Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Problema da Água no Brasil e na China

12 de dezembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Também a China, como o Brasil, apresenta regiões que contam com águas abundantes que provocam até inundações e outras que necessitam contar com gigantescos aquedutos para atender as suas necessidades nos centros urbanos e que não conseguem atender as agriculturas destas regiões.

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A China, semelhante ao Brasil, conta com regiões com muitas águas (verde) e outras com aguda escassez (amarelo) e está efetuando gigantescos investimentos para atender a suas regiões urbanas, mas não consegue atender as zonas rurais, mapa constante do site da Bloomberg

No Brasil, todos estão informados dos projetos que transferem águas do Rio São Francisco para atender o Nordeste, bem como os que no futuro devem transferir as águas do Rio Tocantins também para o semiárido nordestino, envolvendo investimentos gigantescos. Na China, já investiram cerca de US$ 40 bilhões e devem chegar a US$ 76 bilhões, mas com a intensa urbanização só conseguem atender os centros urbanos, exigindo outras soluções para o setor rural.

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Projeto que transfere água do Sul da China para o Norte, passando por um túnel sob o rio Amarelo, constante do artigo publicado no site da Bloomberg

O artigo publicado no site da Bloomberg informa que com a intensa urbanização que acompanha o desenvolvimento da China, somente os centros urbanos conseguem ser abastecidos com o uso destes canais, que transferem água do sul para o norte, para atingir a região de Beijing. A nova cidade próxima à capital, que foi anunciada pelo presidente Xi Jinping, deve contar com mais 5,4 milhões de habitantes.

Os agricultores chineses estão perfurando mais profundamente para contar com água para as suas atividades, mas nem sempre é possível, havendo até restrições governamentais, inclusive com denúncias usando redes sociais. Estão sendo obrigados a importar mais produtos agropecuários do exterior, sendo o Brasil um dos seus importantes fornecedores.

A agricultura chinesa consome mais de 60% de toda a água usada naquele país. Também estão sendo desenvolvidas plantas na China que consomem menos água, inclusive com a utilização de sistemas de gotejamento que foram introduzidos nos kibutz israelenses. Tudo que se conhece nesta área em todo o mundo vem sendo tentado na China, com a ajuda de grandes grupos privados. O máximo de aproveitamento das chuvas vem sendo feito, até com a ajuda do sistema fiscal. Mais do que outras restrições, a carência de água acaba sendo uma limitação mais expressiva.



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