Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Uma Visão da Disputa Norte-Americana e Chinesa no Pacífico

16 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

No site do The Diplomat, geralmente bem informado e fundamentado, aparece um artigo de David Axe que contraria as notícias predominantes na imprensa internacional. O próprio artigo registra que os planejadores da defesa dos Estados Unidos costumam apontar que os chineses estão aumentando a sua presença no Pacífico e no Estreito de Málaga que faz a ligação para o Oceano Índico, com a alegação da necessidade de proteção de uma rota vital para o seu abastecimento. Mas o artigo informa que é os Estados Unidos que estão intensificando a sua infraestrutura militar na região.

No último ano, o Pentágono ampliou a sua presença de suas bases no Vietnã, Cingapura, e no Norte da Austrália, combinado com as bases existentes no Japão, no Guam e o acesso convidado nas Filipinas. Segundo a notícia, os rumores da instalação de uma base chinesa no Paquistão revelaram-se falsos.

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A última expansão norte-americana foi anunciada na semana passada, segundo a qual 1.000 marines farão uma rotação das instalações de Darwin na Austrália para a Costa Norte daquele país. Contando com meios para o deslocamento rápido, eles podem dar suporte para as tropas estacionadas no Japão. A Austrália e o Japão também dotam suas forças com as mesmas facilidades que as norte-americanas.

A Marinha norte-americana, com o aumento dos seus relacionamentos com o Vietnã, permite que porta-aviões utilizem seus portos profundos. E suas tropas em Cingapura contam com nova base, e a maioria destas forças possui base em Havaí e no Japão.

A Força Aérea norte-americana está aumentando suas bases no Pacifico, principalmente em Guam e em Okinawa, sendo que a última é a maior, e está próxima suficiente da China para combates efetivos, contando com alternativas nas Filipinas, Tailândia e Vietnã. E a possibilidade de ataque maciço de mísseis chineses conta agora com sistemas de neutralização da Força Aérea americana.

Com os problemas orçamentários, estão sendo programados os cortes no Iraque e no Afeganistão, mas segundo secretário de defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, ninguém dos 300.000 militares no comando do Pacífico dos Estados Unidos serão tocados. E não se pode afirmar que The Diplomat tenha posições tendenciosas.



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