Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Eleições nos Países Emergentes

3 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , , ,

Diversos países emergentes considerados importantes devem passar por eleições neste ano e a revista The Economist ressalta o caso da Índia onde a democracia já é tradicional e Narendra Modi da oposição será, possivelmente, o novo primeiro-ministro, segundo pesquisas de opinião que indicam uma avassaladora vitória. 815 milhões de eleitores, entre eles muitos analfabetos e até alguns bilionários, passarão por um complexo sistema eleitoral em nove fases, que devem durar cinco semanas a partir de 7 de abril próximo. Depois de sua independência do Reino Unido, a Índia veio contando com sucessivos governos onde as famílias Gandhi e Nehru tinham importância. Mas o Partido do Congresso, que conta atualmente com a liderança quase divina de Rahul Gandhi, bisneto de Jawaharlal Nehru, o primeiro premiê da Índia, que não conta com muito apetite e está desgastado com a corrupção estimada em subornos que vão de US$ 4 a 12 bilhões entre seus colegionários.

Narendra Modi é o líder do Partido Bharativa Janata, tendo o ministro chefe de Gujarat, uma província que conseguiu um desenvolvimento invejável, sendo considerado um político limpo. Esta região passou por problemas étnicos entre nacionalistas indianos e muçulmanos que provocaram muitas mortes. Isto tradicionalmente vem gerando dificuldades da Índia com o vizinho Paquistão que ficou dividido quando da independência do Reino Unido, por causa do problema étnico-religioso. Investigações efetuadas pela respeitável Suprema Corte indiana não provaram nenhuma culpa de Modi. Ele é apoiado por um grande número de empresários, e afirma-se que ele mudou, além de contar com o apoio de muçulmanos pobres. Sua ascensão ao poder nacional é uma mudança significativa para a Índia.

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Narendra Modi

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Gás Natural Ganhou Importância no Mundo

5 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , , , | 1 Comentário »

 

Mesmo com o desaquecimento mundial da economia, o aumento da importância do gás natural na matriz energética mundial continua em pauta, merecendo um bloco de artigos na importante revista The Economist desta semana. O assunto já vinha sendo destacado pela agência mundial que cuida da energia, a IEA – International Energy Agency, que no relatório de 2011 destacava que poderíamos estar entrando na Era de Ouro do gás.

Mas o The Economist ressalta que a substituição do carvão mineral, cuja utilização produz uma quantidade brutal de dióxido de carbono na atmosfera, pelo gás natural não ajuda de imediato na redução do processo de aquecimento global, pois o carvão também criava nuvens refletivas que reduziam a temperatura. De qualquer forma, com os preços elevados da energia, vieram sendo localizadas novas reservas de gás e de outros minerais que permitem a sua produção em diversas partes do mundo.

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Mercado de Trem Rápido no Mundo Acelera Disputas

4 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , , , ,

As notícias atuais, como os publicados pelo jornal japonês Nikkei, mostram que a disputas sobre as patentes das tecnologias dos trens rápidos ficaram acirradas, depois da inauguração da linha de Beijing até Xangai, com a presença do premiê Wen Jiabao, preparando os projetos que estão sendo disputados no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa e na Rússia. Além dos que são construídos em volume expressivo na China, e no Japão que não dispõe mais de tanta agressividade.

O dirigente máximo da WIPO – World Intellectual Property Organization, Francis Gurry, onde se disputam as patentes entre os que se acham com direitos, decidiu que a organização não se envolverá nos problemas que envolvem os japoneses e chineses com relação aos trens rápidos, ficando por conta de cada país admitir as patentes que serão utilizadas.

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Ao mesmo tempo, uma das grandes empresas europeias que também participavam de divergências com os chineses, como a Siemens, assinaram um acordo com eles, na presença da chanceler Angela Merkel. O acordo envolve os projetos na Califórnia, nos Estados Unidos. Os chineses, que já possuem mais de 7.000 quilômetros de trens rápidos, pretendem chegar a 16.000 nos próximos anos, sendo motivo de orgulho daquele país, ainda que sejam deficitários.

Eles disputam projetos em outros países com suas tecnologias, que afirmam ter aperfeiçoado mais que os dos japoneses, contando com custos mais baixos e financiamentos abundantes. O jornal japonês chega à conclusão que os japoneses também necessitam estabelecer acordo semelhante, pois sem isto ficarão fora do mercado mundial. Alguns dirigentes japoneses lamentam a situação, mas tudo indica que precisam ser pragmáticos se desejam permanecer no mercado internacional.

As disputas envolvem a japonesa Kawasaki Heavy e também a canadense Bombardier, mas somente os japoneses expressaram as suas contrariedades oficialmente, pois todas as demais desejam contar com fatias do mercado mundial, pois suas participações são sobre partes dos materiais rodantes que representam, no máximo, 30% do custo total dos projetos.

Lamentavelmente, ainda que os japoneses tenham desenvolvido tecnologias de qualidade, suas atuais qualificações não os tornam competitivos nos mercados externos, principalmente em fornecimentos de trens rápidos, necessitando de associações com empresas de outros países, como os que vêm negociando com os coreanos.

A dimensão mundial deste mercado é astronômica e a sua execução deverá demandar muitas décadas, generalizando-se por outros países, tanto de grandes populações concentradas como de dimensões geográficas expressivas.


O Luxo em Alguns Países Emergentes

15 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , , , | 2 Comentários »

Lamentavelmente, o processo de desenvolvimento acelerado da economia é acompanhado, na maioria dos países, por uma maior concentração da renda, como acontece na China e na Índia. O Brasil é uma honrosa exceção em decorrência dos resultados atingidos pelo governo Lula da Silva, que se concentrou na melhoria da distribuição de renda, com a substancial melhoria da situação das camadas mais pobres, ainda que os extremamente ricos tenham se beneficiado dos elevados juros e lucros financeiros, que estão entre os mais altos do mundo.

Algumas revistas brasileiras, como a Veja São Paulo, Edição Especial, com o seu Almanaque do Luxo, trazem informações impressionantes sobre os consumidores que chamam de AAA. Outras como Wish e especializadas em clientes de determinadas ruas que concentram lojas voltadas aos consumidores de altíssimo poder aquisitivo de São Paulo apresentam apreciáveis anúncios de produtos de luxo internacional. A Folha Online postou matéria sobre a expansão das lojas das grandes grifes nesta Capital. Para estas camadas parece que as dificuldades econômicas não existem.

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Capa da Revista Wish e da edição especial de Veja São Paulo, Almanaque do Luxo

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Nippon Steel Visa Expansão nos Países Emergentes

27 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , ,

A Nippon Steel que já foi a maior siderúrgica do mundo e hoje está bastante reduzida em importância, mas detém altas tecnologias, anunciou a sua decisão de estabelecer equipes de projetos em países emergentes, citando especificamente o Brasil, a Índia e a China. No Brasil, ela participa da Usiminas há muitas décadas; na Índia, prepara-se para criar uma joint venture com a Tata Steel; e na China, com a Baosteel, todas empresas de reconhecida qualidade mundial. Ela já vem fornecendo equipamentos e tecnologias, não sendo novidade a sua atuação internacional.

Cada equipe terá cerca de 40 pessoas, vindas dos departamentos de gerenciamento, vendas, construção de plantas, controle de qualidade e tecnologia, e trabalhará em conexão com seus associados para desenvolver novos negócios, segundo noticiou o jornal japonês Nikkei.

Filial da Nippon Steel no Brasil

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Trens Asiáticos ou Mundiais

14 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Trem Rápido | Tags: , , , , , ,

Quem observar os noticiários asiáticos sobre negócios de trens acaba ficando confuso. Tem para todos os gostos, desde a visita da presidente argentina à China e os acordos firmados, como entendimentos de empresas japonesas, coreanas, com tecnologias europeias, para atender mercados até norte-americanos. No meio de tudo isto, o anúncio da concorrência no Brasil para ser julgado ainda este ano.

O que se pode sentir é que o setor ferroviário se globalizou com empresas, tecnologias, financiamentos, mão de obra, componentes e tudo que envolve grandes obras de logística. Devem ser consórcios que montam verdadeiros quebra-cabeças, com contribuições das mais variadas, nem permitindo saber quem é concorrente de quem.

Se os custos mais baixos, as tradições de operação por prazos mais longos, tudo é incluído no currículo dos componentes de um grande consórcio, vai acabar ficando difícil discriminar o que é de quem. Como está se tratando de projetos que devem operar por muitas décadas, envolvendo riscos econômicos e humanos, parece ser mais conveniente julgar tudo com muito cuidado.

Não se trata somente do Brasil ou de um determinado país, mas acaba se tornando um grande negócio internacional onde a segurança deve ter o devido peso. As lições das dificuldades do Golfo do México devem servir para os mais variados projetos, onde as responsabilidades pelos riscos devem ser desafios para os melhores contratos, com foros claros que não podem ser definidos somente do ponto de vista político.

Que todos nós sejamos sensatos para antecipar, no que forem possíveis, os problemas que vamos enfrentar no futuro, que pode ser distante. Não deve ser um problema simples para qualquer autoridade, pois necessita de um equilíbrio entre a autonomia nacional e os interesses supranacionais.


Mudanças no Varejo dos Países Emergentes

10 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , , | 4 Comentários »

É natural que os empresários de todo o mundo estejam atentos às mudanças das demandas que estão ocorrendo, notadamente nos países emergentes. Novos segmentos da população estão passando a figurar como consumidores, e as empresas procuram formas e produtos para atender esta demanda em todo o mundo globalizado.

Da China, vêm informações que grandes produtores mundiais de produtos alimentícios, principalmente, estão procurando colocar os seus produtos com embalagens e conteúdos adaptados às preferências locais no varejo. Da Índia, onde a participação de cadeias estrangeiras era insignificante, organizações multinacionais procuram formas de participar deste mercado. No Brasil, além do que já existiam nas grandes cadeias, muitas delas controladas por estrangeiros, aparecem pequenos mercados locais que procuram, com maior agilidade, atender as novas demandas que crescem.

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Relacionamento com a Mídia

20 de fevereiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , , , , , ,

Se existe uma necessidade de diferenciação radical no Oriente com o Ocidente, notadamente com o Brasil, esta se refere ao relacionamento com a mídia. Mesmo nos países autoritários não se consegue a unanimidade na mídia, quanto mais nos países democráticos.

Vendo o comportamento das autoridades e dos empresários orientais no Brasil, é neste segmento que se nota as maiores dificuldades decorrentes de culturas tão diferentes.

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Entrevista do Professor Delfim Netto

19 de fevereiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , ,

# O professor Antonio Delfim Netto concedeu uma longa entrevista ao jornalista João Villaverde, que foi publicada pelo jornal Valor Econômico de ontem, ocupando uma página inteira. Aborda os principais problemas mundiais e brasileiros com a sua usual clarividência.

Apresenta uma visão realista, aproveitando para tocar de forma elegante em alguns problemas fundamentais do país. No seu ponto principal, mostra que o desenvolvimento brasileiro não pode viver só de recursos vindos do exterior, mas haverá necessidade de elevação da poupança interna, que tem como contrapartida uma moderação do seu consumo global. Tanto no setor público como privado.

 

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Sujeição, Modos de Seduzir

10 de fevereiro de 2010
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos | Tags: , , , ,

O enfaixe dos pés na China até fins do séc.XIX era um costume que reforçava a sujeição das mulheres como produto e propriedade de suas famílias e maridos. Para deixar os pés mais finos e pequenos, as meninas, aos dois / três anos de idade, tinham os dedos de cada pé (exceção do polegar) dobrados para baixo, sob a planta do pé e enfaixados bem apertados com bandagens de pano de 6 a 8 metros. Mantidos assim, sob constante pressão dia e noite, por longos dez / doze anos, os pés ficavam deformados, diminutos, “lírios dourados” de 7,5 a 8 cm.

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