Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Empresários Japoneses Falando Para o Exterior

17 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: entrevista de Masatoshi Ito da Ajinomoto, mudanças de posturas dos empresários japoneses

Reconhecendo que os principais grupos empresariais do Japão estão se tornando multinacionais, nota-se que os seus principais líderes intensificam a concessão de entrevistas para a imprensa internacional. Se o CEO da Hitachi, Hiroaki Nakanishi, falou com o jornalista do The Wall Street Journal, agora o da Ajinomoto, Masatoshi Ito, concedeu entrevista aos jornalistas Kana Inagaki e Hiroyuki Kachi do mesmo jornal, reproduzido pelo Valor Econômico. Como estes empresários não costumavam se manifestar nos meios internacionais de comunicação, com raras exceções como o Akio Morita que foi o presidente da Sony, parece ocorrer um reconhecimento que a maior parcela dos seus mercados já não está no Japão, mas no mercado mundial.

O artigo em questão informa que a Ajinomoto está buscando aquisições de empresas no mercado internacional, visando acelerar o processo de sua expansão. O grupo já atua no Brasil, tanto para a produção de matérias-primas para seus temperos como a colocação de alguns dos seus produtos cuja demanda está em crescimento. Tendo adquirido o controle de uma empresa japonesa que produzia macarrões com preparos instantâneos, com temperos orientais, notaram que no mercado brasileiro a sua demanda estava crescendo rapidamente. Isto decorria da disseminação dos hábitos de consumos de produtos da culinária japonesa, como ampliação de uma nova classe média local, bem como aumento do emprego de mulheres que se dedicavam no passado exclusivamente às lides domésticas.

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Masatoshi Ito

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O Papel das Mulheres nas Economias Asiáticas

16 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: algumas lideranças destacadas, dificuldades na média, influencias culturais

Há um evidente contraste na Ásia: enquanto algumas mulheres conseguem galgar as posições máximas, mais que em outras regiões no mundo, na média das sociedades asiáticas elas continuam contando com restrições culturais para a sua ascensão. Aquelas que superam estes obstáculos acabam se destacando. Um artigo publicado por Vishakha N.Desai, Astrid S. Tuminez e Gerald Rolfe no Project Syndicate procura discutir estas questões complexas.

Os autores observam que as atenções mundiais se voltam hoje para a Ásia, principalmente a China e a Índia. As performances recentes de suas economias, a dimensão populacional, os desenvolvimentos tecnológicos e a vitalidade empresarial ajudam neste processo, que se espalha pelo Sudeste Asiático, ao mesmo tempo em que o Japão e a Coreia mantêm os níveis já conquistados. Mas, segundo o artigo, continuam se estimando que cerca de 1,3 milhão de meninas por ano não chegam ao nascimento, somente na China e na Índia.

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Esforços de Adaptação na Economia Japonesa

16 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo sobre a Hitachi no The Wall Street Journal, empresas japonesas procuram novos caminhos, sobre a Mitsubishi Heavy no Nikkei

No atual mundo econômico conturbado e sofrendo grandes mudanças, alguns exemplos de empresas japonesas procurando novas posturas estão sendo divulgados pela imprensa. Num artigo publicado por Daisuke Wakabayashi no The Wall Street Journal sobre os esforços do grupo Hitachi, que nos últimos quatro anos somaram prejuízos de US$ 12,5 bilhões, mostra o seu esforço para se tornar uma empresa multinacional sob a presidência de Hiroaki Nakanishi, cortando funcionários e unidades deficitárias, fugindo do tradicional padrão japonês. Algo semelhante acontece com outros grupos como a Fujitsu, Nintendo, Panasonic, Sony e Toshiba, cujos resultados continuam não satisfatórios.

O jornal econômico Nikkei anuncia que a Mitsubishi Heavy desenvolveu a maior planta de recuperação do CO2, dióxido de carbono, que consegue captar 3.000 toneladas deste gás por dia, multiplicando por seis a maior até agora existente para esta finalidade. Este desenvolvimento tecnológico visa atender grandes complexos industriais, como as produtoras de energia elétrica a partir do carvão mineral e indústrias produtoras de aço. Sem as mudanças substanciais deste tipo, não parece possível se ajustar às novas necessidades do atual mundo globalizado.

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Hiroaki Nakanishi e a planta da Mitsubishi Heavy em Alabama

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Artigo Conjunto dos Presidentes do BID e do ABD

15 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do presidente do BID, e presidente do ADB, globalização, Haruhiko Kuroda, Luis Alberto Moreno

Um artigo conjunto do presidente do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, Luis Alberto Moreno, e do presidente do ADB – Asian Development Bank, Haruhiko Kuroda, foi publicado pelo jornal Valor Econômico. Eles mencionam que há cinco séculos as embarcações espanholas (deixaram de mencionar os portugueses) percorriam a América Latina e a Ásia, ligando parceiros comerciais. As relações das Índias Orientais e Índias Ocidentais eram sólidas, segundo os autores. Hoje, desde 2000 até 2011, o comércio entre as duas regiões cresceram anualmente a uma média de 20%, chegando a um montante de US$ 442 bilhões.

Também os fluxos de investimentos e financiamentos aumentaram significativamente, bem como 18 acordos de livre comércio foram firmados nos últimos 8 anos. Não mencionaram que o Brasil ficou atrasado neste processo, por tentar acordos mundiais como a rodada de Doha. Anunciam que foi publicado por ambos os bancos um relatório com o título “Construindo o futuro das relações entre América Latina, Caribe e Ásia”.

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Problemas dos Países Emergentes na Crise Atual

15 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análises mais acuradas, exageros nas flutuações voláteis, medidas tomadas, problemas dos dados

Folheando-se as notícias dos principais meios de comunicação econômica relevantes no mundo, nota-se a perplexidade que toma a conta de muitos pseudoanalistas. A abundância de informações “on time” proporcionados pela internet provocam uma espécie de poluição que acaba confundindo até os estudiosos mais experientes, acentuando a natural volatilidade dos mercados nos períodos de crise. A concorrência acirrada dos diversos veículos de informação, disputando as atenções dos agentes econômicos, faz com que os jornais sofram as desvantagens do tempo indispensável para serem impressos e atenderem os seus leitores. Muitos assuntos se tornaram descartáveis e as paranoias dominam muitos ávidos de informações atualizadas, muitas delas plantadas por interesses variados. E que acabam se invertendo no dia seguinte.

Jamil Anderline, do Financial Times, publicou um artigo, reproduzido pelo Valor Econômico, que começa refletindo uma expressão que teria sido utilizado por Li Keqiang no passado, que deverá substituir o premiê Wen Jiabao no próximo ano. Que os dados sobre o PIB chinês seriam “produzidos pelo homem” e, portanto, pouco confiáveis. Muitos chineses não se fiam demasiadamente nos seus dados estatísticos, que devem apresentar deficiências de elaboração superiores aos que são os da maioria dos países emergentes, inclusive os brasileiros. Muitos preferem utilizar “proxis” como o consumo de energia elétrica, dados de transportes ou empréstimos bancários para avaliarem a evolução do produto nacional. E tudo que se refere à China parece carregar admirações ou contrariedades, diante da performance impressionante de sua economia nas últimas décadas.

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Li Keqiang

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Questionando a Meritocracia Chinesa

14 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: distribuído pelo Project Syndicate, questionamento de Minxin Pei, usando o episódio de Bo Xilai

Certamente, a China atual ainda se encontra num estágio de desenvolvimento político em que as suas próprias autoridades máximas reconhecem que existem reformas a serem efetuadas para dar continuidade ao seu processo, mais destacado do ponto de vista econômico. Um país com a complexidade da China, com longa história e cultura, ampla diversidade étnica e cultural, acentuadas disparidades regionais e pessoais de renda, não poderia ter um quadro muito diferente, e as críticas às suas dificuldades se acentuam nos momentos cruciais de suas mudanças para uma nova geração de dirigentes.

Minxin Pei, professor de governo no Claremont Mc Kenna College, vem se destacando nas críticas, como no artigo distribuído pelo Project Syndicate, informando que o sistema de meritocracia da China era somente um mito, como ficou claro no escândalo envolvendo a queda do Bo Xilai, o antigo chefe do Partido Comunista de Chongqing. Muitas de suas imperfeições foram explicitadas, segundo o autor.

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Minxin Pei, professor do Clearemont Mc Kenna College

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Consolidam-se os Entendimentos no Extremo Oriente

14 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: acordo de investimentos foi firmado, Japão e Coreia anunciam avanços, jornais da China, livre comércio previsto para o fim do ano

Os principais jornais da China, Japão e Coreia ressaltam a importância da reunião de cúpula realizada neste fim de semana em Beijing, reunindo o premiê chinês Wen Jiabao, o presidente coreano Lee Myung-bak e o premiê japonês Yoshihiko Noda, dando prosseguimento às reuniões onde seus ministros alcançaram importantes acordos. Foram assinados os acordos de investimentos como um passo importante para chegar a um acordo de livre comércio entre os três países ainda este ano, apesar das dificuldades ainda existentes. Também estabeleceram um entendimento que não aceitarão novos testes nucleares da Coreia do Norte.

Tudo indica que estes entendimentos estão se consolidando diante das dificuldades econômicas mundiais, e as pressões norte-americanas em direção a uma Parceria Trans-Pacífica (Trans-Pacific Partnership) envolvendo países de toda bacia do Pacífico. Os indícios são no sentido de evitar problemas como os que estão afetando a Comunidade Europeia, restringindo-se a entendimentos no sentido da formação de um bloco de livre comércio entre os três países.

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Lee Myung-bak, Wen Jiabao e Yoshihiko Noda

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Diminuição da Pobreza no Mundo

14 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: crise ofusca a redução da pobreza absoluta, importância do que está acontecendo, The Economist cuida do assunto

É compreensível que todos se preocupem somente com o que acontece ao seu redor, com poucos se importando se a pobreza absoluta está sendo reduzida em todo o mundo, mesmo nestes anos recentes de crise. The Economist, que costuma abordar também o que acontece em todo mundo, publicou um artigo mostrando que, mesmo com a pior crise mundial depois de 1930 e o maior aumento do preço dos alimentos desde 1970, o número de pobres está diminuindo no mundo. A melhor estimativa deste fenômeno, segundo o artigo, vem do Grupo de Pesquisa do Desenvolvimento do Banco Mundial, que atualizou os dados de absoluta pobreza desde 2005.

Os dados se referem à população que vive com menos de US$ 1,25 por dia aos preços de 2005, que caiu em todo o mundo desde que o Banco Mundial começou a coletar estes dados em 1981. O mesmo ocorreu com os que vivem com menos de US$ 2,00, com os dados agrupados para o mundo, Sul da Ásia, África Subsaarana, Leste Asiático e Pacífico e China. Sendo que os dados mais expressivos estão no Sul da Ásia e na África Subsaarana, em que pesem todos os problemas que enfrentam.

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Valor Econômico Informa Sobre o Uso do Automóvel na China

11 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Marli Olmos, observações em Pequim, produção e trânsito, Wuhu e Xangai

Marli Olmos é uma experiente jornalista com longa tradição nos assuntos relacionados com a indústria automobilística em todo o mundo. Acaba de publicar um artigo no suplemento Eu & Fim de Semana do Valor Econômico em função de uma viagem a convite da empresa chinesa Chevy que está se instalando no Brasil, com a primeira fábrica fora da China. Além de conhecer a exposição feita em Pequim, teve a oportunidade de visitar as instalações industriais em Wuhu a 1.200 quilômetros da capital, bem como Xangai, para observar o atual trânsito naquela metrópole. Ela analisa pontos importantes para a avaliação do estágio em que se encontram, mostrando que do ponto de vista industrial se aproximam do que se faz no resto do mundo, com alguns aspectos mais avançados do que o do Brasil, bem como com problemas de trânsito comparáveis aos brasileiros de 20 anos atrás.

As linhas de montagem da Chevy contam com um exército de robôs e procuram aprender com modelos de outras empresas como o Audi, abertamente. Mas contam com laboratórios de “crash test” como os que não se encontram no Brasil para verificar os impactos e os efeitos simulados sobre os seus ocupantes. Como todos sabem, a China já ultrapassou os Estados Unidos na produção de veículos e vai continuar a ampliar as suas produções com novas instalações de grupos chineses e estrangeiros.

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Trânsito infernal na China

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O Jogo do Bicho Vira Matéria no The Economist

10 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: a procura das diversificações de atividades ilícitas, como “bicheiros” estão no noticiário internacional, paralelos no exterior

Lamentavelmente, as atividades ilícitas não são um privilégio brasileiro estando presente nas maiorias das sociedades humanas, em maior ou menor grau. Como o popular jogo do bicho acabou ficando restrito no Brasil depois da popularização de muitas apostas legais como a loteria esportiva, a mega sena e outras que estão controladas pela Caixa Econômica Federal, com parte substancial dos seus resultados voltados para atividades sociais, os seus banqueiros chamados “bicheiros” acabaram migrando para outras atividades ilícitas, como a exploração de máquinas caça níqueis, cassinos clandestinos e envolvendo-se em atividades carnavalescas e nas de obras públicas, que dependem de políticos eleitos.

A matéria do The Economist faz um histórico do seu aparecimento com a instalação de um zoológico no Rio de Janeiro em fins do século XIX e o sorteio para atrair frequentadores. A atração acabou se desvirtuando passando a guardar somente o seu nome relacionado aos animais. Algo similar também aconteceu em Nova Iorque, ambos sobrevivendo com a corrupção de policiais que deveriam coibir estas atividades. No Brasil, mesmo com o governo federal transferindo tipos de apostas para o seu âmbito, controlando seus ganhos, algumas autoridades estaduais acabaram tolerando a atividade de alguns “bicheiros”. Segundo o artigo, para realizarem algo como relações públicas acabaram se imiscuindo com o Carnaval. Atuando numa zona cinzenta, entraram na política, que em qualquer país necessita de muitos recursos, multiplicando os problemas e a sua amplitude, de forma lamentável.

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