Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Demanda de Colhedeiras no Brasil

7 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo das vendas de janeiro na Folha de S.Paulo, indicações da experiência passada, os estímulos do setor agrícola

Apesar do pessimismo de muitos analistas urbanos, a forte expansão do setor agrícola no Brasil nesta safra 2012/2013 indica um significativo aumento da demanda de equipamentos agrícolas, desde colhedeiras até tratores. Um artigo publicado por Mauro Zafalon na Folha de S.Paulo, na sua coluna Vaivém das Commodities, informa sobre os resultados surpreendentes da primeira feira agrícola do ano, a Coopavel, em Cascavel, no Estado do Paraná. As vendas de colhedeiras teriam crescido 60% em janeiro, comparado com o mesmo período do ano passado.

Baseado nas declarações de um executivo da Case, Mirco Romagnoli, que informa que só esta empresa vendeu 965 colhedeiras, e as vendas de tratores teriam sido de 4.262 unidades, com um aumento de 29% sobre o mesmo período do ano passado. Ela contou com 18% do mercado deste tipo de equipamentos em 2012, o que entusiasma qualquer analista. Além da área plantada, o clima tem transcorrido adequadamente nas principais regiões agrícolas, até as novas fronteiras como no Centro/Norte/Nordeste.

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Entrevista de Luis Stuhlberger para o Valor Econômico

7 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: administração do Fundo Verde da Credit Suisse, entrevista de um dos melhores operadores no mercado, esclarecimentos não viesados pelos interesses financeiros

Muitos são os que consideram Luis Stuhlberger um dos melhores profissionais do mercado de capitais do Brasil, ele que se consagrou na Hedging Griffo e permaneceu na instituição quando passou a ser comandada pela Credit Suisse. A longa entrevista concedida para Luciana Seabra e Catherine Vieira, do jornal Valor Econômico, é esclarecedora sobre o atual estado de espírito deste mercado, onde a família do Fundo Verde, criado em 1997, continua atualmente com um patrimônio líquido de R$ 17,8 bilhões, segundo o jornal. Este resumo deve ser encarado como mero aperitivo.

A entrevista está dividida em duas partes, com muitas informações substanciosas. Na primeira que leva o título de “Sem ação”, dividida em 14 tópicos, além de uma introdução. Na segunda, “Globalização do gestor local será o fenômeno de 2013”, com 12 tópicos, tudo ocupando quase uma página e meia de um jornal como Valor Econômico, o que denota a grande importância dada à matéria.

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Luis Stuhlberger. Foto: Marcelo Ximenes/AE

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Uso das Redes Sociais no Brasil

5 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Wall Street Journal, limitações, publicidades, uso intenso das redes sociais

Um artigo publicado por Loretta Chao no Wall Street Journal informa que o Brasil é a capital universal da rede social, o maior destaque no mundo emergente, pois a China ainda impõe algumas restrições bloqueando alguns sites como do YouTube, Facebook e Twitter. Aqueles que utilizam o Facebook estimam-se já cheguem a 65 milhões. O YouTube está permitindo muitos que ingressaram na nova classe média se tornarem conhecidos por todo o país rapidamente, de forma que surpreendem até os usuários. O artigo tenta entender porque isto acontece no país, e a articulista constata que o brasileiro costuma ser muito aberto para estabelecer contatos com outros não conhecidos, mais que outras populações e em qualquer ambiente, como no elevador ou no restaurante.

Também constata que o Brasil foi em 2012 o maior mercado que utiliza o Google, e as vendas pela internet acusam crescimentos respeitáveis. O Twitter também tem muita utilização. Do exterior existe um grande interesse sobre o Brasil, informando que o tempo de utilização para todas estas mídias sociais chegou em setembro último a 361 minutos por mês por usuário. Ainda assim, a publicidade que utiliza estes instrumentos é relativamente baixa, correspondendo a cerca de 10% para os anúncios digitais, havendo também algum receio que dados pessoais e familiares sejam utilizados para finalidades escusas.

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Desenvolvimento Tecnológico

5 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Luiz Gonzaga Belluzzo no Valor Econômico, novo surto de desenvolvimento tecnológico, opinião de Antonio Delfim Netto, os esforços dos Estados Unidos

Num artigo publicado pelo experiente economista Luiz Gonzaga Belluzzo no Valor Econômico, falando sobre a mobilidade do capital e progresso técnico, ele expressa a sua convicção que o mundo passará por uma nova fase de desenvolvimento tecnológico. Muitas pesquisas estão sendo efetuadas para a economia de recursos humanos, bem como novos setores como o de “nanotecnologia, neurociência, biotecnologia, novas formas de energia e novos materiais formam um bloco de inovações com enorme potencial de revolucionar outra vez as bases técnicas do capitalismo”. Opinião muito semelhante vem sendo expressa também pelo professor Antonio Delfim Netto, outro experiente observador do que vem acontecendo no mundo.

Já expressamos neste site o que vem acontecendo com o grafeno, o volume de pesquisas que vem se efetuando em todo o mundo, e observando revistas científicas como o Nature, observa-se o volume de pesquisas, com especial destaque para os Estados Unidos. Universidades consagradas como instituições de pesquisas, estimuladas pelo mercado e pelas autoridades, bem como fundos de todas as naturezas, inclusive fundações, fomentam novas técnicas, na preservação da saúde humana, bem como gerações de energias sustentáveis.

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Dia dos Namorados no Japão

5 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: diferenças com o Dia dos Namorados no Brasil, explorações comerciais, o Valentine’s Day no Japão | 2 Comentários »

Como é sabido, na maior parte do mundo, o chamado Dia dos Namorados no Brasil é o Valentine’s Day que é comemorado no próximo dia 14 de fevereiro. No Japão, o seu significado é um pouco diferente, e decorre somente de um objetivo comercial dos fabricantes de chocolates. O suplemento Insight do Japan Today esclarece que ele não decorre de um objetivo romântico. Há possibilidade de um rapaz receber um lote de chocolate das colegas funcionárias, até de pessoas que o odeiam. É o chamado “giro-choco”, algo chocolate de obrigação, que só apresenta o lado comercial dos seus fabricantes, que adaptaram um costume diferente do Ocidente.

Segundo a jornalista Chris Betros que escreveu o artigo publicado no Insight a Morozoff, famosa fabricante internacional de chocolates, teria introduzido o Valentine Day’s no Japão em 1936, e novamente depois da guerra em 1952. No Japão, os homens não têm o costume de presentear as namoradas com os chocolates, mas se as mulheres só presenteassem os namorados ou maridos os volumes seriam pequenos. Daí a ideia de marketing criando a obrigação das mulheres presentearem todos os seus colegas com um chocolate, sem nenhuma conotação romântica.

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As Bicicletas Inglesas Brompton

5 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: as bicicletas dobráveis Brompton, demandas em muitos países, esforços ecológicos | 4 Comentários »

Os esforços ecológicos estão aumentando o uso de bicicletas em todo o mundo, e o modelo dobrável da Brompton produzido pelos ingleses faz sucesso em muitos países, por ser adequado para guardar até num apartamento. Numa notícia distribuída pela AFP e publicada em jornais como o Japan Today, há informações que as mesmas estão interessando aos asiáticos, ainda que sejam um pouco mais caras. Os dirigentes da empresa produtora concordam que se produzindo na Ásia as mesmas ficariam mais baratas, mas eles que dão grande importância ao controle de qualidade, desejam manter a sua produção na Grã-Bretanha com a equipe que o desenvolveu.

Cogita-se de modelos elétricos, mas o diretor gerente William Butler-Adams informa que por ora desejam mantê-las no mesmo local, tendo produzido 36 mil unidades do ano passado, com um crescimento anual de 20%. Eles estão exportando 80% da produção para 42 países. No Japão como na Coreia, que admiram o seu estilo, passam por um boom de popularidade.

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As Disputas das Ilhas Senkaku/Diaoyu Entre o Japão e a China

5 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: diferentes interessados em ambos os países, notícias em muitos jornais sobre a disputa de ilhas, novos incidentes | 8 Comentários »

Enquanto alguns japoneses e chineses procuram reduzir as tensões diante das disputas sobre as ilhas Senkaku para os japoneses e Diaoyu para os chineses, outros parecem provocar gestos perigosos que diante de qualquer acidente pode desencadear um conflito de difícil controle. Muitos jornais de todo o mundo noticiam que as autoridades japonesas estão protestando diante de algumas embarcações militares chinesas terem dirigidos seus radares, que usualmente são destinados a orientar disparos para as dos japoneses. Ainda que elas ilhas sejam desabitadas, o que estão em disputas são possíveis reservas de petróleo e gás no seu entorno, bem como a capacidade de pescas nos seus mares.

Os elevados interesses econômicos e comerciais entre ambos os países fazem com que algumas autoridades procurem meios para a superação do problema. No entanto, todas as disputas territoriais desencadeiam sentimentos nacionalistas que revolvem também problemas passados, principalmente entre a China e o Japão. Os analistas internacionais procuram informar sobre os riscos existentes, notadamente em que o mundo passa por um período de recuperação do nível de atividade econômica. A China enfrenta as dificuldades de reformas para voltar-se ao mercado interno, melhorar a sua distribuição de renda e redução da sua poluição, enquanto o Japão procura ativar a sua economia. Os Estados Unidos, que vinham se preocupando com a segurança na Ásia, também enfrentam outros problemas, que não permitem gastos destes tipos no Extremo Oriente.

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Cinquenta Anos de MPB no Japão

5 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: anos sessenta, gravações, influências, Joyce até os últimos anos, MPB no Japão, Nara Leão em 1985

Assisti a um show da Joyce no Sesc Pompéia, onde ela se prepara para escolher entre lançar no Brasil o álbum “Rio”, com as canções consagradas que cantam a sua cidade natal ou o “Tudo”, que ela explica que incorpora novas músicas, ambos gravados no Japão, como a maioria dos seus discos importantes, nesta sua volta ao país. O bom programa me levou a refletir um pouco da história do MPB – Música Popular Brasileira naquele país. Quando visitei o Japão, ainda nos anos sessentas do século passado, há cerca de cinquenta anos, este movimento ainda estava começando a se esboçar. Conhecia-se um pouco do sucesso que Sérgio Mendes já fazia nos Estados Unidos e alguns japoneses que já conheciam o jazz e que se encantavam com o samba e a nova batida da Bossa Nova.

Já em 1985, quando morei um tempo no Japão, tive a oportunidade de levar Nara Leão para lá, que estava acompanhada por Roberto Menescal. Depois desta época, o Japão passou a ser um dos principais mercados para bons músicos brasileiros, onde todos procuravam gravar seus discos, contando com as melhores instalações e equipamentos possíveis, visando também o mercado internacional. Todos os nomes importantes do Brasil passaram pelo Japão, alguns com temporadas mais longas como Joyce, outros por apresentações pontuais. A maioria dos brasileiros gravou no Japão nas três últimas décadas, aproveitando para apresentar shows. Muitas salas no Japão se especializaram na MPB, inclusive a filial do Blue Note de Nova Iorque que é melhor que a matriz, além de pequenos estabelecimentos que proliferam em Tóquio, alguns de alto luxo.

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Aperfeiçoamentos nos Cadastros do INCRA

5 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: avanços com o GPS, cadastros com declarações voluntárias, novos passos, Radam Brasil, uso de satélites

Quando foi criado o INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, com a fusão do INDA – Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrária e do IBRA – Instituto Brasileiro de Reforma Agrária, instituiu-se um cadastro das propriedades rurais, com declarações voluntárias para a tributação do ITR – Imposto Territorial Rural, pois não havia uma estrutura administrativa para examinar a veracidade destas declarações. Aperfeiçoamentos foram introduzidos ao longo do tempo. Com a instalação do Radambrasil, iniciou-se o mapeamento de parte deste imenso Brasil, começando pela Amazônia, ainda de forma precária. Com o avanço das tecnologias dos satélites, conseguiu-se um bom mapeamento do Nordeste brasileiro, que era uma área crítica do ponto de vista da documentação fundiária, muitos que tinham origem nos precários registros paroquiais cujas delimitações eram extremamente deficientes. Os dados da Amazônia sempre foram imprecisos, até porque alguns pontos de referência como os rios mudam de posicionamento depois das inundações anuais. Origens de diferentes países foram aceitos para a definição das fronteiras internacionais.

Com a ajuda de instituições de fomento internacional como o Banco Mundial foi se aperfeiçoando estes mapeamentos que permitiram acelerações das ações jurídicas de discriminações das terras, que conferiam o confronto das diversas propriedades. Só com a implantação do uso e aperfeiçoamento do GPS – Global Position System, originalmente de uso militar, tornou-se factível determinar com maior precisão os pontos que marcam as delimitações das propriedades. A longa experiência no INCRA permitiu-me contribuir com parte destes avanços que foram ocorrendo nas últimas décadas, que tinham começado com as trabalhosas tarefas de fixação de pontos determinados pelos levantamentos topográficos.

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Satélites permitem o uso do GPS para maior precisão nas delimitações de propriedades rurais

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Garimpando Notícias Otimistas

3 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a admiração por Cingapura, adaptações para os emergentes, pequenas economias, The Economist aponta os países nórdicos como modelos

No mundo em que vivemos, parece que todos copiaram o Brasil e muitos ficam se arrastando na repetição dos seus problemas até o Carnaval, a partir do qual soluções mais criativas esperam ser propostas para as superações de suas atuais dificuldades. O The Economist, mesmo com sua clara ideologia liberal, elabora no seu número desta semana uma série de artigos sobre os países nórdicos, apontando os como possíveis modelos para o futuro, mas acaba citando sempre Cingapura, como se as soluções fossem mais fáceis em países de pequenas dimensões. Mas também apontam as dificuldades passadas, bem como o exagero da presença do Estado no presente, ainda que as empresas privadas estejam sendo beneficiadas com os tributos reduzidos substancialmente, o que não se ajusta ainda às doutrinas da revista. Deve-se registrar que o petróleo do Mar do Norte está beneficiando principalmente a Noruega, que vem o administrando de forma exemplar.

Isto nos leva a especular um pouco sobre o que poderia ser feito em países emergentes de grandes dimensões, adaptando o que vem sendo feito em economias como aquelas. A soma das populações da Suécia, Finlândia, Dinamarca, Noruega e Islândia chegam somente de 26 milhões de habitantes, apresentando ainda a maior mobilidade internacional conhecida. Cingapura é uma cidade país com somente 5 milhões de habitantes. Que lições podem ser extraídas destes exemplos para condições tão diferentes como o Brasil, a China, a Índia ou a Rússia, para citar somente os que foram originalmente incluídos no BRIC? O que se poderia aproveitar para a Europa e os Estados Unidos que continuam enfrentando uma baixa recuperação, ou o Japão que luta oralmente com suas dificuldades?

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