Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Terríveis Custos das Guerras do Iraque e do Afeganistão

31 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo originário do The Washington Post reproduzido no The Japan Times, as guerras do Iraque e do Afeganistão custam aos contribuintes norte-americanos entre US$ 4 a 6 trilhões, envolvem as contas com os feridos, estudo de um pesquisador da Universidade de Harvard

Além dos custos diretos das intervenções militares norte-americanas nas guerras fracassadas do Iraque e do Afeganistão, somam-se as pensões e os cuidados médicos aos veteranos feridos que terão que ser reparados numa guerra de mais de uma década, segundo estudos realizados por uma pesquisadora da Universidade de Harvard, Linda Bilmes, professora de políticas públicas. Estes custos limitarão as atividades diplomáticas externas dos Estados Unidos, bem como novas iniciativas militares, que terão que ser custeadas pelos seus aliados, como na Ásia, onde os confrontos com os chineses parecem inevitáveis.

Os Estados Unidos aumentaram os benefícios aos militares em 2001 procurando reforçar os talentos e ampliar as suas fileiras envolvidas no Iraque e em outras localidades no exterior, onde sofriam as pressões de guerrilhas, como os dos radicais mulçumanos reais ou imaginários, alguns que nunca foram claramente identificados. Muitos estoques de armamentos de elevado potencial que eram considerados nunca foram localizados, servindo para tentar assegurar as fontes de suprimento energético do Oriente Médio para os norte-americanos. Muitas vidas foram sacrificadas, tanto dos seus militares como até de civis estrangeiros, e os esforços de reconstrução procuram beneficiar a indústria de construção pesada dos Estados Unidos.

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Desembarque de militares falecidos na Guerra do Iraque nos Estados Unidos

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Acirramento da Bipolarização no Brasil

29 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: acirramento com a antecipação da campanha eleitoral, dificuldades nas análises que pretendem ser isentas, exagero na biopolarização, informações superficiais, o Brasil real e o que está na imprensa

340x650_1314321Parece evidente que a campanha eleitoral foi antecipada no Brasil, fazendo com que, antes de 18 meses da eleição, haja uma tendência forte no sentido da bipolarização: dos que são contra o atual governo e os esforços de marketing que ressaltam os aspectos positivos da atual administração, mas eles todos ainda são voltados a um pequeno segmento da população. As pesquisas de opinião pública mostram, até agora, que isto não vem afetando a posição da população mais interessada nas medidas que os afetam diretamente no seu cotidiano, proporcionado índices recordes de prestígio para a Dilma Rousseff. Os meios de comunicação ainda são limitados no Brasil, e os principais jornais possuem baixas tiragens, sendo lido somente por uma elite limitada, enquanto as rádios e televisões são mais efetivas nos assuntos que afetam as tendências políticas e econômicas do país.

Comparativamente ao que acontece em outros países, os jornais brasileiros destacam os noticiários internacionais, com menores espaços dedicados aos assuntos que interessam diretamente a população, que são diferenciados por regiões, segmentos, nível de renda, locais onde habitam e uma série de fatores que os distinguem. Um artigo constante do suplemento Eu & Fim de Semana do jornal Valor Econômico chega ter o título “O rural verdadeiro”, procurando informar sobre uma nova metodologia para desvendar a realidade do Brasil rural, de forma a permitir uma política pública mais eficiente para alcançar este importante segmento da população brasileira. Mas, o mesmo pode ser dito com relação à população da periferia das grandes cidades, ou os diversos bairros que os constituem, com evidente diversidade difícil de ser classificada em grupos. As amostras destas pesquisas, mesmo limitadas, acabam surpreendendo os analistas que são mais influenciados pelos grandes órgãos de comunicação social.

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A Reunião de Cúpula dos BRICS em Durban

28 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: antes dos principais jornais brasileiros e internacionais, avanços conseguidos, o elevado interesse de Xi Jinping, velocidade das notícias no China Daily

É incrível que as notícias provenientes de Durban, na África do Sul, foram publicadas antes pelo China Daily do que nos sites dos jornais brasileiros ou os mais importantes internacionalmente. É possível que os chineses estejam dando grande importância à ofensiva da China na África, com a visita do presidente Xi Jinping à África do Sul, para participar da reunião de cúpula do BRICS, ao mesmo tempo em que efetuada uma visita oficial de um Chefe de Estado. Os jornais brasileiros deram antecipadamente a notícia dos primeiros entendimentos com os chineses, bem como as iniciativas iniciais para a criação de um Banco de Desenvolvimento específico para atender as necessidades destes países emergentes, o que poderá beneficias as necessidades de acelerar os projetos de infraestrutura no Brasil.

A imprensa brasileira acabou dando ênfase a detalhes protocolares como o atraso no encontro bilateral de Dilma Rousseff com o presidente sul-africano Jacob Zuma que se demorou na entrevista com Vladimir Putin, provocando o retorno da brasileira para o hotel e não participação do jantar de abertura da reunião de cúpula. Mas, isto é um problema menor, e, apesar de desconfortável, os interesses brasileiros de intensificação dos intercâmbios com os países membros do BRICS devem ser prioritários.

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Primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, presidente chinês Xi Jinping, presidente sul-africano Jacob Zuma, presidente brasileira Dilma Rousseff e o presidente russo Vladimir Putin

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Evolução Política Brasileira

28 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: compressão adequada do momento, entrevista de Lula da Silva para o Valor Econômico, qualificações políticas de Lula, reeleição de Dilma Russeff

Existem pessoas que sempre subestimam os que não possuem educação de nível universitário, ainda que muitos exemplos concretos demonstrem que suas capacidades não dependem destes diplomas, havendo muitos que possuem uma inteligência inata com elevada capacidade política. É o caso de Lula da Silva com o qual muitos não concordam e que acaba de conceder uma longa entrevista exclusiva ao Valor Econômico, o primeiro desde que deixou a Presidência da República. Ela foi efetuada pela Vera Brandimarte, nada menos que a diretora de redação, junto com Cristiane Agostine e Maria Cristina Fernandez. Sua leitura seria útil até para os seus adversários políticos, pois os chineses sempre ensinaram que para disputar com seus adversários, uma das condições indispensáveis seria o bom conhecimento deles.

Lula da Silva, que começou a sua vida profissional como um simples metalúrgico, demonstrou a sua capacidade de liderança como sindicalista e montou uma equipe de admiradores que sempre reconheceram a sua qualidade, pois os que conviveram com ele desde aquela época admitiam que acertava em diversas orientações muito mais que os outros que se tornaram os seus liderados, possuindo uma capacidade inata. Descoberto pelos que entendiam que o sindicalismo brasileiro não poderia ser monopólio dos que adotavam ideologias marxistas, medidas foram tomadas para a sua promoção, pois ele era de origem católica, que teve tanto sucesso que chegou à Presidência da República, e continua sendo um influente político que consegue selecionar candidatos que possuem a habilidade de atender as aspirações populares, ainda que combatido por muitos da elite econômica brasileira e os que vivem dos privilégios proporcionados pelo sistema financeiro nacional. Muitos que admitem estas qualidades de Lula da Silva, compreendendo também seus defeitos, são confundidos como lulistas, ainda que sejam analistas independentes. Infelizmente, a disputa política nem sempre se realiza com a racionalidade desejada.

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Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Márcio Fernandes/Estadão Conteúdo

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Contraste do Brasil e do Japão no Comércio Internacional

27 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: acordos de livre comércio, candidatura brasileira na OMC, negociações japonesas em diversas frentes, pouca agressividade brasileira para acordos

Segundo muitos artigos publicados na imprensa internacional, o Japão vem mantendo uma agressiva posição para participar dos principais acordos de livre comércio e parcerias econômicas no mundo. Como o TTP – Trans-Pacific Partnership que já está discutindo com outros onze países parceiros. Entendimentos preliminares começaram com a União Europeia, que negocia também com os Estados Unidos um acordo Trans-Atlântico Norte. E agora o Japão iniciou as negociações tripartites com a China e a Coreia do Sul que tiveram início em Seul, ainda que existam problemas políticos com as disputas de ilhas na região.

De outro lado, o Brasil ainda acredita que o OMC – Organização Mundial do Comércio é o fórum mais adequado para entendimentos multilaterais, ainda que esteja esvaziado pelos diversos acordos de livre comercio que proliferam pelo mundo. O embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo é o candidato à direção geral da organização, afirmando que é hora de retomar as negociações, pois sem elas a organização perderá a sua relevância, com um prejuízo irreversível para o comércio internacional. Com isto, o Brasil fica preso ao Mercosul, o único acordo do qual o Brasil participa, cujos membros apresentam grandes problemas para se expandir e estabelecer entendimentos com outras regiões do mundo.

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Roberto Carvalho de Azevêdo, Foto: Elza Fiúza/ABr

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Importantes Suplementos do Valor Econômico

27 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ajustes estratégicos no Brasil, atração de investimentos privados em transportes, mudanças tecnológicas na construção civil, suplemento especial sobre a construção, suplemento setorial sobre logística

Uma forte marca do jornal Valor Econômico vem sendo a elevada qualidade dos seus muitos suplementos, alguns decorrentes de simpósios sobre estes assuntos, outros regulares que cobrem adequadamente as principais questões setoriais. Quando o Brasil enfrenta problemas graves dos gargalos na sua desgastada infraestrutura com o escoamento de uma grande safra agrícola, o novo suplemento setorial sobre logística parece oportuno, pois tratam da aceleração das concessões, tanto nas rodovias, ferrovias como nos portos principalmente.

O suplemento especial sobre a construção civil informa sobre o impacto da elevação dos salários, forçando a introdução de novas tecnologias, com maior eficiência, para as diversas obras. Informa-se que a produtividade do setor elevou-se em 20% numa década, o que aparenta ser somente o início de um longo processo que deverá se acelerar nos próximos anos. Comparando-se com o que ocorre no mundo desenvolvido, que apresenta acentuados desafios nesta área, como o Japão, o tempo de construção de um grande edifício ainda é elevado, mesmo que tenha se reduzido de três a quatro anos para dois anos e meio. Os japoneses o conseguem em poucos meses.

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Paris Metrô Também Com Projeto Agressivo de Transporte

27 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: como as grandes metrópoles do mundo, demanda assegurada, exemplos de Xangai, Londres e Tóquio, melhoria dos problemas de tráfego urbano, necessidade de São Paulo

O site da Bloomberg publica numa extensa matéria de François de Beaupuy e Connan Caroline que também Paris, que já conta com um bom sistema de metrô, inicia um ousado projeto de US$ 39 bilhões para aumentar em 200 quilômetros o seu sistema, com 72 estações para terminar em torno de 2030. O projeto que começou com o presidente Nicolas Sarkozy recebeu novo impulso do presidente François Hollande, visando transportar 8,5 milhões de passageiros por dia, 21% mais que há uma década. O projeto ajudaria a estimular a recuperação da economia francesa. O projeto leva o nome “Le Grand Paris”, começando com uma ligação leste a oeste, mas chegará até aos aeroportos.

Isto leva a reflexão que o benefício certo deste projeto supera o que o Brasil pretende investir com o trem rápido ligando Campinas, São Paulo ao Rio de Janeiro, que conta com demanda incerta e retorno duvidoso, exigindo que 80% do seu custo sejam arcados pelo governo. Numa metrópole como São Paulo, bem como Tóquio, Londres ou Xangai, que vem executando programas ousados de transporte público com os metrôs, nota-se que todo o congestionado sistema de transporte apresenta sensíveis melhoras.

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Estação de metrô em Paris e o mapa da linha

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Estação de metrô em São Paulo

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Problemas de Infraestrutura Para Escoamento da Safra

26 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: compreensão e necessidades, os duros gargalos no escoamento da safra, os portos, problemas rodoviários e ferroviários

São lamentáveis as notícias veiculadas em toda a imprensa sobre os problemas que estão sendo enfrentados pelas deficiências na infraestrutura para escoamento da safra brasileira. Tanto as rodovias como as ferrovias, bem como os portos, são hoje gargalos que causam pesados prejuízos para os agronegócios, mesmo que se tenha contado com uma das melhores safras brasileiras. Isto vem sendo motivo de críticas às autoridades brasileiras que não providenciaram as mesmas facilidades, no que todos têm razão parcialmente. Mas o irônico é que seria pior se a infraestrutura estivesse mais que disponível e não houvesse o que transportar. As suas melhorias serão forçadas pelos fortes desperdícios em que está se incorrendo, que somente serão sanadas com grandes investimentos que demandam um apreciável prazo para a sua implantação.

As deficiências rodoviárias, desde as zonas produtoras, são gritantes, exigindo-se que se cogite de alternativas, tanto com o transporte ferroviário como hidrográfico, mas começa pelo aumento da capacidade de estocagem nos silos destas zonas, que tenham possibilidade de reduzir os picos das necessidades de transportes. Novas rotas de escoamento estão sendo consideradas como as saídas co Centro Oeste para o Norte, utilizando portos como o de Santarém no rio Amazonas. Ou rodovias em direção à costa leste, por novos portos como na Bahia. Os projetos ferroviários estão atrasados, pois grandes volumes de grãos exigem transportes a granéis, que precisam contar com contrapartidas de volta, como os fertilizantes. A logística só fica eficiente na medida em que contar com cargas nos dois sentidos.

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Engarrafamento de caminões rumo ao Porto de Santos / Navio sendo carregado com gãos de soja

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Up Grade Nas Relações Sino-Brasileiras

25 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: a entrevista de Xi Jinping para o Valor Econômico, desconhecimentos recíprocos, intensificação das intenções de intercâmbio sino-brasileiro, reunião do BRICS na África do Sul

Tudo indica que existem oportunidades para uma substancial elevação do nível de intercâmbio do Brasil com a China, deixando o Brasil de ser um mero fornecedor de minério de ferro, soja, petróleo, celulose e açúcar, e a China exportadora de uma ampla gama de produtos industrializados. A coluna de Sergio Leo no jornal Valor Econômico cita com moderação a lista de algumas das promessas e problemas, com base na privilegiada entrevista concedida por Xi Jinping à Claudia Safatle do mesmo jornal na companhia de somente outros quatro veículos. Como na próxima reunião do BRICS na África do Sul, quando Xi Jinping deverá ser a estrela de destaque, encontrando-se com a Dilma Rousseff.

Os que acompanham a evolução das relações bilaterais entre os dois países, ainda que seu volume e valor tenham crescido nos últimos anos, mais pelo acelerado crescimento da economia chinesa, notam as grandes lacunas existentes. Basicamente, os brasileiros não conhecem a complexa e gigantesca China com longa história, cultura e extensão geográfica predominantemente na região temperada. Como os chineses desconhecem o igualmente complexo e continental Brasil, também emergente, mas muito jovem historicamente, com uma forte miscigenação não só étnica, cultural, como de tecnologias e investimentos estrangeiros, ocupando uma região tropical.

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Longo Artigo Sobre o Alibaba da China no The Economist

25 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Alibaba da China, análise complicada, o maior mercado e-commerce do mundo, supera o Amazon e eBay, vai ao mercado para captar recursos

Sempre é difícil analisar pelos critérios vigentes no Ocidente o que acontece na China, mas a revista The Economist lança mão da opinião de analistas de instituições financeiras internacionais para tentar entender o que acontece com a Alibaba que supera amplamente a Amazon e a eBay no volume do chamado e-commerce, conseguindo a rentabilidade que a Amazon, com mais tradição internacional não consegue. O longo artigo começa descrevendo o que acontecia no início das operações desta organização chinesa, quando ainda contava somente com uma dúzia de funcionários, e hoje está com 24 mil, a partir de sua sede em Hangzhou. O artigo foi elaborado naquela cidade e em Hong Kong, que ajudou a dar um expressivo saldo nas operações desta empresa.

A Alibaba domina a venda no varejo na China, que passou também no mesmo período recente por um crescimento impressionante, que se tornará brevemente no maior mercado mundial de e-commerce que utiliza todos os meios atuais de relacionamento eletrônicos disponíveis. Para a sua compreensão, pode-se acrescentar que os chineses sempre foram bons comerciantes deste da época histórica da Rota da Seda, não podendo se subestimar a capacidade deles nestas atividades, como muitos ainda fazem no Ocidente. Também parece razoável admitir-se que o país tem dimensões continentais, e até recentemente os meios de transporte em todo o país eram deficientes. A infraestrutura de comunicação teve expansão recente na China, e os celulares ocuparam espaços que em outros países começaram pela telefonia fixa. A generalização dos meios eletrônicos de comunicação foi rápida, propiciando um terreno fértil para o e-commerce, até pelas limitações físicas do atendimento de grandes massas de novos consumidores no país, havendo uma efervescência do comércio varejista, como poucas vezes se observou no mundo, complementada pela demanda externa.

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