24 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: análises fundamentais, fatores que podem explicar a sua performance, tentando entender a economia da Índia | 2 Comentários »
Muitos estudiosos, inclusive brasileiros, tendem a considerar a Índia um país pobre, complicado, cheio de limitações. Ficam surpresos quando informados que a performance daquele país democrático com mais de um bilhão de habitantes, nos últimos 30 anos, supera a do Brasil, que mesmo tendo melhorado nos anos recentes, continua colhendo resultados inferiores a daquele gigante emergente asiático, que segundo alguns devem ultrapassar a China nas próximas décadas.
Entender por que isto acontece parece ser importante, e um livro publicado pela Oxford University Press em 2010, “India’s Economy: Performance and Challanges – Essays in Honour of Montek Singh Ahluwalia, edited by Shankar Acharya – Rakesh Mohan” pode ser um dos que oferecerem subsídios importantes para tanto.
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24 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: correção paulatina de uma distorção, críticas pouco ponderadas, decisão de política econômica do governo Dilma Rousseff
Apesar do Brasil tratar-se de um país que conta com uma quantidade relativa de mão de obra que necessita de emprego, que tem escassez de capital e de tecnologia, adotaram-se encargos no passado que sobrecarregam a folha de pagamentos, induzindo a redução da sua utilização. Desde a época da criação da Sudene, os incentivos fiscais foram para a utilização de equipamentos, acreditando-se que isto facilitaria a capitalização, o que provocou a instalação de fábricas automatizadas no Nordeste, que não estimulavam atividades empregadoras de mão de obra, abundante naquela região.
Agora, o governo Dilma Rousseff, de forma correta, inicia um processo de redução de encargos sobre a folha de pagamentos, ainda que de forma cautelosa. Seria primeira medida de política econômica visando um resultado de longo prazo. Os críticos contumazes apressam-se a preverem a criação de novos impostos para fazer face à redução da receita da previdência. Eles esquecem-se que já houve casos de redução de tributos que provocaram aumento da arrecadação, pois a população tem em mente um máximo de tributação, a partir da qual aumenta a tendência ao uso de mecanismos de sonegação.
Presidente Dilma Rousseff, em foto de Roberto Stuckert Filho
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24 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: demonstrações da ação coordenada, imprensa internacional, sempre os benefícios chineses considerados como prioritários
Toda a imprensa mundial tem sido profícua na divulgação de matérias relacionadas com os intercâmbios sino-americanos, procurando não se destacar os entrechoques que estão nos seus bastidores. Os chineses procuram fazer o seu public relations mostrando que estão incrementando as importações de produtos norte-americanos em dezenas de bilhões de dólares, mas elas estão concentradas naquelas que necessitam para manter a sua estabilidade, principalmente assegurando o seu abastecimento de alimentos. Ao lado da visita do presidente Hu Jintao a Chicago, as corporações estatais chinesas adquiriram volumes espantosos de soja norte-americana para entregas em 2011 e 2012, cuja Bolsa daquela cidade é a principal na cotação deste produto.
Todos sabem que a China enfrenta problemas de pressões inflacionárias com aumento dos preços dos alimentos e de algumas matérias primas, em parte como decorrência das irregularidades climáticas. Isto favorece não só os Estados Unidos como outros fornecedores destes produtos, como o Brasil. Não se trata de nenhum favorecimento aos norte-americanos, mas o estrito atendimento da necessidade dos chineses, que no máximo, está sendo antecipado aproveitando a viagem de Hu Jintao.
Colheita de soja no cerrado brasileiro
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24 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: assistências técnicas, correções necessárias, experiências de outros países | 4 Comentários »
Os problemas das intensas chuvas que afetaram diversas regiões brasileiras de forma lamentável mostram que são indispensáveis muitos aperfeiçoamentos em todo o sistema de defesa civil, sendo insignificantes os mecanismos de alerta que começam a ser introduzidos em algumas localidades. Muitos países são afetados constantemente por tufões que são acompanhados por chuvas intensas, agravados por terremotos, e muitas grandes metrópoles ficam ao nível do mar, mas foram tomando medidas ao longo do tempo para que os danos causados por estes fenômenos climáticos fossem suportáveis.
O governo japonês enviou uma missão técnica ao Brasil, explicando o que fazem por lá e oferecendo assistência técnica, que não mereceu a devida atenção das nossas autoridades, que continuam com orientações errôneas na ocupação dos solos. A maior parte da cidade de Tóquio, por exemplo, fica a menos de cinco metros do nível do mar, mas não se ouve falar há muito tempo de inundações, pois seus principais rios, como Sumida, foram domados, em muitos trechos, por barreiras de muitos metros, mantendo uma margem de centenas de metros, destinados à prática de esportes e lazer.
Rio Tame, perto da cidade de Ome, na Tóquio Ocidental: sua margens são cobertas de grama e arbustos, formando um cinturão de vegetação. As áreas livres são usadas para lazer
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