Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Japoneses Apontam Dificuldades dos Bancos Chineses

26 de dezembro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Um artigo de Yucho Cho publicado no site do Nikkei Asian Review informa que além do aumento dos juros nos Estados Unidos outros fatores estão contribuindo para a desvalorização do yuan chinês, exigindo medidas de controle dos fluxos financeiros naquele país.

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Gráficos publicados no artigo do Nikkei Asian Review, cujo artigo vale a pena ser lido na íntegra

A ligeira elevação da taxa de juros provocada pelo FED – Banco Central dos Estados Unidos, acompanhado do anúncio que estas medidas podem se repetir algumas vezes, acabou provocando a valorização do dólar norte-americano com a tendência de aumentar os fluxos financeiros dirigidos para aquele país, desvalorizando as demais moedas no mundo. Mas os japoneses apontam outros fatores adicionais na China que exigiram que as autoridades chinesas regulamentassem estes fluxos devido a fragilidade de alguns bancos chineses, apesar da intenção de promover o seu mercado de capitais bem como elevar os juros no país.

Um grande número de países desvalorizaram suas moedas para continuarem competitivos no mercado internacional com suas exportações, sendo que o Brasil é uma das exceções, parecendo que está se utilizando a política cambial para acelerar a queda da inflação, à custa do emprego dos brasileiros com a recessão, o aumento dos gastos dos turistas no exterior e o aumento de algumas importações.

Sempre existem condições locais que aceleram os fluxos financeiros internacionais que provocam pressões sobre os câmbios, havendo necessidade de ajustes das autoridades monetárias. No Brasil, o Banco Central tende a beneficiar os bancos que obtêm boas remunerações com estes fluxos, acreditando que eles contribuem para a redução necessária dos juros, ainda que sejam prejudiciais para a recuperação do emprego.

No caso do Japão, o nível de emprego está elevado, pois sua população está em declínio, exigindo que recursos humanos de outros países sejam favorecidos nas suas migrações. Não se consegue recuperar a sua economia nem provocar o aumento das pressões inflacionárias, o que vem sendo perseguido por suas autoridades, tanto monetárias como fiscais.

O exercício da política econômica acaba sendo uma arte e não depende somente do que se conhece de economia, havendo espaços para muitas outras influências, notadamente as políticas.



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