Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Ampliando os Conhecimentos Sobre Taiwan

14 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Claudia Samento publica no jornal O Globo artigo que se destina ao fomento do turismo, mas também fornece conhecimentos que são ignorados por muitos. A ilha de Taiwan, que já foi chamada de Formosa, nome dado pelos portugueses no século XVI, conta com 23 milhões de habitantes e hoje atrai as atenções mundiais pelo seu desenvolvimento econômico, com suas riquezas culturais. A China a considera parte do país, e o seu atual presidente eleito democraticamente, Ma Ying-jeou, é a favor de uma ideia futura de unificação, à semelhança de Hong Kong (um país, dois sistemas). Taipé é a sua capital, e é uma respeitável metrópole, muito internacionalizada.

Taiwan fez parte do Império japonês desde 1895 até a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, e em 1949, quando lá se refugiaram os chineses partidários de Chiang Kai-shek, os nacionalistas que foram derrotados pelos que seguiam as orientações de Mao Tse-tung. Eles levaram parte das riquezas culturais acumuladas ao longo dos séculos na China. O artigo afirma que contam com cinco mil templos budistas, confeccionistas (é mais uma filosofia) e taoístas, mas podem se acrescentar que convivem harmoniosamente com seitas cristãs. A íntegra do artigo pode ser acessada pelo http://oglobo.globo.com/boa-viagem/taiwan-formosa-terra-dos-cinco-mil-templos

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Taiwan foi considerado um dos novos Tigres Asiáticos, que seguiram a performance japonesa, diante da agressividade com que colocavam seus produtos manufaturados no mercado internacional. Como a maioria dos arquipélagos do Pacífico, conta com recursos naturais adequados para o turismo e sua população se empenha nas atividades comerciais.

Veio sendo protegida pelos Estados Unidos diante de sua posição estratégica no Pacífico, nas proximidades da China, mas em termos diplomáticos e internacionais só contam com representações comerciais de outros países, diante das exigências chinesas.

De forma pragmática, apesar das resistências de alguns segmentos de sua população, convivem com a China onde possuem laços familiares e comerciais. Desde os primórdios da abertura comercial e econômica da China, os intercâmbios de pessoas e comércio se mantiveram intensos. Ainda que muitos se considerem taiwaneses, era comum encontrar grandes grupos deles na China Continental, como os chineses de Hong Kong, de Cingapura e de todo o Sudeste Asiático. Transitavam livremente pelas suas fronteiras e alfândegas, como chineses que nunca deixaram de ser, pois mantiveram seus registros civis nas aldeias de onde se originaram.

A diáspora chinesa pelo mundo é expressiva, e apesar da heterogeneidade étnica da própria China, existem fortes laços que continuam mantendo com as regiões de onde são provenientes, e continuam colaborando como vanguardas deste mundo globalizado, tirando vantagens comerciais que fazem parte de suas culturas. Foram forjadas pelas rotas como da seda, milenares, que estabeleceram seus contatos até com os antigos fenícios.



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