Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Japão Continua Como Maior Credor do Mundo

22 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no The Wall Street Journal, ativos líquidos internacionais, títulos e investimentos diretos

Ainda que a China já tenha ultrapassado o Japão como a segunda economia do mundo, e esteja ampliando seus ativos financeiros e investimentos diretos em todo o mundo, um artigo publicado por Takashi Nakamichi, que atua em Tóquio no The Wall Street Journal, baseado nos dados fornecidos pelo FMI – Fundo Monetário Internacional, informa que o Japão continua como o primeiro do mundo nestes ativos líquidos. O líquido considera a diferença entre os ativos que os japoneses possuem no exterior, inclusive os títulos do Tesouro norte-americano, deduzidos os que os estrangeiros possuem no Japão. O artigo recebeu o título “Japan Retains Status as Biggest Creditor”.

Segundo os dados informados pelo Ministério de Finanças do Japão em fins de 2011, o país tinha um saldo de cerca de US$ 3,19 trilhões, apesar de um declínio de 5,5% com relação ao ano anterior. A China, junto com Hong Kong, possuía cerca de US$ 2,43 trilhões líquidos, mas continua aumentando estes ativos, como uma tendência do aumento das economias emergentes. Nos últimos quatro anos, os chineses triplicaram seus ativos no exterior, segundo o artigo, mas também estão desacelerando estes investimentos nos últimos meses.

dolares-americanos

Segundo as informações japonesas, além das aquisições de ativos com operações de fusões e incorporações de empresas no exterior, para evitar a exagerada valorização do câmbio, as autoridades japonesas estão sendo obrigadas a comprarem o dólar norte-americano no mercado, aumentando suas reservas externas.

As empresas japonesas também estão aumentando seus investimentos diretos no exterior, bem como houve uma elevação dos financiamentos concedidos pelos bancos japoneses para operações nos outros países. Ao mesmo tempo, a aquisição de títulos japoneses por estrangeiros acusa crescimento, mas de forma menos expressiva.

Todos estes dados sofrem também as influências dos câmbios que estão variando na economia mundial.