Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Incrível Irresponsabilidade de Muitas Indústrias de Bebidas

7 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde | Tags: notícias do Bloomberg, óleo vegetal bromados, pressão dos consumidores, proibidos na Europa e no Japão

O porta-voz da Cola-Cola nos Estados Unidos, Josh Gold, anunciou ontem, segundo o artigo de Duane D.Stanford no site da Blomberg, que até o final do ano a empresa retirará o ingrediente conhecido como BVO – óleo vegetal bromado (brominated vegetable oil) de suas bebidas para aquele país, tanto as prontas como as vendidas nas fontes muito utilizadas por lá, que permite a estabilização da bebida. A Food and Drug Administration dos Estados Unidos só permite que 15 partes deste aditivo por um milhão seja usado, constando da lista de alimentos desde 1970, o que parece que nunca foi obedecido. O produto foi condenado pela famosa Clínica Mayo, mas já estava impedido na Europa e no Japão. Um forte lobby pelas redes sociais parece ter conseguido o seu objetivo. Tudo indica que a providência não beneficia outros países como o Brasil, lamentavelmente.

Este BVO é usado também em outros produtos como o Powerade, e a Pepsi removeu-o no último ano do Gatorade, mas vem utilizando nas bebidas chamadas Mountain Dew e Amp Energy drink. Os produtores de refrigerantes estão substituindo o BVO pelo ester glicerol de resina (glycerol ester of rosin) muito usado em goma de mascar, que tem sido utilizado por 14 anos em bebidas, comprovando-se como seguro. O Coke’s Powerade Sport drink, ponche de frutas e limonada de morango, já vem utilizando este ingrediente.

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Tradicional Medicina Chinesa no Exterior

5 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde | Tags: artigo no China Daily, começando com os chineses nos Estados Unidos, ervas chinesas como medicamentos, estabelecimentos universitários aceitando as técnicas

Um interessante artigo foi publicado por Amy Ele, de Nova York, no China Daily na sua edição voltada para os Estados Unidos. Ela comenta que está aumentando o uso de ervas chinesas usada como medicamentos, até por que a Clínica Cleveland abriu um setor para atender a demanda dos pacientes, que começam dos descendentes de chineses. Seria uma medicação alternativa para determinadas doenças comuns como alergias, problemas digestivos, menopausa, náuseas crônicas e infertilidade. Uma especialista em medicina tradicional chinesa, Melissa Young, informa que a “farmácia” está sendo supervisionada por um médico, para dar a devida segurança.

Um herbalista chinês cuida do setor, e já existem consultas e acompanhamentos que estão sendo proporcionados para pacientes que são encaminhados por acupunturistas. A iniciativa teve andamento, pois alguns pacientes se deslocavam a outros Estados para obter as ervas desejadas. É preciso informar que na China como em muitos países do Sudeste Asiático encontram-se tais “farmácias” com um estoque de produtos para atender as demandas dos que conhecem seus efeitos, tendo já experimentado com sucesso, ainda que não esteja comprovada pelas técnicas científicas ocidentais. Também pacientes de outros locais estão chegando a esta Clínica Cleveland.

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Dois Artigos Sobre Problemas na Economia Chinesa

5 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigos no Bloomberg e no Wall Street Journal, indícios de desaquecimento no setor de máquinas pesadas, limites para as compensações, os problemas cambiais

Todos sabem que a economia chinesa vinha crescendo a taxas elevadas e está se efetuando reformas para que ela dependa menos das exportações, dos investimentos em infraestrutura e em habitação, que são meios clássicos para estimular o crescimento da economia. Os novos dados do Banco Mundial, que tendem a reestimar os preços globais para a determinação do PPP – Purchase Power Parity para substituir o câmbio nas análises, estão considerando que o câmbio chinês não está mais subvalorizado, o que é discutido entre alguns especialistas. Mas todos sabem que os custos de recursos humanos subiram naquele país, que não pode depender tanto do mercado internacional para o seu desenvolvimento, pois continua com uma recuperação baixa. No entanto, também o mercado interno chinês não consegue acelerar-se se não contar com os investimentos na infraestrutura e no setor imobiliário.

O ajustamento de uma gigantesca economia como a chinesa para um patamar de crescimento mais baixo que no passado não é uma tarefa fácil, principalmente quando se necessita de reformas que afetam suas empresas estatais, que estão envolvidas em muitas corrupções. Que flutuações poderiam ocorrer na economia neste processo todos sabiam, mas as autoridades admitem que um crescimento em torno de 7% ao ano seria desejável, para poder acomodar todo o excedente demográfico do meio rural que migra para os centros urbanos.

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Hidrogênio nas Olimpíadas de 2020 em Tóquio

5 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Yomiuri Shimbun sobre o uso de hidrogênio, demonstração da viabilidade em escala, Olimpíadas de 2020 | 4 Comentários »

Todos sabem que o hidrogênio já é possível ser utilizado como combustível para os veículos que chamam FCV – Veículos movidos a célula de combustível a hidrogênio, mas ainda são caros. Estes veículos utilizarão combustíveis extraídos da água, não sendo poluentes como os derivados de combustíveis fósseis, sendo mais sustentáveis. Nas Olimpíadas de 2020 que será realizada em Tóquio, um artigo do Yomiuri Shimbun informa que estes veículos serão utilizados para o transporte dos atletas, tanto nos jogos normais como nos Paraolímpicos. O Conselho Estratégico do governo metropolitano de Tóquio será instalado neste mês para planejar o uso deste combustível limpo, começando pelas Olimpíadas, convocando todos os produtores japoneses de automóveis.

Os FCV a serem utilizados em Tóquio terão um motor alimentado por energia elétrica gerada a partir de uma reação química entre hidrogênio e oxigênio. A Toyota e a Honda pretendem ser as montadoras que estarão colocando no mercado estes automóveis a partir de 2015. Também estão trabalhando para a produção de ônibus a partir de 2016, mas os preços ainda são elevados, na faixa de US$ 100 mil, que não devem ser acessíveis a todos os motoristas, ainda que se conte com 100 postos de abastecimentos que estarão localizados nas grandes áreas urbanas de Tóquio, Osaka, Aiichi e Fukuoka.

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Aos Trancos e Barrancos Para a Copa do Mundo

5 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: apesar dos atrasos nas obras, capacidade de improvisações, dificuldade em todo o mundo, galvanização dos esportes

Ainda que todos os brasileiros estejam preocupados com os atrasos nos preparativos da Copa do Mundo bem como todas as dificuldades previsíveis, parece que não existe alternativa do que acreditar na capacidade de improvisações deste povo do Brasil. Todos hão de concordar que as limitações aumentaram em todo o mundo, ao mesmo tempo em que a positiva disseminação das informações exacerba as aspirações populares, ainda que as limitações sejam crescentes e conhecidas. Que sempre as tensões poderiam ser menores, ninguém duvida, mas o Brasil veio ao longo de sua história realizando muitas coisas que muitos duvidavam. Já somos penta, o que seleção de nenhum país conseguiu.

Todos acreditam que os brasileiros estão entre os que mais apreciam o futebol, ainda que sempre estejam insatisfeitos com o que se pratica atualmente no país. Muitos dos melhores jogadores e a grande maioria dos que devem participar da seleção que disputará a Copa do Mundo estão atuando no exterior onde as condições de suas remunerações são gritantemente superiores. Mas, todos aspiram vestir a camisa da seleção, dando o melhor de si para conseguir resultados que possam dar alegria a um povo tão sofrido. Todas as providências desejáveis deveriam já estar concluídas, mas o grosso já está efetuado, faltando detalhes que se espera não prejudiquem o conjunto.

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Avaliação dos Artigos na Imprensa

2 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: artigos sobre os bancos, falta de levantamentos sistemáticos, os estudos da Reuters Institute at Oxford

Observando-se a imprensa internacional e a brasileira, fica-se com a impressão que no Brasil se divulga mais notícias com tons negativos que no mundo relevante, ainda que não se disponha de pesquisas sobre o assunto. O The Economist faz referência sobre uma pesquisa relacionada aos bancos no período 2007 a 2013 efetuado pelo Reuters Institute at Oxford nos países europeus influentes, que é o tipo de estudo que se dispõe, mas limitado a um assunto. No site da organização mencionada, encontra-se o estudo efetuado sobre a Cobertura da Mídia sobre Bancos e Notícias Financeiras, elaborado pelos: professor Robert G.Picard, um especialista líder sobre mídia econômica e políticas; Meera Selva, pesquisadora no Reuters Institute por Estudos de Jornalismo; e Diego Bironza, gerente sênior de Projetos da Prime Research do Reino Unido. Havia uma queixa que a imprensa estava muito negativa com o sistema bancário depois da crise da Lehman Brothers e a pesquisa foi feita pelo Reuters Institute junto com a Prime Research, e se constatou resultados diferentes.

O que se constatou em 140 mil artigos escritos pelos principais jornais e revistas europeus (Reino Unido, França, Alemanha e Itália) é que 25% tinham um tom negativo sobre o assunto, mas similarmente 24% tinham um tom positivo, e somente 3% foi julgado como mistos. Cerca da metade, 48%, foram julgados neutros. Especificamente no Reino Unido, quando um banco enfrenta dificuldades, as notícias tendem a ser apresentadas na primeira página, mais que as demais empresas listadas na Bolsa, e ficam no noticiário por mais tempo.

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Alimentação Saudável de Bebês e Crianças Pequenas

1 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde | Tags: alimentos preparados pelas mães em casa, artigo no The New York Times parcialmente publicado na Folha de S.Paulo, reações das indústrias de alimentos para crianças

Sendo avô com três netos pequenos, nada mais natural que acompanhar sobre as evoluções das alimentações saudáveis dos bebês e das crianças, em qualquer parte do mundo. Um artigo de Stephanie Stromapril foi publicado no The New York Times e republicado parcialmente em português na Folha de S.Paulo sobre o assunto. Ainda que ocupadas, algumas mães estão preparando os alimentos dos seus filhos em casa, por entenderem que podem criativamente atender às características dos seus filhos, que são diferenciados entre eles. Uma minha neta tem a preferência de arroz, massas e ovos. Um neto não é muito entusiasmado com sua alimentação e outro parece uma draga, apreciando qualquer novidade que lhe é oferecido.

Os pais procuram alimentá-los de forma balanceada com o que preparam pessoalmente. Nota-se que eles apreciam comidas que apresentam colorações com uso de cenouras e beterrabas, e legumes são misturados no arroz para apresentar uma coloração, juntamente com algumas proteínas, evitando-se a concentração de carboidratos. Carnes, peixes também são oferecidos, preparados juntos com o arroz ou com as massas. Muitas frutas naturais são oferecidas de formas mais atraentes, como misturadas com gelatinas coloridas, ao lado de laticínios de diversos tipos. Nos Estados Unidos, as indústrias de alimentos para crianças procuram inovações para competir com as donas de casa, utilizando também embalagens variadas que fogem dos tradicionais.

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Economia Chinesa Pode Ultrapassar a do EUA Neste Ano

1 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Financial Times, cálculo pelo poder de paridade de compra, em português na Folha de S.Paulo

Já há algum tempo que os economistas estão usando o chamado PPP – Poder de Paridade de Compra para medir os tamanhos das economias do mundo, como a unidade mais adequada, pois os câmbios variam demasiadamente, e o custo dos produtos e serviços muda exageradamente de um país para o outro. Por exemplo, um dólar norte-americano pode comprar muito mais no Brasil do que na Suíça, que é considerado o país mais caro do mundo. Mesmo com todas as precariedades das estimativas do chamado Produto Nacional em muitos países, todos procuram utilizar uma metodologia básica sugerida pelas Nações Unidas. Com base nestas informações, Chris Giles, editor do Financial Times, utilizou os dados compilados pelo International Comparison Program do Banco Mundial, publicando o seu artigo que também foi parcialmente traduzido para o português na Folha de S.Paulo.

As indicações atualizadas com o uso de novas metodologias informam que a China pode ultrapassar os Estados Unidos ainda neste ano, quando todos esperavam que isto pudesse ocorrer possivelmente em 2019, pois o crescimento da economia norte-americana é bem menor do que a chinesa, ainda que em termos per capita ela ainda esteja bem mais elevada, pelas diferenças das dimensões populacionais nos dois países. Os países pobres e emergentes continuam crescendo mais que os ricos, fazendo com que a distância entre os países tendam a diminuir com o tempo. As indicações permitem observar que a Índia tenha atingido uma posição elevada, talvez dos primeiros lugares. Os Estados Unidos mantinham a liderança desde 1872, quando ultrapassaram o Reino Unido na época.

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Cidade de Xangai, um exemplo de pujança da China

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Mudanças nos Check Ups do Japão Para Redução dos Custos

1 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde | Tags: eficiência na medicina preventiva, possibilidade de redução das despesas de saúde, proposta conjunta explicada no Yomiuri Shimbun, proposta para um sistema padrão

Há um razoável consenso de que a medicina preventiva pode reduzir as despesas com a saúde, um problema que é universal. O Japão tem sido pioneiro na adoção dos check up de forma ampla, um sistema que se chama Ningen Dock, efetuando-se os exames aprofundados setorialmente, ou seja, para os que apresentam maior propensão para determinadas moléstias, no qual os exames são detalhados. Com isto, reduz-se o custo destes exames para todos que são somente básicos. Como os padrões utilizados variam por instituições, há um esforço no sentido de unificação dos critérios propostos conjuntamente pelo The Japan Society of Ningen Dock e The National Federation of Health Insurance Societies para estabelecer quem são as pessoas consideradas supersaudáveis. Com o simples exames das pressões arteriais e dos níveis de colesterol, tenta-se estabelecer um padrão para eles, ainda que sempre existam vozes discordantes sobre doenças que podem estar sendo negligenciadas. O assunto foi objeto de um artigo elaborado por Jun Sugimori e Masanori Tonegawa e publicado no Yomiuri Shimbun.

Escolheu-se pesquisar um conjunto de 340 mil homens e mulheres para se estabelecer o padrão dos supersaudáveis entre 1,5 milhão de beneficiários de Ningen Dock. Os escolhidos não deviam possuir doenças crônicas, não fumar e o seu consumo de bebida alcoólica não exceder a 0,18 litro de saquê por dia. Os limites propostos, para que houvesse uma posição comum, foram flexibilizados, como na pressão arterial sistólica subindo dos 129 atuais para 147, o índice de massa corporal superior ao atual de 25 para 27,7 para os homens e 26,1 para as mulheres. Alguns críticos consideram que não foram considerados os riscos de AVC – acidente vascular cerebral. Outros indicadores associados estão sendo sugeridos como níveis de colesterol e açúcar no sangue, ou parentes com AVC ou infarto cardíaco, como pessoas que precisam também receber exames médicos adicionais.

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Tabela publicada no Yomiuri Shimbun

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Mudança Expressiva na Gestão da Agricultura Japonesa

1 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Yomiuri Shimbun, mudanças na estruturação das cooperativas agrícolas, perigosa reforma

Se existiu uma estruturação eficiente para a gestão da agricultura que funcionou por muitas décadas com grande eficiência, ela se deve à forma de organização do sistema cooperativista do Japão. A partir de um sistema de cooperativas locais, chegava-se a uma agregação provincial (que chamam de prefeituras), que acabava numa cúpula nacional muito poderosa chamada Zen-No, que seria a cabeça de toda a agricultura organizada. Paralelamente, havia um sistema financeiro chamado Norinchukin (banco central da agricultura) que chegou a ser o mais importante banco no mundo. Decorria da elevada poupança do setor rural japonês, possibilitado pela exagerada proteção da produção agrícola, notadamente do arroz, considerado básico para a independência alimentar daquele arquipélago. É evidente que com o tempo haveria necessidade de reformas, como em todo o mundo, para o setor rural sempre protegido como na França onde é considerado parte do estilo de vida de sua população, ou nos Estados Unidos que considera a segurança alimentar como um dos esteios de um país realmente independente.

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Ilustração publicada no Yomiuri Shimbun

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