Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

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4 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Muitas notícias publicadas nas mais variadas instituições de comunicação social de todo o mundo informam que o quadro econômico da passagem de 2011 para 2012 esteve ligeiramente acima das perspectivas pessimistas dos principais analistas. Nada que tenha superado a crise que abala o mundo globalizado, mas as indicações foram que as demandas registradas foram superiores às esperadas. Entender o que acabou acontecendo pode ser importante, pois tudo indica que existem alguns fatores que nem sempre são considerados pelos economistas, que também merecem atenções e poderiam ser aproveitados.

Nos Estados Unidos, na Europa e no Japão, que continuam sendo relevantes para o que acontece no resto do mundo, algumas notícias foram razoáveis, e os agentes financeiros relacionados com as bolsas de valores procuram o seu aproveitamento imediato. É evidente que o otimismo é mais construtivo que o pessimismo, mas se estas informações não forem utilizadas com a devida cautela, novas frustrações podem ser registradas, alongando a dura recuperação que vai continuar exigindo muita paciência e trabalho.

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Evidentemente, os economistas costumam considerar que a renda é o fator mais importante que determina a demanda, mas que o nível de patrimônio das famílias dos consumidores também acaba influindo no seu volume. Há indícios que um período de contenção dos gastos, como o provocado por uma crise, faz com que os que contam com patrimônios razoáveis voltem com fortes demandas depois da passagem do período crítico.

É preciso considerar, também, que a tendência para se proteger dos problemas que afetam os ativos financeiros que estão desvalorizando, e na procura de maior segurança, provoque deslocamentos importantes da demanda. Muitos entendem que títulos governamentais de alguns países sejam portos seguros, provocando fortes fluxos, muitas vezes indesejáveis. Certamente, o ouro, joias e outros objetos de alto valor também são considerados preservadores de patrimônio quando se considera o longo prazo e estão sendo adquiridos. Muitos preferem investir em imóveis, que mesmo com as fortes flutuações observadas recentemente, no longo prazo acabam proporcionando as seguranças desejadas.

Todos sabem que as inversões em construção civil acabam provocando efeitos multiplicadores expressivos, e alguns países estimulam gastos em infraestrutura como medidas anticíclicas. No caso do Japão, a reconstrução acaba tendo um papel importante, no que foi ajudada pelas indenizações das companhias de seguro, doações para as vítimas de desastres naturais e outras que proporcionaram disponibilidades financeiras que foram deslocadas parcialmente para outros consumos.

Não se pode desprezar que economias também estão sendo efetuadas em alguns gastos como os relacionados com a energia, e em alguns países estes itens são relevantes nos orçamentos familiares. As novas disponibilidades acabam demandando outros consumos.

O que é possível sentir é que não há espaço para um pessimismo exagerado, ainda que os problemas sejam difíceis. A população mundial vai continuar aumentando o seu consumo, mesmo com flutuações temporárias, e os empresários mais otimistas continuam aproveitando as oportunidades que se apresentam.



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