ter um comportamento mais rígido, conservador. Hoje, eles são importantes em alguns países como a Coreia, convivendo com outras religiões de forma razoável. Foi na Índia e no Paquistão que problemas étnicos e religiosos entre muçulmanos e hindus geraram problemas, que Mahatma Gandhi tentou superar com sua política de não violência. Ele conseguiu a independência dos dois países, mas acabou sendo assassinado por um fanático.

No século XX, apareceram novas organizações religiosas, absorvendo partes de outras contribuições, principalmente filosóficas de outros líderes religiosos. Parece haver uma maior tolerância, pois muitas religiões asiáticas se assemelham mais a uma filosofia, como o taoísmo, o confucionismo, o budismo ou alguns ramos do indianismo, havendo muito que praticam mais que uma. Entre os japoneses, algumas cerimônias são xintoístas e outras budistas. Ao mesmo tempo, há grupamentos dentro do budismo, por exemplo, com características próprias, como os tibetanos.

Lamentavelmente, uma parte do Natal acabou sendo explorado, na maioria dos países asiáticos, mais como um evento comercial, mas seria bom que todos fossem tocados pelas mensagens de paz e boa vontade entre os homens, dentro de um espírito ecumênico.


8 Comentários para “Cristianismo na Ásia Entre Outras Religiões”

  1. sinara machado de andrade
    1  escreveu às 20:54 em 23 de agosto de 2011:

    muito interessante o assunto mais nao tem porcentagem

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 23:37 em 23 de agosto de 2011:

    Cara Sinara,

    Obrigado pelo comentário.

    Paulo Yokota

  3. Lucas de Oliveira
    3  escreveu às 11:55 em 27 de maio de 2013:

    Estou pesquisando, e achei muito interessante esta pagina, porque eu tive um sonho em fazer missões neste continente….

  4. Paulo Yokota
    4  escreveu às 17:53 em 27 de maio de 2013:

    Caro Lucas de Oliveira,

    Obrigado pelo uso do site, e persiga o seu sonho.

    Paulo Yokota

  5. Bernardo
    5  escreveu às 00:13 em 21 de novembro de 2017:

    Muito bom!

  6. Paulo Yokota
    6  escreveu às 07:49 em 21 de novembro de 2017:

    Caro Bernardo,

    Obrigado pelo uso do site.

    Paulo Yokota

  7. Thais
    7  escreveu às 22:22 em 2 de setembro de 2019:

    Obrigada pelo conteúdo, muito bom mesmo.

  8. Paulo Yokota
    8  escreveu às 08:14 em 3 de setembro de 2019:

    Cara Thais,

    Obrigado pelo seu comentário. Diante de tantas religiões, eu pessoalmente, tenho uma posição ecumenista, que é adotada por muitos no Conselho Mundial de Igrejas.

    Paulo Yokota


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