Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Honda Amplia sua Fábrica em Manaus

14 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , ,

É do conhecimento geral que a Honda domina amplamente o mercado brasileiro de motocicletas, havendo até a opinião de alguns dos seus dirigentes que o “market share” não deveria ficar tão elevado. Infelizmente, os seus concorrentes não são dinâmicos suficientes para acompanhar esta evolução do mercado, que passa a demandar modelos menores de custos mais baixos.

A nova planta, conforme noticiado hoje no O Estado de S.Paulo, localizado ao lado da anterior, na Zona Franca de Manaus, procura aproveitar a logística e a sinergia existente. Ao mesmo tempo em que se concentra na produção dos modelos mais populares, denominados Pop 100 e Biz 125, cujo volume pode chegar a 500 mil motos. A produção total da Honda no Brasil deve chegar a 1,84 milhões de motos, equivalente a demanda atual brasileira.

pop100 Biz 125

Pop 100 e Biz 125: modelos populares da Honda

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Vale Com Depósito de Minério na China

1 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , ,

Para a Vale brasileira ser competitiva na China, com relação a outros grandes fornecedores internacionais como os australianos Rio Tinto e a BHP Biliton, precisa contar com um estoque disponível de minérios, principalmente para atender pequenas e médias siderurgias. As grandes costumam firmar contratos de fornecimento de longo prazo, mas as empresas menores usam também os chamados mercados “spots” para atender necessidades eventuais.

O transporte de minério do Brasil até o Extremo Oriente exige mais tempo do que os australianos, e precisam ser feitos em navios de grande porte, normalmente de 400.000 TDW, que reduzem os custos de fretes. Existem outros portos asiáticos, como no Japão e nas Filipinas, que sempre foram utilizadas pelos brasileiros, mas contando com um depósito em Qingdao, na província chinesa de Shandong, ficará mais competitiva, como informou o diretor Jose Carlos Martins, da Vale, aos jornalistas chineses em Dalian, conforme noticiou o China Daily.

Porto de Rizhao, em Shanbdong

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Projetos de Dois Tipos de Trem no Brasil

28 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , ,

O jornal Valor Econômico publica hoje dois artigos, um do jornalista André Borges sobre a concorrência da ferrovia Oeste-Leste e outro do Fernando Teixeira sobre o fornecimento de trens para o monorail na cidade de São Paulo. A Oeste-Leste ligará inicialmente a cidade de Barreiras, no além São Francisco ao porto de Ilhéus, ambos no Estado da Bahia. Posteriormente, ela será interligada à Ferrovia Norte-Sul, na cidade de Figueirópolis, no Estado de Tocantins. O monorail ligará o bairro de Tiradentes até a estação de Vila Prudente, onde ficará interligado ao sistema metropolitano de São Paulo.

A construção da ferrovia Oeste-Leste foi dividida em sete lotes, com distâncias entre 403 a 740 quilômetros cada. Ela será utilizada para o transporte de minério de ferro existente em Caetité na Bahia, cereais principalmente soja do Oeste baiano, além de açúcar e etanol, criando mais uma opção portuária de importância em Ilhéus. Quando interligada à ferrovia Norte-Sul, poderá transportar os cereais produzidos na região Central do Brasil.

ferrovia-oeste-leste monorail2

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Novas Iniciativas da Klabin

28 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , ,

Se existe um segmento industrial onde o Brasil hoje é altamente competitivo no mundo, trata-se do papel de celulose. Muitas inovações vieram sendo introduzidas desde a época em que o “pinus” mostrou-se mais eficiente que as florestas da Escandinávia para a produção de celulose. O eucalipto, que era considerado como produtor de fibras curtas, de baixa qualidade, acabou-se revelando adequado para as condições naturais do país, em muitas regiões de solos pobres, atendendo parte substancial do mercado de papéis.

Mas o mercado mundial continua se sofisticando, apresentando novas demandas. E a Klabin, uma grande produtora brasileira de papel e uma importante fornecedora da Tetra Pak, a maior produtora de embalagens para alimentos líquidos, passa a produzir papel cartão para esta finalidade. Muitas inovações desta natureza devem continuar a ocorrer no futuro, para continuar a elevar a eficiência do setor.

Klabin tetrapak

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Nestle Incorporando o que é Tradicional na Ásia

28 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , ,

paul_bulcke

Nas diversas culturas asiáticas não costuma haver uma distinção muito clara entre alimentos e o que  no Ocidente é considerado medicamentos. Com o recente e alarmante aumento da obesidade no mundo, doenças provocadas pelo excessivo consumo do sal e do açúcar e o aumento da expectativa de vida da população, o gigante mundial da produção de alimentos, Nestle, anuncia como novidade seu ingresso no setor de alimentos saudáveis. Cria até uma unidade especial para o seu desenvolvimento, segundo o CEO da Nestle, Paul Bulcke.

Num artigo publicado no O Estado de S.Paulo, pelo correspondente em Lausanne, Jamil Chade, informam-se as cifras astronômicas que muitos países terão que gastar com o tratamento da saúde. E o Valor Econômico publica artigo relacionado com o assunto, assinado por Haig Simonian e Louise Lucas, do Financial Times, informando que a Nestle criou uma empresa independente para “desbravar um novo setor entre o alimentício e o farmacêutico”.

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Nippon Steel Visa Expansão nos Países Emergentes

27 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , ,

A Nippon Steel que já foi a maior siderúrgica do mundo e hoje está bastante reduzida em importância, mas detém altas tecnologias, anunciou a sua decisão de estabelecer equipes de projetos em países emergentes, citando especificamente o Brasil, a Índia e a China. No Brasil, ela participa da Usiminas há muitas décadas; na Índia, prepara-se para criar uma joint venture com a Tata Steel; e na China, com a Baosteel, todas empresas de reconhecida qualidade mundial. Ela já vem fornecendo equipamentos e tecnologias, não sendo novidade a sua atuação internacional.

Cada equipe terá cerca de 40 pessoas, vindas dos departamentos de gerenciamento, vendas, construção de plantas, controle de qualidade e tecnologia, e trabalhará em conexão com seus associados para desenvolver novos negócios, segundo noticiou o jornal japonês Nikkei.

Filial da Nippon Steel no Brasil

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Aprendendo Com as Multinacionais Experientes

17 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , ,

É sempre interessante acompanhar os movimentos de experientes multinacionais como a Louis Dreyfus que opera com muitas commodities agropecuárias. Agora, além de ampliar suas operações com sucos de laranja do Brasil, ingressa também nos sucos de limão, além de associar-se com os chineses nas transações com suco de maçã, pouco demandado no mercado brasileiro, mas importante no resto do mundo. Como consta de um artigo sobre o assunto publicado pelo Valor Econômico em matéria do jornalista Fernando Lopes.

Com tradição de alguns séculos, estão dotados de experiências e tecnologias para grandes volumes nos mais variados mercados, com perspectivas de longo prazo, e elevada capacidade financeira. Se produzem e exportam sucos de laranja e limão do Brasil, certamente pensaram em utilizar a sua capacidade logística para a importação, de forma a tirar o máximo proveito de todo o sistema, o que deve ser imitado por outros grupos.

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Chineses Poderiam Participar de Uma Holding Brasileira

12 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , ,

É frequente o aparecimento de notícias veiculadas na imprensa que acabam dando a impressão de algo especulativo em marcha, exigindo cautelas redobradas na sua consideração. Sempre existem grupos que captam volumosos recursos no mercado, anunciando o potencial futuro dos seus projetos, ainda que haja pouca efetividade nos seus gigantescos investimentos, até o momento. Vão da mineração, de indústrias, de infraestrutura, tanto no Brasil como no exterior, envolvendo grandes recursos, que parecem virtuais para muitos analistas.

Noticia-se que foram localizadas importantes jazidas de gás natural em áreas onde um grupo possui concessões. Como foram obtidas tais e outras concessões? Mesmo que sejam comprovadas, para se tornarem rendimentos que remunerem adequadamente os capitais investidos, haverá um grande espaço de tempo, exigindo pesadas inversões. Enquanto isto, os investimentos financeiros só se baseiam em projetos que existem no papel, apresentando riscos elevados. Ou não geram todos os lucros que permitam substanciais rendimentos para os investidores em papéis.

A constante repetição destas vultosas captações assombra os analistas, ainda que estejam baseadas em jazidas prospectadas. Todos sabem que gerar recursos próprios em volumes apreciáveis necessita de trabalhos e investimentos ao longo de muito tempo, não podendo aparecer como um lance de mágica, com a mera troca de papéis. Muitos resultados aparentam ser resultantes da compra e venda de empresas, sem que haja uma produção real que justifique grandes fortunas.

Os exageros promocionais geram desconfianças do mercado, parecendo lances de relações públicas, envolvendo até autoridades e meios de comunicação social, ainda que ressalvas sejam efetuadas. Pode ser que os relacionamentos permitam aportes de recursos externos, mas é preciso que se considerem os compromissos que estão sendo assumidos, que não podem colocar em risco patrimônios nacionais que são da coletividade e que dependem de autorizações oficiais, obtidas de formais duvidosas.

Todos os exageros de ousadia acabam despertando críticas ou até invejas, pois sempre aparecem muitas outras informações de compromissos não cumpridos integralmente. Ou de inquestionáveis comportamentos morais que se exigem dos grandes empresários. No mercado, sempre haverá os que aceitam elevados riscos e até os ingênuos que acreditam que fortunas podem ser feitas sem muito trabalho duro comprovado no lado real da economia.

Lamentavelmente, o mercado financeiro, até internacional, vem demonstrando que se venderam muitos papéis que nada valem ou representam, disseminando um comprometimento da credibilidade, sem que regulamentações mais rígidas sobre alavancagens sejam impostas. Os que desejam grandes lucros precisam estar conscientes que também estarão envolvidos em grandes riscos. O envolvimento de asiáticos nem sempre significa a garantia que todos sairão lucrando, ainda que alguns possam ficar com a parte do leão.


Mercado Mundial Como Referência

10 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , ,

O jornal econômico Nikkei publica um artigo mostrando que muitas empresas japonesas estão usando produtos aceitos nos mercados externos para aproveitá-los no comércio interno do Japão. No passado, os produtos bem conceituados no mercado japonês eram promovidos no exterior, mas com a atual recessão tiveram que mudar de estratégia. Citando casos concretos, estão constatando que também no mercado interno está se procurando produtos a preços mais acessíveis.

Na realidade, na atual dinâmica das economias mundiais, muitos produtos se tornaram descartáveis num prazo muito curto, ficando sem sentido materiais de elevada qualidade e de longa duração. Os automóveis que deveria durar décadas agora são substituídos em poucos anos, por modelos mais atualizados, como acontece com muitos produtos, como os eletrônicos.

Masahiro Shima, presidente da Shima Seiki

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Impulso Oriental na Indústria Automobilística Brasileira

8 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , ,

Há um reconhecimento da indústria automobilística como de outros setores industriais que a ampliação do mercado consumidor deve continuar mais acentuado nas economias emergentes. A China, a Índia e o Brasil continuam atraindo os interesses de muitas empresas, ainda que os projetos sejam implementados com cautela, concentrados no primeiro momento na Ásia, onde as condições de produções baratas e as dimensões do mercado são mais atraentes.

Mas, no Brasil, começam a ser executados os novos projetos ou ampliações das unidades de produção, aproveitando as condições vigentes, ou utilizando as facilidades logísticas existentes, tanto para a importação no uso dos fornecimentos locais como para eventuais exportações. São os casos da japonesa Toyota, que inicia a construção de sua fábrica em Sorocaba, da coreana Hyundai em Piracicaba e da chinesa Chery em Jacareí, esta última com carros mais econômicos, todas no Estado de São Paulo.

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