Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Ascensão Feminina na Política Asiática

22 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

Existe um conceito errado no Ocidente sobre o papel exercido pelas mulheres nas sociedades asiáticas. Predomina a ideia que as mulheres asiáticas são submissas, exercendo um papel secundário na maioria das sociedades asiáticas. A ascensão política das asiáticas ganha um novo impulso, quando já era forte. O jornal econômico Nikkei aponta novas líderes que se apresentam ao eleitorado, com fortes possibilidades de ganharem as eleições, até para os postos máximos dos comandos de muitos países asiáticos.

Yingluch Shinawatra, a primeira-ministra da Tailândia, é uma empresária de 44 anos que ganhou as eleições de agosto último e está se empenhando para conduzir um país profundamente dividido socialmente. Ela é irmã de Thaksin Shinawatra, deposta do cargo pela compra de submarinos e helicópteros para o país. Yunglush afirma que ser primeiro-ministro não é muito diferente de comandar uma empresa, mesmo que a Tailândia tenha sofrido uma de suas mais terríveis inundações.

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Corazon Aquino e Indira Gandhi

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Por Uma Reconstrução Segura, Eco-Amigável e Humanizada

20 de junho de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Notícias, webtown | Tags: , , , , , , , | 2 Comentários »

Passados 100 dias do grande terremoto e tsunami no Leste japonês, o trabalho de recuperação segue árduo nas áreas atingidas. Com ajuda que vem sendo liberada pelos governos federal e provincial, e pela distribuição de cotas de doação através da Cruz Vermelha Japonesa, a capacidade local de produção industrial e comercial está se restabelecendo, em maior ou menor grau e rapidez, dependendo das áreas atingidas. O consumo vem crescendo visivelmente; se no primeiro momento ele visava bens comestíveis, agora a população já está começando a recompor suas vidas. Supermercados e lojas de departamentos ampliam ofertas de móveis, eletrodomésticos, roupas de cama e banho, cosméticos, vestuário etc., para fazer face à crescente procura.

A comissão do governo que estuda medidas de prevenção a terremotos e tsunamis fez a terceira reunião em Tóquio, no domingo, para finalizar minuta que será apresentada nos próximos dias. Os especialistas, baseados nos relatórios dos estragos registrados em tempos passados, concordam que os preparativos devem considerar os cenários piores para desastres naturais. É preciso que diques e outras prevenções litorâneas de defesa contra tsunamis sejam construídos combinados com rotas de escape que levem para locais mais altos, onde a população possa se abrigar em estruturas seguras. A construção dos diques deve manter o alto padrão atual, mas eles devem ter a capacidade de brecar e ajudar a reduzir o peso e a velocidade de gigantescas ondas (que, em 11 de março, em muitas localidades chegaram a 37 – 40 metros de altura), sem se romper ao primeiro impacto, dando tempo para as pessoas escaparem. O governo estuda subsidiar fontes de energia renovável (eólica, solar e geotérmica) para uso em repartições públicas, escolas e hospitais nas cidades afetadas – assim como patrocinar custos para o estudo do impacto ambiental por empresas que queiram entrar no negócio da geração de energia.

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O Verão Japonês do Super Cool Biz Chegou!

17 de junho de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos, Editoriais, webtown | Tags: , , , , , ,

Quando a então ministra do Meio Ambiente do Japão, Yuriko Koike, introduziu o cool biz em 2005, como reforço para combater aquecimento global (baixar o grau do ar condicionado e usar roupas frescas nos locais de trabalho), a ideia foi vista por conservadores como mania de mulher mandona querendo aparecer na onda do Protocolo de Quioto. Mas, mesmo o Conselho Brasil Japão para o Século XXI, do qual fez parte Paulo Yokota, quando foi recebido pelo primeiro-ministro Junichiro Koizumi, todos estavam com camisa esporte, sem gravatas, no gabinete dele. A ideia veio dos norte-americanos que já adotavam o casual Friday, quando nas sextas-feiras o traje tornou-se informal. Neste verão, com o Japão enfrentando crise energética pós-desastres naturais e nucleares, autoridades decidiram levar a campanha muito seriamente. O público, que já estava se acostumando após seis verões, parece disposto a cooperar. Afinal, mulheres tiveram que queimar sutiãs para conquistar alguma liberdade no passado – agora os homens japoneses têm a chance de se livrar das gravatas sem nem precisar desfilar por Ginza queimando as mesmas.

Paulo Yokota informa da Alemanha, onde se encontra no momento, que também lá os estabelecimentos comerciais estão reduzindo o uso do ar condicionado, pois os alemães decidiram abolir o uso da energia nuclear dentro de alguns anos e algumas usinas mais antigas já estão em revisão. E lembra, também, que o presidente Janio Quadros também havia introduzido em Brasília um traje do tipo usado na Ásia, mais adequado para regiões tropicais.

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Ohisama e as Não Tão Liberadas Mulheres Japonesas

25 de maio de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos | Tags: , , , , , ,

Despretensioso seriado romântico, Ohisama (“O Senhor Sol”), transmitido pela emissora NHK, relata vida de professora primária ao longo da Era Showa (1926-1989). Na verdade, por trás da história contada pela heroína Yoko Sudo, vislumbra-se libelo sobre a situação feminina das japonesas durante aqueles anos. Vivida pela veterana atriz Ayako Wakao, Yoko conta sua vida em flashbacks desde a infância até tornar-se professora, esposa e mãe nos anos pré, durante e pós-Segunda Guerra. As jovens japonesas entreviam, então, uma promessa de maior liberdade para participação ativa na vida do país. Porém, a tradição pesava muito ainda. A jovem Yoko (atriz Mao Inoue) e suas amigas frequentavam o jogakko (colegial feminino) – privilégio permitido a poucas jovens, pois estudo era visto como coisa inútil para meninas. Do trio de amigas, somente Yoko consegue prosseguir, e vai cursar o magistério. Outra é prometida a um casamento por conveniência; a terceira, não suportando o inerte destino no vilarejo, foge de casa para tentar futuro em Tóquio.

Não era fácil a vida de professora em época de guerra e militarismo exacerbado, numa escola elementar com corpo docente de maioria masculina. Além de ser alvo de críticas e humilhações por ser mulher e ter estudado mais do que muitos homens, a jovem professora precisava cuidar da faxina das classes com os alunos, da limpeza de sala e banheiro dos professores; preparar e servir chá para os colegas, proteger alunos da ira de mestres machistas e violentos. O Japão atravessava tempos difíceis de sacrifícios, então ela procurava transmitir lições de vida, calor e alegria para seus alunos; fazer prevalecer valores e sentimentos como gambaru (perseverar), tsunagaru (unir-se) e kizuna (laços/vínculos). Como nos dias de hoje.

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Garotas jogando go. Cena de Ohisama e vistas de Nagano, com suas águas cristalinas e trigo

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“Cool Biz” nos Rastros do “Cool Japan”

13 de maio de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos | Tags: , , , , ,

Quando foi implantando o racionamento de energia elétrica no Brasil entre junho de 2001 e fevereiro de 2002, brasileiros do sudeste até o norte tivemos um ataque: como vamos fazer agora? Mas logo conseguimos baixar as metas de quilowatts em níveis determinados para cada moradia (drásticos, para algumas famílias). Trocaram-se lâmpadas para fluorescentes econômicas, geladeiras para modelos com certificado de consumo, desligaram-se freezers, micro-ondas; famílias patrulhavam uso de chuveiros, TV e internet. Pela primeira vez estávamos aprendendo a usar racionalmente a energia elétrica. E nem estávamos saindo de uma guerra, tampouco de terremoto ou outras catástrofes: o sistema de geração com alta dependência hidrelétrica aliado à insuficiência de novos empreendimentos tinha sido agravado por longa e crítica estiagem. Além de trazer significativa redução no consumo de energia, o racionamento serviu também para educar o povo brasileiro. Com reflexos benéficos até os dias de hoje.

Com diversos reatores nucleares sendo desligados para verificação, e racionamento programado de energia elétrica ameaçado pela alta de consumo no verão, o Japão pós 11 de março está reavivando a campanha do Cool Biz, moda norte-americana que procura usar roupas informais para o verão. Introduzida no verão de 2005, governo Junichiro Koizumi, era para ajudar na redução da emissão de gases poluentes: propunha-se manter o ar condicionado em locais de trabalho a 28º C, e permitir uso de roupas leves, abolindo-se gravatas e paletós no Japão. Houve muitas resistências por parte dos conservadores homens japoneses, mas em todos os verões vem se tentando popularizar a medida. Este ano, o Cool Biz começou um mês antes e irá até outubro, com adesão até entusiasmada devido à situação. Cartazes na entrada de prédios em Tóquio pedem para residentes e trabalhadores colaborarem com a campanha.

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Sobre Sismos e Usinas Nucleares

9 de maio de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: , , , , , | 7 Comentários »

Dando fim à controvérsia que dominou o noticiário da mídia japonesa neste fim de semana, a operadora Chubu Electric Power Co. decidiu acatar o pedido do governo para desligar os reatores da usina nuclear de Hamaoka. Localizada na cidade de Omoezaki, província de Shizuoka, a usina é de vital importância para a região que compreende as industrializadas províncias vizinhas de Aichi, Mie e Gifu.

A vulnerabilidade dos 54 reatores de energia nuclear em operação no Japão ganhou evidência após o terremoto de 11 de março ter provocado a crise da usina de Fukushima Daiichi. O premiê Naoto Kan, ao pedir pela paralização de Hamaoka, observou que estudos sismográficos indicam que há uma possibilidade de 87% de um grande terremoto de magnitude 8.0 Richter ocorrer nessa região de Tokai (mar interno do leste do Japão até a baía de Seto), nestes próximos 30 anos. A Chubu Electric deverá religar os reatores após serem realizadas medidas de prevenção e reforço adicionais contra sismos e tsunamis – o que poderá levar dois ou mais anos.

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Usina nuclear de Hamoka, que teve seus reatores desligados

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Nikkei Começa a Subscrição da Versão Online

26 de fevereiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , ,

 O maior jornal econômico do mundo, o Nikkei, do Japão, maior que o Wall Street Journal, de Nova Iorque, e o Financial Times, de Londres, tornou-se o pioneiro nesta iniciativa entre os diários daquele país.

Este Nikkei é a “bíblia” dos empresários, altos executivos, políticos e todos que acompanham o que acontece no Japão e no mundo.   Quando chegamos para visitar uma unidade industrial nas proximidades de Tóquio, fomos recebidos com “red carpet”, pois este jornal tinha publicado a agenda do primeiro-ministro e informou que tínhamos sido recebidos por ele numa audiência particular.

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Turbinas Japonesas Usando o Vento no Brasil

6 de fevereiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , , | 2 Comentários »

eolica O conceituado jornal econômico japonês Nikkei anunciou neste sábado que a empresa japonesa Sinfonia Tecnologia vai instalar sua unidade industrial perto de São Paulo para produzir turbinas geradoras de energia elétrica utilizando o vento.

A empresa deverá iniciar as suas atividades ainda no primeiro semestre de 2010, produzindo 100 unidades no primeiro ano, 300 no segundo, até chegar a 1.000 unidades por ano.

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Imprensa Japonesa Implacável com a Toyota

2 de fevereiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , ,

Lamentavelmente, a imprensa japonesa tem sido implacável com a Toyota na crítica do seu comportamento após o “recall” dos seus seis modelos que vêm afetando a sua imagem, envolvendo até a qualidade de outros produtos japoneses. As críticas já são feitas até por membros do Congresso Norte-Americano, pois existem ameaças nos empregos naquele país.

O título de uma matéria do maior jornal econômico do mundo, o Nikkei.Com, foi inusitadamente violento com este ícone da indústria japonesa, fugindo dos padrões normais dos conservadores japoneses. Tanto que a matéria foi rapidamente substituída por uma entrevista de um vice-presidente da Toyota apresentando suas desculpas. Parece mostrar a indignação que se seguiu à surpresa no mundo empresarial japonês, envolvendo até os consumidores.

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