Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Registros de Patentes na China e na Índia

11 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: , , | 6 Comentários »

O jornal econômico japonês Nikkei registra o aumento significativo de patentes chinesas, prevendo a possibilidade de o Japão ser ultrapassado no futuro próximo. Em 2008, as empresas chinesas já registravam na China e no exterior mais de 200.000 patentes. Os japoneses registraram mais de 500.000 naquele ano, enquanto os Estados Unidos pouco menos do que 400.000 patentes. O governo chinês está estimulando suas empresas para tais iniciativas, concedendo algumas vantagens para aqueles que possuem um limite de patentes. Os fundos de pesquisa também alocam recursos nas instituições que têm possibilidade de conseguir tais patentes.

Ainda que a Índia acompanhe esta tendência, tendo apresentado um crescimento robusto, o número dos seus registros ainda não chega a 5.000 anuais. Os cientistas chineses, no mesmo ano de 2008, conseguiram publicar mais de 100.000 artigos em revistas reconhecidas como de elevada importância científica. Tudo, segundo o jornal Nikkei, considerado idôneo nos meios empresariais.

Estas patentes registradas na China são importantes, pois aquela economia está se tornando relevante nas atividades exportadoras. Os Estados Unidos e o Japão registraram em 2008 cerca de 58.000 patentes, quando há dez anos não passam de 20.000 anuais.

Muitas das empresas japonesas estão registrando suas patentes nos países emergentes, inclusive o Brasil, que estão se tornando importantes no cenário internacional.

Estes dados demonstram os esforços que estão sendo feitos em R&D – ou seja, pesquisas e desenvolvimentos. Na medida em que o Brasil pretende ter um papel relevante no mundo globalizado, o governo e as empresas brasileiras necessitam conceder a máxima prioridade para estas áreas. Em matérias de publicações científicas em revistas especializadas, o Brasil vem ganhando importância nas pesquisas agropecuárias, lideradas pela Embrapa, na medicina e vida, como na preservação do meio ambiente.

É preciso que tudo isto se transforme em patentes, pois a concorrência com outros países emergentes está se acirrando, exigindo a devida proteção dos direitos de propriedade, que não vinham sendo respeitados por alguns países como a China. Na medida em que estão aumentando suas patentes, os chineses terão interesse que seus direitos também sejam protegidos.


6 Comentários para “Registros de Patentes na China e na Índia”

  1. Egregora
    1  escreveu às 03:13 em 12 de agosto de 2010:

    O que é fabricado na China não deve ser levada em consideração. O reino da pirataria, sem leis, sem nada.

    Tudo é copiado em pior qualidade. Melhor não levar a sério o desenvolvimento Chinês. Pode ser apenas números camuflados.

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 09:04 em 12 de agosto de 2010:

    Egregora ?

    Não sei até onde V. conhece a China em profundidade. Esta generalização que V. faz é injusta. Logo depois da Segunda Guerra os produtos japoneses eram considerados ruins, depois os produzidos na Coreia e em Taiwan. Visitei recentemente Shanghai e ví o avanço em que eles se encontram até nos setores de alta tecnologia. As pesquisas e patentes que estão conseguindo devem ser respeitados. Se estão patenteando, bem como os japoneses e americanos na China, é porque estão verificando o que acontece naquele país.

    Abrí um escritório de uma empresa brasileira em Beijing em 1986 e continuo acompanhando a economia chinesa, com o cuidado possível. Bem como a sua histório de mais de 8.000 anos. Tenho um profundo respeito pelo desenvolvimento recente, que é uma recuperação do que vinham fazendo até a Revolução Industrial na Europa.

    Leia os trabalhos sérios como o de Joseph Needham na sua enciclopedia sobre a China, escrita em Cambridge. As estatísticas, com os quais trabalho desde 1960, tanto no Brasil como na maioria dos países do mundo, apresentam dificuldades, como as chinesas. Viagem pela China e constate pessoalmente o esforço que estão fazendo.

    A escala chinesa, em quase tudo, é mais de 10 vezes superior, ao que pretendemos fazer. Respeite as culturas tradicionais como a chinesa, a hindú, a árabe e a otomana. Pérsia, atual Irã como a da Mesopotânia, atual Iraque. Não fique somente com as pretensões ocidentais que são recentes.

    Paulo Yokota

  3. Celsodiogo Ramos
    3  escreveu às 20:40 em 6 de setembro de 2012:

    Eu gostaria de saber porque não se cria um
    órgão internacional,com o objetivo de apro-
    ximar inventores,com afinidades de propriedade intelectual,que se evidenciam em
    suas imaginações.Por exemplo; eu gostaria de
    interagir através de e-mail com inventores não só da China mas com todos que eu pudesse interagir.Tudo pelo bem da tecnologia
    Celso Diogo Ramos (Brasil/Rio de Janeiro)

  4. Paulo Yokota
    4  escreveu às 05:54 em 7 de setembro de 2012:

    Caro Celsodiogo Ramos,

    Existem algumas especializadas pelo assunto, como o Nature e Science, e outros setoriais. O campo é vasto, e parece que o assunto é do campo privado. Sobre determinados assuntos existem entidades multinacinais. Mas, porque V. mesmo não toma a iniciativa de organizar uma espécie de ONG sobre o assunto que é do seu interesse específico?

    Paulo Yokota

  5. Jose S Sobrinho
    5  escreveu às 10:43 em 26 de agosto de 2013:

    Paulo, parabens pelo posting.

    Qual o passo a passo para registro de patente na China por estrangeiro residente fora daquele pais, bem como custeio/ honorários advocatícios?

    Grato

  6. Paulo Yokota
    6  escreveu às 16:06 em 26 de agosto de 2013:

    Jose S. Sobrinho,

    Obrigado pelo comentário. Infelizmente não sou especialista no assunto, e seria preciso consultar a Embaixada da China, uma das suas Câmaras de Comércio ou um escritório de advocacia especializado no assunto, que conheça os trâmites na China.

    Paulo Yokota


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