Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mudanças Preparadas na China

4 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , ,

Como o presidente chinês Xi Jinpíng e o seu primeiro-ministro Li Keqiang estão anunciando, a partir de 9 de novembro próximo a cúpula da China estará reunida em Pequim para decidir sobre as reformas mais importantes naquele país desde quando Deng Xiaping resolveu disseminar os mecanismos de mercado. Ainda que chamem o sistema de socialista, de fato ele passou a ser capitalista, mesmo com a presença marcante do Estado e o sistema fortemente autoritário do ponto de vista político. Agora, com a passagem do crescimento da economia chinesa para um novo patamar, deixando as altas taxas de dois dígitos, necessita passar por reformas profundas para depender mais fortemente do mercado interno. O papel das estatais e do meio rural, além do sistema de assistência social para a população que vem elevando a sua idade média, figuram entre os tópicos considerados mais relevantes para serem decididos.

Uma cuidadosa preparação foi efetuada, tanto com os melhores profissionais de planejamento com que conta a China como do ponto de vista político para reduzir as resistências naturais. O poder que foi atribuído para as autoridades locais como para as estatais, além do arraigado mecanismo que permitiu grandes corrupções ao lado de um sistema financeiro paralelo ao bancário oficial, terá que ser abalado, ainda que todas as reformas demandem um longo prazo. As diretrizes do que deverá ocorrer na China nas próximas décadas serão fixadas, e aquele país vem provando que é capaz de executar os grandes planos que elaboraram, ainda que sofram naturais resistências.

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Xi Jiping e Li Keqiang

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O The Economist elaborou seu artigo principal tratando do assunto, além de publicar um artigo sobre a reforma agrária que poderá modificar profundamente a China, procurando reequilibrar o tratamento que vem beneficiando a população urbana com grandes desvantagens para a rural. As terras rurais vieram sendo desapropriadas para expansão das atividades industriais, de serviços e habitacionais urbanas, sem beneficiar as populações rurais que ficaram marginalizadas.

O Valor Econômico refere-se ao assunto, publicando também que o vice-presidente brasileiro Michel Temer está nesta semana em Cantão para cuidar das relações bilaterais, encontrando-se com o vice-primeiro-ministro chinês Wang Yang, tanto na abertura do IV Conferência Ministerial do Fórum de Macau, que reúne os países da Comunidade de Língua Portuguesa que também era lá utilizada antes de sua definitiva incorporação na China. Também estará na reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, quando o Brasil está intensificando suas relações com aquele país com diversos projetos importantes.

Na pauta, assuntos relacionados com a carne, a atuação da Embraer e a instalação da agência do Banco do Brasil em Xangai, tendo como pano de fundo a intensa participação chinesa na exploração do petróleo e gás no Brasil. A participação da China na exportação brasileira vem aumentando de forma significativa, aproximando-se dos 50%.

Discute-se o Plano Decenal de Cooperação Brasil-China, para o período 2012 a 2021, que tende a consolidar aquele país como o principal parceiro do Brasil em todo o mundo. Se existe algo que os brasileiros precisam aprender com os chineses é esta capacidade de pensar nas parcerias de longo prazo.


Conciliação dos Conhecimentos Acadêmicos com a Prática

25 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

Na sua coluna semanal no Valor Econômico, o professor Antonio Delfim Netto faz uma análise da invejável carreira do economista Stanley Fischer, que na vida acadêmica, no FMI – Fundo Monetário Internacional, num banco privado e depois como presidente do Banco Central de Israel acumulou uma excepcional experiência com visões de muitos e diferentes ângulos. Isto permite que ele faça comentários evidenciando que muitos analistas, ainda que bem aparelhados, não conseguem compreender adequadamente todos os constrangimentos a que estão sujeitos os que formulam a política econômica em qualquer país.

O artigo informa, ainda que num economês nem sempre acessível, que Stanley Fischer “depois de mostrar que um sistema de metas de inflação relativamente ‘flexível’, no qual o banco central usa cuidadosa política monetária que leva em conta seus efeitos sobre o nível de atividade para decidir se a velocidade de retorno à meta é capaz de produzir o resultado esperado de estabilizar a expectativa de inflação no longo prazo”, resume, com base na sua longa experiência, os problemas em quatro itens: 1) o de um único instrumento com dois objetivos; 2) o “trade off” nulo no longo prazo entre inflação e crescimento que toma a mesma forma no curto prazo; 3) da taxa de câmbio para as pequenas economias abertas e; 4) dos preços dos ativos, da estabilidade financeira e da supervisão macroprudencial.

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Delfim Netto                                                          Stanley Fischer

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Os Meios Digitais na Imprensa Mundial

10 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Se a própria redatora chefe do Valor Econômico, Vera Brandimarte, assina com Raquel Balarin o artigo hoje publicado, tratando das mudanças que se observam na imprensa mundial, o assunto do uso dos meios digitais só pode ser de importância fundamental. Ela participou da reunião realizada em Kiev, na Ucrânia, o 64º Congresso Mundial dos Jornais e o 19º Fórum Mundial dos Editores. Segundo o artigo, “os jornais terão que investir mais e mais em inovações em meios digitais, a despeito de os resultados financeiros obtidos nessas plataformas serem insuficientes para compensar as perdas de publicidade e receita da circulação nos jornais”. Segundo uma pesquisa efetuada pela Associação Mundial de Jornais com 150 veículos em todo o mundo, estas plataformas respondem, no momento, por menos de 10% do faturamento com publicidade.

O artigo lista uma série de exemplos que foram apresentados, mostrando que os jornais impressos procuram se adaptar à nova situação que se observa com a disseminação dos meios digitais. Num caso dos mais dramáticos, Greg Hywood, principal executivo da australiana Fair Media, reduziu de forma planejada a venda da edição impressa, fechando uma gráfica na qual tinha investido US$ 500 milhões, e ele informou aos participantes que está próximo de novos negócios. No New York Times, The Wall Street Journal e no Financial Times, que imprimem 700 mil exemplares diários, os assinantes puramente digitais já são 500 mil. Os jornais criaram o chamado “paywall”, que é a cobrança pelo uso das informações fornecidas pelos meios digitais.

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Vera Brandimarte, redatra chefe do Valor Econômico

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Por Que Tantas Divergências Sobre o Futuro dos Emergentes

23 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Carlos Eduardo Lins da Silva, no artigo “Brasil depois do Carnaval” publicado no Eu & Fim de Semana do Valor Econômico, enfatiza que em fins de 2009 o influente internacionalmente The Economist registrou que o Brasil decolou com sua economia. Em julho deste ano, o igualmente respeitado mundialmente Financial Times fez um diagnóstico completamente ao contrário. Os correspondentes estrangeiros teriam uma importância nos relatos que enviam para o exterior, o mesmo acontecendo com a economia chinesa e o resto do mundo. Colaboramos modestamente neste debate do Valor Econômico com o artigo “Riscos e vantagens de um país em suas emergências”, discutindo o que foi colocado por Ruchir Shama no Foreign Affair de forma pessimista com o Brasil. Isso gerou debates com experientes analistas como Shannon O’Neal, Richard Lapper, Larry Rohter, Ronaldo Lemos, entre outros, que o contrariavam em muitos pontos. Seguiram-se colocações sempre pessimistas como de Nouriel Roubini, e outras mais ponderadas como de Olivier Branchard, no artigo de Alex Ribeiro “Mundo de incertezas”, no mesmo suplemento do Valor Econômico.

O que estaria proporcionando visões tão diferentes sobre o Brasil, a China e outros países emergentes, com consequências mundiais? É evidente que sempre existiram otimistas e pessimistas, como os ideologicamente mais liberais e outros a favor de uma intervenção estatal mais acentuada, os que defendem pontos de vistas convenientes para setores como o financeiro e às atividades produtivas. Mas fica a impressão que está se acentuando as rápidas decisões coletivas que são mais movidas pela psicologia coletiva, com menos profundidade nas condições que diferenciam os diversos países envolvidos, baseados em análises mais objetivas da realidade, que são sempre difíceis mais difíceis e menos rápidas.

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Lições aos Brasileiros que vem da Índia

14 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , , , ,

Muitos analistas brasileiros entendem que a Índia apresenta mais problemas que o Brasil, mas a performance daquele país vem sendo superior à brasileira. Cresce a uma taxa média anual de 6,6% nos últimos 15 anos. Sergio Lanucci visitou aquele país a convite do governo indiano, e publicou uma matéria importante no Valor Econômico que pode dar indicações preciosas para os brasileiros. De início, eles estão no 12º Plano Quinquenal para o período 2012 a 2017, e contam com uma população de 1,2 bilhão de habitantes, cresceram 8,4% no seu PIB em 2010/2011 e estimam ficar em 7% em 2011/2012, bem acima do crescimento brasileiro. E possuem uma política democrática consolidada.

Segundo o conselheiro econômico do Ministério das Finanças da Índia, Kaushik Basu, é preciso que sua economia cresça pelo menos 12%, o que é uma meta muito ambiciosa. A indústria deverá crescer 12 a 14% ao ano, pois até agora veio expandindo o seu setor de serviço, mas necessita criar mais empregos. Três são, segundo os especialistas indianos, os gargalos daquela economia: os problemas de infraestrutura, as mudanças na legislação trabalhista e a melhoria do ambiente de negócios, que pouco difere dos problemas brasileiros de longo prazo.

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Montek Singh Ahluwalia

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Conferência das Nações Unidas Sobre Sustentabilidade

27 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Em que pesem as dificuldades econômicas mundiais e pessimismo de muitos com avanços com metas concretas na próxima reunião de junho no Rio de Janeiro, a Comissária Europeia Para Ação Climática acredita nelas. Connie Hedegaard concedeu uma entrevista ao Valor Econômico em Nairobi, Quênia, para a jornalista Daniela Chiaretti, onde participou das comemorações do 40º aniversário do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, mostrando ser uma pessoa determinada que vem participando ativamente de todas estas reuniões sobre o assunto.

Ela é reconhecida pelo seu papel nas reuniões de Copenhague em 2009, Durban em 2011 e chega ao Brasil convencida que pode ajudar a estabelecer metas concretas. Ela acredita que é possível levar energia renovável para todos em 2030, afirmando que todos devemos ter objetivos claros e viáveis, com resultados a curto prazo. Fará diversos contatos em Brasília e em São Paulo, para preparar o terreno para o Rio+20.

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Connie Hedegaard

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A China de Xi Jinping no Valor Econômico

24 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Com grande competência, Cyro Andrade elaborou para o suplemento Eu & Fim de Semana, do jornal Valor Econômico, um importante artigo sobre a mudança de comando político que está ocorrendo na China, com a ascensão de Xi Jinping que deve ocupar o posto máximo naquele país em outubro próximo. O artigo se baseia nas informações de Michael Pettis, das Universidades de Pequim e Columbia, que é considerado um dos maiores conhecedores atuais daquele país e escreve regularmente para alguns jornais.

Utiliza, também, o livro de Justin Yifu Lin, o economista-chefe do Banco Mundial, que escreveu “Demystifying the Chinese Economy”, e o trabalho “The Battle for China’s Top Nine Leadership Posts”, publicado por Cheng Li, que é o diretor de pesquisas do John L.Thornton China Center da Brooking Institution, no The Washington Quarterly, deste inverno no Hemisfério Norte. Todas as fontes utilizadas são consideradas do mais alto nível internacional.

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Delfim Netto Entrevistado por Valor Econômico

10 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , , , | 6 Comentários »

O Valor Econômico de hoje publica no seu suplemento Eu & Fim de Semana uma longa entrevista concedida por Delfim Netto à competente jornalista Claudia Safatle. Alem dos aspectos de sua personalidade pessoal, refere-se ao papel por ele desempenhado durante o regime autoritário como ministro da Fazenda, embaixador em Paris, ministro da Agricultura e ministro do Planejamento. E congressista, além do seu trabalho na Universidade de São Paulo. Bem como a colaboração que vem prestando às mais recentes administrações de Lula da Silva e Dilma Rousseff, de forma informal.

Num tom imparcial, toca até nas críticas que foram formuladas contra ele, e no relacionamento com outras personalidades como Mário Henrique Simonsen ou Roberto Campos, entremeados sobre suas observações sobre a evolução do conhecimento econômico e dos problemas da atualidade econômica, como a atual crise europeia.

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Delfim Netto não costuma conceder entrevista relacionada à sua vida pessoal, mas nesta acabou deixando escapar alguns tópicos que nem sempre são conhecidos. Mas também se refere aos livros que influenciaram na sua formação, fazendo menção à sua longa experiência pragmática.

Mostra que sempre contou com uma abertura às diversas tendências políticas e doutrinárias, não fugindo até aos temas que poderiam ser embaraçosos. Considera-se satisfeito com o trabalho que veio executando, afirmando que “nunca trabalhou”, pois se realizava com o que veio executando, e que lhe proporcionava satisfação.

Como a entrevista foi, basicamente, efetuada durante um almoço, ele mostrou-se como uma pessoa incapaz de controlar adequadamente a sua alimentação, tendo ganhado peso depois de uma doença grave pelo qual passou há alguns anos.

Com a perspicácia de sempre e com a competência da jornalista, conseguiu que a longa entrevista acabasse ficando ágil e de fácil leitura, fornecendo um quadro bastante completo de sua complexa personalidade, que conseguiu conviver até com os que lhe eram mais críticos.

Tanto que, tendo sido um ministro de importância no regime autoritário, conseguiu-se reeleger sucessivamente desde a época de Constituinte que culminou na Constituição de 1988, mantendo seus entendimentos com as mais variadas correntes políticas. Até com os dirigentes políticos do PT, partido que critica em suas falhas.

Falou sobre o seu período como embaixador em Paris, bem como a crise que enfrentou quando Paul Volker elevou substancialmente os juros em todo o mundo, a partir dos Estados Unidos.

Delfim Netto falou de suas influências acadêmicas como os decorrentes do estudo do livro do italiano Bresciani-Turroni e do norte-americano Paul Samuelson, mas também dos seus professores como Paul Hugon, de História Econômica, e Heraldo Barbuy, de Sociologia.

No fundo, a entrevista mostra que Delfim Netto é um economista com uma formação mais ampla, tanto de história como das demais ciências sociais, procurando entender o comportamento humano pelo estudo da Antropologia.

Apesar de ter ajudado na introdução da Econometria no Brasil, ele refere-se às distorções do seu uso no passado recente, onde alguns pretendiam que os riscos pudessem ser calculados pelo uso de uma estatística avançada.

Leia a entrevista na íntegra

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Importante Entrevista da Presidente do IBGE

16 de dezembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Todos os analistas de dados econômicos têm a oportunidade de conhecer algumas características adicionais das informações que utilizam lendo a importante entrevista da presidente do IBGE concedida ao Valor Econômico de hoje. Wasmália Bivar se tornou recentemente presidente desta instituição, mas era a sua diretora de pesquisas, e fez toda a sua carreira no IBGE tendo a plena consciência dos aperfeiçoamentos que necessitam e estão sendo providenciados. Como já mencionamos neste site, além das metodologias empregadas, seria útil que todos os analistas conhecessem o processo completo de elaboração destes dados até chegar ao IBGE, de forma a compreender o seu significado, inclusive as suas limitações.

O instrumento básico do IBGE são os censos que são efetuados, alguns por decênios e alguns por quinquênios e, por mais que se procure atualizar com pesquisas anuais de orçamentos familiares, sempre suas bases são defasadas com relação à realidade atual. Ela informa que o IBGE está concentrando seus esforços para ampliar os dados relacionados com o emprego para o âmbito nacional, pois atualmente eles estão restritos aos de seis regiões metropolitanas. Também a coleta de informações para a elaboração do IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo está sendo melhorada, pois se restringe atualmente ao de 11 capitais e regiões metropolitanas, que passam recentemente por alterações de grande dinamismo. Procura-se caminhar para pesquisas de Orçamentos Familiares anuais e simplificadas, que também sofrem alterações significativas. Como conseguir uma forma de elaboração dos Censos Contínuos, como ela informa que existe na França.

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Wasmália Bivar, presidente do IBGE

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Problemas Mundiais de Grandes Dimensões e Complexidade

19 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Os problemas que estão sendo enfrentados pelo mundo são de grandes dimensões, complexidade ímpar, e não apresentam perspectivas de fáceis soluções ainda que haja disposições das autoridades de todo o mundo. Os Estados Unidos conseguiram o aumento do teto do endividamento e a Comunidade Europeia está dando assistências aos países membros mais endividados, mas suas dificuldades se propagaram por todo o universo, afetando tanto os gigantes asiáticos, como a China, a Índia e o Japão, quanto países emergentes como o Brasil.

Os grandes credores dos Estados Unidos, como a China, possuem ativos de mais de US$ 3,2 trilhões em dólares norte-americanos, sendo mais de US$ 1,1 trilhão em bônus do Tesouro dos 200917155610925Estados Unidos. O Brasil também está com o grosso de suas reservas internacionais em dólares e títulos do governo americano. A política norte-americana de aumentar a oferta de dólares em todo o mundo elevou o fluxo financeiro internacional, provocando a exagerada valorização de muitas moedas, inclusive o real. Estes complexos assuntos estão sendo abordados no artigo de Yao Yang, que é diretor do Centro para a Reforma Econômica da China da Universidade de Pequim, publicado pelo Project Syndicate e reproduzido pelo Valor Econômico de hoje.

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