Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Manifestações Contra o Uso da Energia Nuclear

8 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ,

O 66º aniversário da bomba atômica em Hiroshima foi uma nova oportunidade para o povo japonês manifestar a sua posição pelo banimento do uso da energia nuclear, até para fins pacíficos como a geração de energia nuclear. O primeiro-ministro japonês Naoto Kan prometeu uma nova política energética dispensando a nuclear, conforme artigos publicados no The Japan Times, afetado pelos problemas nas usinas de Fukushima Daiichi. O prefeito de Hiroshima nos eventos que marcaram o aniversário prestou homenagens às vitimas de 11 de março último. Ele afirmou que a “energia nuclear e a humanidade não podem coexistir”.

Eles reafirmaram que não desejam mais hibakusha, como são conhecidas as vítimas da bomba atômica, que na média estão com mais de 77 anos, alguns ainda aguardando uma certificação desta situação pelas autoridades. Muitas vítimas vivem na Coreia, pois naquela época os coreanos estavam sob domínio japonês. Existem cerca 100 destes sobreviventes que vivem no Brasil, recebendo assistência do Hospital Santa Cruz, que efetua os exames da evolução da suas saúdes.

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Lanternas em Hiroshima, tendo ao fundo os restos conhecidos como o A-Bomb Dome (Foto publicada no The Japan Times)

Ainda que a maioria dos filhos das vítimas da bomba atômica não venha acusando problemas, ela precisa ser acompanhada com exames, pois são se conhece devidamente os efeitos de longo prazo, ainda que haja avanços no conhecimento dos seus tratamentos. Os tratamentos de pele, por exemplo, sofreram grandes avanços diante das pesquisas efetuadas em Hiroshima.

Estes hibakusha são os que possuem autoridade moral para pedir o banimento da energia atômica, pois sofreram diretamente os efeitos do bombardeio, como está registrado também num artigo do The Washington Post. Diante da necessidade de energia elétrica, veio sendo intensificando o uso da energia nuclear em diversas partes do mundo, inclusive no Japão. Mas os problemas têm se repetido em variados lugares como Chernobyl, Three Mile Island e agora em Fukushima Daiichi.

Os sobreviventes de Hiroshima e Nakasaki, reunidos em diversas organizações em variadas partes do mundo, a cada aniversário do bombardeio atômico continuam repetindo e insistindo na necessidade deste banimento, e tudo indica que seus apelos ganham maior apoio da opinião pública, que força as autoridades a examinarem novas alternativas energéticas que não tenham estes inconvenientes.



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