Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Sibéria com 38º C Neste Verão é um Aviso Alarmante

24 de junho de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Clima, Editoriais e Notícias | Tags: , , , ,

Com o choque que o mundo sofreu com esta notícia alarmante, órgãos importantes da imprensa tratam do assunto. Começa no weather.com e vai pelo Newsweek, Fígaro e o The Guardian. No Brasil, o assunto foi publicado por João Lara Mesquita no Estadão.

clip_image002Ilustração, https://weather.com/, que conta do artigo publicado no site do Estadão, que merece ser lido na sua íntegra

Como as autoridades brasileiras ainda dão baixa prioridade aos assuntos climáticos, este alerta que vem da Sibéria mostra que fenômenos inesperados podem ocorrer também no Brasil, com os alarmantes incêndios que se intensificam na Amazônia, quando entramos no período do ano que eles tendem a aumentar. Mas não se restringe naquela parte do país, mas as secas que ocorrem no Rio Grande do Sul já afetam as produções de soja, havendo ainda a possibilidade de nuvens de gafanhoto que vêm do Paraguai, chegaram à Argentina e ameaçam o sul do Brasil.

O The Guardian inglês destaca que, “Em escala global, o calor da Sibéria está ajudando a empurrar o mundo para o ano mais quente já registrado em 2020, apesar de uma queda temporária nas emissões de carbono devido à pandemia de coronavírus. As temperaturas nas regiões polares estão subindo mais rapidamente porque as correntes oceânicas transportam calor para os polos. Com isso, o gelo e a neve reflexivos estão derretendo”, segundo o que foi publicado no Estadão.

Já o jornal francês, Fígaro registrou que “a cidade russa de Verkhoyansk, no leste da Sibéria, registrou um pico de calor de 38°C. O recorde foi assinalado por  Pogoda i Klimat, site que coleta dados meteorológicos. Estes dados ainda precisam ser confirmados, mas seria um recorde absoluto para esta cidade de 1300 habitantes, conhecida por suas temperaturas extremas, e onde os invernos estão entre os mais frios do mundo (em 1892, o termômetro caiu para – 67,8°C, outro recorde para uma área habitada. O assunto está mencionado no artigo no Estadão.

O artigo Estadão ainda menciona que “a climatologista Valérie Masson-Delmotte nos lembrou que “o Ártico está aquecendo hoje duas a três vezes mais rápido que o resto do planeta”. Fenômeno devido a “um conjunto de mecanismos de amplificação”, como a redução do chamado albedo – o poder de reflexão de uma superfície – devido à perda de gelo marinho e cobertura de neve.

O que se discute hoje é se isto que está acontecendo deve-se à ação humana. Não há dados suficientes para comprovar cabalmente este fato, mas no caso brasileiro fica muito claro que os incêndios e os desmatamentos estão ocorrendo pela falta de uma ação do governo federal. Na Sibéria também ocorrem estes incêndios em determinados períodos do ano para a limpeza de algumas áreas.

Os especialistas sobre estes assuntos indicam que existem fatores naturais, mas os seres humanos também dão algumas contribuições.



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