Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Existem Meios Para a Redução do Custeio do Setor Público?

27 de maio de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Que existem não há dúvidas, mas elas são trabalhosas e sofrem naturais resistências não desprezíveis dos funcionários públicos que possuem apreciáveis poderes políticos no Congresso. Amilcar de Oliveira Lima ajudou a efetuar no governo federal a última reforma da Administração expressiva no governo federal com base no Decreto Lei 200, instituindo a Secretaria Geral nos Ministérios. Também ajudou a criar a Secretaria da Receita Federal, imageunificando os diversos departamentos que existiam no Ministério da Fazenda em 1967. Estas organizações eram dominadas antes destes aperfeiçoamentos pelos seus funcionários e precisam ser voltadas para a maior eficiência do setor público.

Ministro da Economia Paulo Guedes se empenha para que os congressistas concedam prioridade para a reforma da Previdência, mas não efetua esforço idêntico para a redução das despesas de custeio do governo

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Possíveis Desequilíbrios com a Vinculação da COAF

7 de maio de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , , | 2 Comentários »

Nem todos, mesmo os parlamentares e a população brasileira, parecem conscientes da importância do que está sendo discutido no Congresso, quando se trata da importância da vinculação da COAF ao Ministério da Economia ou ao da Justiça. Mesmo no regime clip_image002 autoritário brasileiro, manteve-se a confidencialidade de dados fiscais ao antigo Ministério da Fazenda em muitos casos críticos, como costuma ser a regra no mundo. Costumam ficam restritos à Secretaria da Receita Federal, como a maioria dos dados de todos os contribuintes.

Senador Fernando Bezerra Coelho, relator da Medida Provisória que transferiu para o Ministério da Economia a vinculação da COAF

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Incompetência Generalizada Aprofunda a Atual Crise Política

19 de maio de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: , , ,

Qualquer país necessita contar com um sistema eficiente de inteligência para não ser apanhado numa situação que não conte com as informações mais relevantes para as suas decisões. Na atual situação brasileira, está se verificando que as autoridades são constantemente apanhadas em situações delicadas por falta das mesmas.

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Os Estados Unidos, por exemplo, contam com duas importantes agencias para levantamento de informações, além dos serviços secretos militares e outros. como os relacionados com o combate ao tráfico internacional de drogas

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A Questão de Terras Rurais Para Estrangeiros

17 de fevereiro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , | 6 Comentários »

Como fui presidente do Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrário por alguns anos, penso ter algumas experiências indicando a inconveniência da abertura adicional para que grupos estrangeiros tenham acesso facilitado para a aquisição de terras rurais.

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O projeto Jari era uma das maiores propriedades de estrangeiros rurais no Brasil

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Janet Yellen na Direção do FED

12 de janeiro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

clip_image001Com sua cautela, Janet Yellen, presidente do FED – Sistema Federal de Reservas dos Estados Unidos, vem se destacando na direção da instituiçã

Janet Yellen destaca-se pela sua competência

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Estudantes de Origem Modesta em São Paulo

13 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

É lamentável que o assunto dos estudantes de origem nas famílias modestas que frequentam os cursos da FGV tenha se tornado um destaque que mereceu um artigo de Sabine Righetti na Folha de S.Paulo. A educação sempre foi um mecanismo de ascensão social, notadamente quando de nível superior efetuado em instituições consideradas de qualidade. No passado, os cursos básicos e intermediários públicos eram considerados entre os melhores em São Paulo, e muitos estudantes descendentes de migrantes vinham para esta Capital, do interior, de outras regiões brasileiras ou do exterior, para frequentá-los com sacrifícios mil. Mesmo sem efetuarem os chamados cursinhos, passavam pelos vestibulares. Tudo isto era considerado natural, e se habilitavam a frequentar os melhores cursos disponíveis, como da Universidade de São Paulo, inclusive nos cursos noturnos, trabalhando de dia para o seu sustento. Hoje, existem bolsas até nas instituições privadas, e estes estudantes mais humildes acabam se destacando pelo seu empenho natural, pois se agarram a estas oportunidades de ascensão social e realização pessoal.

O assunto deveria ser considerado rotineiro não merecendo especial destaque. Isto não acontece somente em São Paulo ou no Brasil. A mobilidade social é um mecanismo pelo qual os mais capacitados tendem a ascender, e a educação é fundamental. Os que nasceram em berços esplêndidos, em algumas gerações podem cair para patamares inferiores, com os dispêndios dos patrimônios que foram acumulados pelos seus ascendentes. O que parece vital é que a sociedade se mantenha aberta para estes movimentos.

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Campus da Universidade de São Paulo e do ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica

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Dificuldades das Gestões de Projetos no Brasil

9 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , , , | 2 Comentários »

Parecem acentuadas as dificuldades atuais do governo na gestão dos muitos projetos que pretendem executar, nos três níveis da administração pública. Os projetos estão sempre atrasados nos seus cronogramas, apresentando também problemas de diferenças de qualidades e aumento dos custos, quando comparados com os já privatizados. O Brasil, ainda que seja um país emergente, onde todos estes problemas sempre foram encarados como naturais, aparenta contar recentemente com dificuldades acima do razoável, principalmente tendo em conta que já houve períodos de maior eficiência nestes trabalhos brasileiros, evidentemente quando o número deles era menor que atualmente. Apesar dos esforços de muitas autoridades e os avanços democráticos e sociais obtidos no Brasil, não se consegue ainda uma gestão eficiente como a desejável na execução dos projetos.

Quando não existe numa regularidade na execução dos projetos e de forma crescente, as dificuldades parecem aumentar, como aconteceu nas ferrovias e nos projetos de construção naval, que já foi importante no país. No caso do setor de energia elétrica, o Brasil foi capaz, com a assistência do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a ativa participação da CIBPU – Comissão Interestadual da Bacia Paraná-Uruguai, estabelecer o seu programa para a grande região Centro Sul do Brasil, criando até a Eletrobras. Dezenas de usinas foram programadas, do montante das bacias em direção à jusante, com o melhor aproveitamento das águas disponíveis, com horizonte mínimo de 25 anos projetado para o futuro. Compreendiam as dezenas de usinas dos rios Grande, Tietê, Paranapanema e até o Paraná, para destacar os mais importantes, com diversos aspectos relacionados com o uso das águas considerados nos projetos. Multiplicaram-se as empresas privadas brasileiras de engenharia de projetos de grandes estruturas, e as empresas de construções pesadas estavam capacitadas, até chegar à fenomenal binacional Itaipu, quando o Brasil impressionava o mundo com o domínio da tecnologia mais avançadas disponível na época para este tipo de construção. O Brasil passou a contar com a matriz energética menos poluente no mundo, utilizando a hidroeletricidade.

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Vistas da hidroelétrica binacional de Itaipu

Algo semelhante ocorreu, entre outros setores, nos transportes com a rede rodoviária nacional, que integrou este país de norte a sul, de leste a oeste, quando antes o país era constituído de ilhas regionais. Brasília já tinha acelerado a marcha para o Oeste, e o país chegou até aos desafios como a Transamazônica, a Cuiabá-Porto Velha, Cuiabá-Santarém atingindo até a rodovia Perimetral Norte, ampliando a ocupação brasileira geograficamente. Antes, o país estava concentrado nas regiões Leste e Sul, tanto nos períodos de administração democrática como autoritária.

Projetos importantes como a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias e a Embraer chegaram a se juntar à Petrobras e a Vale, ajudando a consolidar o país e a projetá-lo para o exterior, para somente mencionar alguns destaques. Empresas privadas brasileiras de construção pesada se tornaram importantes no mundo desenvolvido, executando projetos que não implantamos no Brasil.

O que nos levou a perder este ritmo passado? Tudo indica que se diluiu a capacidade de pensar grande e num prazo mais longo, herdada do período que se seguiu a Segunda Guerra Mundial, quando se acreditava que o planejamento era capaz de provocar o desenvolvimento econômico no mundo. Foram sucateadas as muitas empresas de engenharia de projeto, sem as quais a execução sempre se torna mais complicada, inclusive de suprimento adequado dos recursos financeiros.

É interessante observar que mesmo nos períodos conturbados politicamente, como no final dos anos cinquenta e começo dos anos sessenta do século passado, projetos como o da Vale, que integravam o transporte de minérios para o porto de Tubarão foram executados, sem perda de continuidade, com contrapartidas no exterior. Com parceiros do outro lado do mundo, e esquemas financeiros baseados nos contratos de fornecimento de longo prazo. O mesmo foi repetido, em escala maior no projeto Carajás, que escoava a sua produção pelo porto de Itaquí.

Podem-se tentar algumas observações sobre as dificuldades atuais, não as subestimando, pois são muitas e poderosas. Não parece conveniente, mesmo que a presidente Dilma Rousseff tenha uma formação tecnocrata, seu envolvimento exagerado e direto nos projetos setoriais que parece inibir muitas autoridades. Aparenta ser recomendável que a Presidência conte com um anteparo de poucos e competentes ministros para comandar a consolidação dos setores de infraestrutura, que tenham experiência na execução de obras, mesmo que necessitando do suporte político. Uma estrutura semelhante ao do Estado Maior poderia ser adotada, que também é utilizada no setor privado, com a clara definição da hierarquia e responsabilidades, bem como das tarefas. A Presidência só determinaria as orientações gerais efetuando as cobranças dos seus ministros, bem como as arbitragens necessárias.

Nos variados organismos envolvidos na maioria dos projetos, parece indispensável que seus dirigentes formem uma verdadeira equipe, consciente da missão que lhes cabe, mesmo tendo que atender as conveniências políticas regionais. Composições de personalidades de diferentes qualificações e subordinadas às várias facções políticas, que compõem a base política do governo, dificilmente proporciona a eficiência desejada.

Muitos projetos complexos foram executados no passado com o financiamento de organismos internacionais, como o Banco Mundial ou BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, ainda que suas exigências sejam muitas vezes exageradas e seus recursos não sejam hoje os mais convenientes. Mas elas ajudam a resistir às pressões políticas de alguns segmentos locais.

Muitas reclamações são levantadas sobre as exigências, como as de preservação do meio ambiente, ou atendimento das reservas de toda natureza já existentes. Ainda que estas negociações sejam demoradas e burocráticas, todas elas necessitam ser atendidas no período da elaboração dos projetos de execução.

Muitos organismos de diferentes ministérios acabam sendo envolvidos em diferentes projetos. A constituição prévia de um mecanismo de negociação pode ser estabelecida, não se facilitando a sua revisão na fase de execução. Sempre que surgirem eventuais problemas que não estavam previstos, as arbitragens parecem convenientes serem efetuadas num escalão mais elevado, até em alguns casos chegando até a Presidência da República.

Parece conveniente que consultas prévias sejam efetuadas com organismos de prestação de contas, e em alguns casos envolvendo alçadas de outros poderes, que poderiam apresentar seus pontos de vista antecipadamente sobre aspectos mais controvertidos.

Como vem acontecendo em conselhos com a participação de empresários, poderia se estabelecido um com a representação de executivos que já tiveram a experiência de execução de projetos de envergadura no setor público, inclusive com a participação do setor privado ou de organismos internacionais. Parece um desperdício que experiências acumuladas localmente no passado não sejam aproveitadas nos atuais projetos, mesmo que os avanços tecnológicos sejam apreciáveis.

Muitos acreditam que empresas internacionais de consultoria poderiam ajudar nestes projetos. Salvo raras exceções, somente nos períodos de suas elaboraçõesc elas parecem serem úteis, pois nas execuções as complicações parecem mais internas, com muitos técnicos internacionais contando com dificuldades para absorverem todas as especificidades brasileiras.

Mesmo que não sejam somente estas as contribuições a serem aproveitadas, parece crucial que venham a ser adotadas inovações nas gestões dos grandes projetos, até para atender os reclamos razoáveis da opinião pública que precisam se sentir participantes das decisões.


Alimentação dos Corintianos no Japão

28 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

São variadas as estimativas de corintianos que devem se deslocar do Brasil para o Japão no começo de dezembro próximo, quando o seu time de futebol disputará duas partidas do Mundial de Clubes, mas todas superam a dezena de milhar. A primeira partida está prevista na pequena cidade de Toyota, próxima de Nagoya, no dia 12, e a segunda em Yokohama para disputar possivelmente a final no dia 16, que, além de ser o porto principal do Japão, fica mais próxima da capital Tóquio. Corintianos de variados níveis econômicos e culturais estarão neste apreciável contingente, possivelmente uma das maiores para um evento isolado.

As experiências passada com outros times de futebol, algumas que acompanhei pessoalmente, são significativamente diferentes em número, como as algazarras que devem promover quando estão em grupo, inclusive porque o número de corintianos que reside no Japão é bem mais elevado, complementando a torcida organizada do Corinthians que deslocará do Brasil. Alguns jornais, como o suplemento Comida da Folha de S.Paulo, se preocuparam com o assunto da sua alimentação, oferecendo artigos sobre o assunto, de forma mais gastronômica, que deve atender somente uma parte deste contingente.

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Os Benefícios dos Pequenos Produtores Agrícolas

23 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , , ,

Apesar do forte desejo de prestigiar os pequenos produtores rurais que, sem dúvida, criam mais empregos, há que se reconhecer que a disseminação de tecnologias exige um esforço de assistência técnica para viabilizar seus empreendimentos que nem sempre está disponível, apresentando dificuldades. Kanayo F. Nwanze, o nigeriano presidente do IFAD – International Fund for Agricultural Development, uma agência das Nações Unidas, publicou seu artigo via Project Syndicate propondo intensificar a assistência aos pequenos produtores, mas para que suas ideias sejam aproveitadas há que se contar com o que se aprendeu com a experiência passada.

Entre 1940 a 1970, o prêmio Nobel Norman Borlaug provocou o fenômeno que teve por nome “Green Revolution”, que começou beneficiando a Índia e se espalhou por todo o mundo, inclusive o Brasil. Como ensinar os pequenos agricultores a adotarem novas técnicas agrícolas, como curvas de nível, demanda um grande número de especialistas envolvidos na assistência técnica, concentrou-se a atenção na produção de sementes selecionadas de mais alta produtividade, utilização de corretores de solo e fertilizantes, além de defensivos. No Brasil, com a utilização do crédito rural, subsidiavam-se aqueles que utilizavam os chamados indevidamente de “insumos modernos”, quando fertilizantes já eram conhecidos deste a antiguidade. Os grandes produtores foram mais ágeis no aproveitamento destes subsídios, mas acabou-se beneficiando também os pequenos produtores.

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Kanayo F. Nwanze, e Norman Borlaug

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As Dificuldades da Gestão

23 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Se existem críticas quase consensuais sobre determinados assuntos, um deles parece ser sobre a gestão no Brasil, que além do setor público atinge também serviços privatizados. Raríssimos são os elogios formulados, até porque os que estão conseguindo resultados positivos preferem tirar partido da situação, sem alardear as razões do seu sucesso, para não serem imitados, reduzindo os méritos que eles obtêm. Muitas razões podem ser apontadas como as que determinam esta lamentável situação, mesmo reconhecendo que as experiências positivas obtidas no exterior também apresentam algumas inconveniências, não decorrendo somente da insuficiência no preparo local dos recursos humanos.

Os que administraram grandes organizações, públicas ou privadas, relatam as suas experiências mostrando que nenhum executivo pode comandar um número exagerado de subordinados diretos. Quando são obrigados a tanto por organogramas pouco racionais, acabam concentrando a atenção a uns poucos, ficando os outros com despachos eventuais. Parece ser o caso do gabinete do governo federal, que teoricamente somam algumas dezenas de ministros, mas a presidente Dilma Rousseff rotineiramente só transmite suas orientações a poucos auxiliares diretos.

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Esplanada dos Ministérios em Brasília

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