Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Novo Relatório da ONU Sobre Clima e Meio Ambiente

9 de agosto de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: ,

Um artigo publicado por Brady Dennis no site do The Washington Post informa sobre o novo relatório das Nações Unidas divulgado hoje, reunindo contribuições de 107 especialistas de 52 países sobre as mudanças climáticas. Já havia um compromisso no chamado Clube de Paris há quatro anos, em que os países se comprometiam a manter o aquecimento global bem abaixo de 2 graus Celsius, mesmo com objeções, como do Brasil, na tomada de medidas práticas na derrubada de florestas como da Amazônia.

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Foto tirado de uma drone, mostrando os danos causados na Indonésia com a derrubada de florestas, constante do artigo no site do The Washington Post, que vale a pena ser lido na íntegra

Todos já sabem que os compromissos assumidos pelos países membros das Nações Unidas não são suficientes para conter o aquecimento global e ainda assim os governos de muitos países não se engajam operacionalmente para evitar danos, como na produção de alimentos indispensáveis para a humanidade. O desmatamento que vem ocorrendo na Amazônia, por exemplo, não recebe abertas objeções de membros do governo brasileiro, alegando que outros países como os europeus não estão evitando a exploração do petróleo no Mar do Norte ou tomando medidas objetivas para a redução de combustíveis poluentes em seus veículos. Continua-se com uma tendência suicida que, com o aumento das irregularidades climáticas, a produção de alimentos indispensáveis seja insuficiente para atender toda a humanidade.

As próprias produções de alimentos vêm gerando a produção de CO2, como na pecuária. Ainda são experimentais as produções de florestas adicionais para absorver o carbono, como noticiado neste site. Medidas radicais precisam ser tomadas urgentemente para mudar a atual tendência, que é claramente insuficiente.

Os autores do relatório atual ressaltam que os desafios são profundos, exigindo mudanças radicais no manejo sustentável da terra para assentamentos humanos, produção de alimentos, criação animal, produção de fibras, bioenergia, armazenamento de carbono, biodiversidade e outros serviços ecossistêmicos.

Estas mudanças são complicadas, principalmente pelas resistências de muitas autoridades mal informadas, que alegam que as alimentações de muitos seriam comprometidas. Efetuar as mudanças vai custar muito, inclusive nos custos dos alimentos, para se conseguir uma exploração sustentável.

Todos concordam que os problemas são graves, mas ainda não há uma estratégica clara e possível para enfrentá-los. Enquanto isto, os problemas continuam se agravando num ritmo assustador, ampliando as dificuldades já existentes.



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