Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Alimentação de Qualidade nos Veículos

12 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: a disseminação do food trucks, adaptações brasileiras, alimentos com custos baixos, melhoria nas feiras

O suplemento Comida da Folha de S.Paulo informa que alguns renomados chefs estão procurando formas de uma comercialização de alimentos mais baratos com a preservação da qualidade. Isto já vem acontecendo em muitos lugares, sendo que nos Estados Unidos estão se multiplicando as licenças para os chamados food trucks de alimentações rápidas, que podem ser encontradas nas esquinas ou nas praças. Com instalações adequadas num veículo, os custos ficam bem abaixo do que os efetuados em locais alugados, e as autoridades locais estão reconhecendo suas vantagens.

Num artigo elaborado por Débora Yuri e Gustavo Simon, informa-se que já está em discussão na Câmara Municipal uma legislação que facilite este tipo de empreendimento e suas variações. Chefs de restaurantes reconhecidos, como André Mifano, do Vito, estão oferecendo sanduiches de qualidade, como Mara Salles, do Tordesilha, que abriu um balcão para atender diretamente os clientes que passam pela rua. Em Nova Iorque, este tipo de iniciativa multiplicou-se por todas as esquinas importantes de Manhattan, inclusive em algumas praças, oferecendo lanches rápidos que são bem aceitos pela população, com a higiene indispensável.

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Matéria publicada no suplemento Comida, do jornal O Estado de S.Paulo

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Estratégias de Algumas Empresas Japonesas na Ásia

11 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ampliação de suas atividades os países vizinhos da Ásia, competição com as grandes multinacionais, o exemplo da Unicharm

Um artigo publicado pelo jornal econômico japonês Nikkei informa que algumas empresas japonesas, diante do decréscimo da população japonesa, estão adotando uma estratégia de ampliação de suas atividades nos países vizinhos da Ásia, como é o caso da Unicharm que produz produtos de higiene feminina e fraldas. Ela está com um sensível aumento de fraldas descartáveis na Indonésia, fazendo com que as vendas no exterior sejam superiores as internas do Japão. Disputa uma parcela do mercado com gigantes mundiais, como a Procter & Gamble. Seu objetivo é chegar em 2020 com o triplo das vendas atuais na soma dos mercados externos e interno. No Brasil, a Unicharm visa o mercado de fraldas para idosos, programando uma unidade produtora no Estado de São Paulo.

Somente na Indonésia, a Unicharm já conta com três unidades produtoras. Seus concorrentes também instalam fábricas naquele país. O seu presidente, Takahisa Takarara, da segunda geração da família fundadora da empresa, entende que não deve ser uma monopolista num mercado do exterior. Em termos mundiais, a Unicharm ainda com cerca de um terço das vendas da Procter & Gamble somente nos produtos sanitários femininos e fraldas para crianças. Esta multinacional transferiu parte de seus funcionários do Japão para Cingapura, onde passou a contar com uma central regional, cobrindo inclusive a fábrica na Indonésia.

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Diferenças dos Efeitos de Medicamentos

11 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: diferenciações nem sempre compreendidas, pesquisas clínicas, resultados diferentes com medicamentos

Diante da intensa campanha mundial para evitar discriminações como as raciais, os cientistas procuram evitar explicitar que os resultados das pesquisas clínicas demonstram diferenças de eficácia dos medicamentos sobre etnias diferentes. Um artigo corajoso de Henry I. Miller, da Universidade de Stanford, acaba de ser publicado no site do Project Syndicate mostrando o que já se conhece, mas ficou pouco explícito com receio de que isto tivesse alguma conotação como a que foi enfatizada pela ideologia nazista. Muitos sabem que os medicamentos que podem ser utilizados no Japão necessitam de comprovações com exames clínicos efetuados com os que fazem parte da etnia japonesa, como também se sabe por pesquisas que existem efeitos diferenciados para populações com cores diferentes de pele e outras características genéticas. Sem que haja intenções discriminatórias.

O artigo informa que se sabe há décadas que certas drogas podem causar anemias severas em pessoas com deficiência genética de enzima conhecida como G6PD. Também os pesquisadores descobriram recentemente que certos medicamentos contra o câncer são ineficazes na luta contra tumores que contêm a variante mudada do gene conhecido como KRAS. Os pesquisadores constatam que existem estas diferenças que necessitam ser consideradas nas pesquisas científicas quando da montagem de suas amostras.

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Henry I. Miller, da Universidade de Stanford

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China Daily Sobre a Reunião do G-20

10 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: algumas opiniões de acadêmicos, avaliação da reunião do G-20, potencialidade para crescimento e liderança mundial, preocupações com a bolha imobiliária

O China Daily, como um jornal oficial da China, procura avaliar a recente reunião do G-20 realizado em São Petersburgo, na Rússia, sob uma perspectiva mais otimista, ainda que nada de fundamental tenha sido decidido, servindo somente para que os chefes de Estados dos diversos países membros expressassem seus pontos de vista unilaterais. Os países mais desenvolvidos registraram que continuam se recuperando, informando que os emergentes estão se desacelerando, ainda que seus crescimentos apresentem taxas ainda mais elevadas do que os industrializados. Uma parte da imprensa internacional tende a atribuir as dificuldades recentes aos emergentes que perderam seu dinamismo anterior, ainda que parte da dificuldade seja originária das políticas de flexibilidade monetária que provocaram inicialmente uma valorização cambial destes países, para depois acusarem um forte refluxo de recursos, com violentas variações cambiais.

O China Daily registrou mais depoimentos positivos sobre a China, como o do professor Gregory Chin da Universidade de York do Canadá, que vem acompanhando estas reuniões de cúpula e informa que a China está mais avançada na sua política econômica que os demais membros do G-20. Mas também registra posições como do professor-adjunto da Universidade de Columbia de Nova Iorque que aponta a especulação imobiliária que estaria ocorrendo na China, problema que gerou as dificuldades nos Estados Unidos e no Japão. Também o professor da London School of Economics, Paul De Grauwe, informa que a desaceleração da economia chinesa é inevitável, devido a excessiva dependência do crédito bancário e a capacidade ociosa existente na economia.

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Líderes do G-20 em São Petersburgo

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Artigo de Li Keqiang Para o Financial Times e Outros Assuntos

9 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Li Keqiang para o Financial Times, intenções governamentais para a sua superação, os problemas de corrupção, preocupações e problemas existentes, rara apresentação direta

O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, escreveu pessoalmente um artigo publicado no Financial Times para abordar os problemas que estão sendo levantados pelos analistas mundiais, reafirmando suas intenções de executar medidas para perseguir as metas estabelecidas pelo Partido Comunista Chinês. Refere-se ao Fórum de Davos de Verão que se realizará em Dalian, na China, com vistas à recuperação lenta da economia mundial, às preocupações com uma redução mais acentuada do crescimento chinês que deixou de ser de dois dígitos, e às complexas transformações pelas quais necessitam passar. Reafirma que o novo governo chinês, que assumiu em março último, perseguirá as metas estabelecidas de um crescimento mínimo de 7,5% neste ano, baseado no crescimento da demanda interna, mantendo o índice de preço aos consumidores no limite máximo de 3,5% ao ano. O governo necessita de resultados palpáveis e obter o prestígio popular.

Ele se refere à transferência de mais de 100 milhões de chineses do meio rural para os centros urbanos na próxima década. Reconhece que este processo é de elevada complexidade, mas reafirma a forte intenção de tomar as medidas necessárias, procurando inclusive investimentos estrangeiros tornando Xangai uma zona de livre comércio, ampliando seus entendimentos com seus vizinhos, inclusive com o grupo ASEAN.

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Li Keqiang                        Xi Jinping

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Entrevista de Delfim Netto Sobre a Agricultura Brasileira

9 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a demanda chinesa de produtos agrícolas, entrevista para o Valor Econômico, o mercado internacional, possibilidades futuras

O professor Delfim Netto concedeu uma longa entrevista para o jornalista Luiz Henrique Mendes sobre a agricultura brasileira e suas perspectivas que foi publicada no Valor Econômico. Reconhece que ela continua se beneficiando da expansão da economia asiática, notadamente da China, e, ainda que o mesmo ritmo possa ser difícil no futuro, ela continuará suprindo parte da necessidade mundial. No entanto, dada a existência de oligopólios e oligopsônios, ou seja, um pequeno número de tradings internacionais que atuam no mercado destes produtos, quando existem milhões de produtores agrícolas, há uma necessidade de regulação governamental para evitar as ineficiências que são geradas por estas empresas.

Ele observa que o que acontecia com o mercado de grãos está sendo reproduzido com a ajuda errônea do governo no setor de carnes. Ainda que o papel da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias tenha sido relevante, não cabe a ela substituir o setor privado, que poderá continuar contribuindo no aumento da produtividade do setor. Os ganhos seriam expressivos se a extensão rural auxiliar as pequenas e médias empresas a também absorverem as tecnologias hoje disponíveis para as grandes. Sua perspectiva com relação ao futuro é positiva, pois entende que, com o aumento contínuo da renda no mundo e o avanço da urbanização, haverá ainda um aumento da demanda por alimentos.

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O Momento Favorável da Economia Japonesa

9 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: 8%, a escolha para as Olimpíadas de 2020, crescimento anualizado de 3, os problemas de Fukushima, prestígio do governo Shinzo Abe

Depois de décadas de baixo crescimento econômico, todos os dados estão indicando que o governo de Shinzo Abe, como a sua Abeconomics, está conseguindo um momento e um clima positivo para conquistar um expressivo crescimento econômico. Os últimos dados revistos pelo governo mostram que no período abril a junho deste ano conseguiu-se um crescimento de 3,5% sobre o trimestre anterior, permitindo uma estimativa anualizada de 3,8%, um crescimento extremamente elevado para uma economia industrializada. A escolha de Tóquio como sede das Olimpíadas de 2020 é um renovado estímulo para pesados investimentos tanto em obras como avanços no comportamento como o que conseguiram em 1964, dando uma forte demonstração de sua recuperação para o mundo.

O prestígio popular do governo Shinzo Abe encontra-se num surpreendente patamar, mostrando que conta com o cacife necessário para elevar os tributos que precisa, para que o seu endividamento público comece a baixar, pois estava situado como o mais elevado do mundo, ainda que totalmente financiado por poupanças japonesas. Como seus parceiros internacionais, como a China e os Estados Unidos, também estão registrando crescimentos animadores, havendo também os primeiros sinais de recuperação na Europa, o quadro internacional torna-se favorável. O TPP – TransPacific Partnership começa a ganhar força, tanto que a Coreia do Sul também está decidida a acompanhar os passos do Japão.

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Comitiva japonesa festeja a escolha de Tóquio para as Olimpíadas de 2020

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Captação de Energia Solar

8 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: avanços nas tecnologias alternativas de energia, células solares competindo com os chineses, competição que tende a se acirrar

No site do MIT News, David L. Chandler publicou um artigo mostrando que o mercado internacional para a produção de células solares fotovoltaicas os custos de recursos humanos está se tornando menos determinantes. Até o passado recente, a China era responsável por 63% de toda a produção mundial, dado o baixo custo dos recursos humanos naquele país, bem como os subsídios governamentais chineses. Mas os pesquisadores do NREL – Departamento do Laboratório de Recursos Renováveis dos Estados Unidos junto com os do MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts mostraram que outros fatores podem ser determinantes nos seus custos.

As produções destas células solares fotovoltaicas estão se tornando altamente automatizadas e a escala da sua produção está permitindo que os Estados Unidos voltem a serem competitivos, ao lado das tecnologias que continuam se desenvolvendo. Utilizando as peças de silício e suas montagens nas células fotovoltaicas nos painéis, mesmo considerando os demais custos, inclusive das pesquisas e as remunerações dos fabricantes, tudo incluído acabou se concluindo que a escala passa a ser relevante. A China se beneficiou de sua rapidez, com a Alemanha sendo a maior consumidora no mundo, com o subsídio no seu uso. Na medida em que este acabou sendo abolido, o seu consumo se reduziu.

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Reflexões Sobre o Desenvolvimento Tecnológico

8 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: levantamentos da McKinsey, poucas tecnologias que provocam grandes mudanças, questionamento da concentração na informática e comunicações

Um interessante artigo publicado por Erik Brynjolfsson, do MIT, James Manyika, da McKinsey, e Andrew McAfee, do MIT, no Project Syndicate sobre o impacto de somente doze tecnologias que teriam efeitos de grandes mudanças levam a necessidade de reflexões sobre o assunto. Eles informam que algumas que foram consideradas de grandes potenciais acabaram sendo frustrantes, como os relacionados com os aparelhos de som quatrofônicos. Algo parecido teria acontecido com os que achavam que o B2B, comércio entre empresas, acabaria com o tradicional, o que não aconteceu. A MGI – McKinsey Global Institute teria listado doze tecnologias que consideram que quase certamente provocará grandes impactos econômicos nos próximos anos.

A MGI teria analisado mais de 100 tecnologias em rápida evolução e identificado as 12 se mostram mais promissoras. Eles estimam que o impacto delas pudesse chegar a US$ 14 a 33 trilhões em 2025, ainda que sejam intervalos amplos. Estariam incluídas nas tecnologias de informação, máquinas e veículos, energia, biociência e materiais. Eles consideram que somente a Internet móvel estaria com seu impacto estimado em US$ 10 trilhões até aquele ano, sendo somente US$ 1 trilhão para os prestadores de serviços on line. Como os cidadãos do mundo desenvolvido já estão utilizando muitas destas tecnologias de informática, eles estimam que até aquela data 2 bilhões de habitantes dos países em desenvolvimento terão acesso a estes benefícios.

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Diferentes Percepções das Distribuições de Renda

8 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo sobre o sonho americano, percepções diferentes em países desenvolvidos e emergentes, piora da distribuição de renda

Os seres humanos parecem aspirar ao máximo de igualdade que aparentam contar com percepções diferentes dependendo do nível de renda dos países em que se vive. Carol Graham, que é da Brookings Institute e professora na Universidade de Maryland, publicou um artigo no Project Syndicate sobre a possível quebra do sonho americano, constatando que a distribuição de renda nos Estados Unidos está piorando, principalmente com a recente crise. O mesmo pode-se dizer sobre o Japão, que tinha, segundo muitos analistas, uma boa distribuição de renda, e passa por um longo período de baixo crescimento econômico que tenta superar agora. Nestes países de elevado nível de renda, possivelmente este problema é menos crítico do que naqueles emergentes, que tentam melhorar a sua distribuição, mas ainda conta com renda modesta, como o Brasil e mais dramaticamente a China.

Segundo Carol Graham, entre 1997 a 2007, a participação das famílias que estão no topo da pirâmide, representando somente 1% da população, elevaram 13,5% de sua participação, o que realmente é assustadoramente alto, e poderia estar acabando com o sonho americano, representado pela possibilidade de ascensão social daqueles que se empenham economicamente. Mas, como a despesas de atendimento social são razoáveis, isto não provocou ainda uma reação forte. A mesma tendência parece observar-se no Japão, que também vem piorando sua situação, com o enriquecimento de uma pequena parcela da população, mesmo no quadro de baixo crescimento observado nas últimas décadas.

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Carol Graham

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