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Tratamentos de Resíduos do Japão

18 de julho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: intercâmbio recomendável, o Brasil apresenta deficiências nos tratamentos como dos lixos, o Japão possui boas tecnologias que deseja exportar

Uma matéria interessante foi divulgada pelo Yomiuri Shimbun informando que o Japão deseja exportar seus sistemas como os de tratamento dos lixos, que são deficientes no Brasil. É um campo onde os acordos bilaterais podem ser implementados, como financiamentos oficiais dos japoneses.

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Esquema explicativo do acordo de tecnologia possível, constante do artigo no Yomiuri Shimbun

Quem conhece o Japão sabe que aquele país enfrentava problemas na preservação do seu meio ambiente e acabou desenvolvendo uma das melhores tecnologias para tratamento dos lixos e outros resíduos, que estão sendo colocados para uso em outros países, com financiamento oficial. O Brasil poderia utilizar esta possibilidade para resolver um dos seus maiores problemas.

Hoje, quem vive no Japão verifica que as unidades que processam os resíduos naquele país aparentam como se fossem hospitais, não havendo cheiros nem outros problemas nas áreas mais intensamente ocupadas até dos grandes centros urbanos, como Tóquio. No Brasil, os veículos que coletam os diversos tipos de lixo, inclusive os hospitalares, causam transtornos para a população e ainda existem os locais onde estes resíduos são armazenados, agravando os problemas de poluição. Um intercâmbio bilateral pode ser implementado com a ajuda de financiamentos concessionais como do JICA – Japan International Cooperation Agency, que já ajudou o Brasil em diversos projetos.

O projeto começa com o treinamento de pessoal para estes programas, que na realidade exige que as famílias promovam as separações adequadas dos lixos que podem ser reciclados dos orgânicos como resíduos dos alimentos. As coletas são promovidas pelos veículos especializados que os conduzem para as incinerações adequadas, sendo que seus resíduos são aproveitados na produção de fertilizantes e somente os poucos que não podem ser eliminados acabam tendo destinos definidos. Todos sabem que os custos destes tratamentos dos lixos são altos nos países desenvolvidos.

Evidentemente, as empresas japonesas fornecerão as tecnologias e os equipamentos indispensáveis com financiamentos como do JICA, com custos mais do que competitivos. As autoridades brasileiras providenciariam as regulamentações indispensáveis. Os japoneses necessitam exportar estas tecnologias que são consagradas e o governo japonês, por intermédio do Ministério do Meio Ambiente, aprova os esquemas para a cessão destas tecnologias, recomendando os financiamentos adequados.

Este tipo de cooperação internacional já está sendo feito pelo Japão com países menos desenvolvidos, ajudando a melhorar o meio ambiente em diversas partes do mundo, aproveitando a experiência exitosa já utilizada há muitas décadas. Eu que vivi no Japão em torno de 1985 vi a sua eficiência e participei deste tipo de trabalho, que continuo acompanhando por intermédio dos amigos que lá residem, pois estes aperfeiçoamentos são contínuos.

Hoje, até o descarte de eletrodomésticos, como geladeiras, televisões e equipamentos eletrônicos, passam por este tipo de processo, pois existem muitos materiais que precisam ser reciclados, nas eliminações de muitos aparelhos que podem contar com materiais danosos ao meio ambiente, ao mesmo tempo em que são custosos para serem obtidos.