Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mudanças Importantes no Mercado Financeiro Brasileiro

11 de outubro de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , , ,

clip_image002Os meios de comunicação social de todo o mundo estão noticiando muitas mudanças relevantes, que nem todas conseguem ser acompanhadas pelos profissionais do setor, quanto mais pelos leigos que são os que arriscam seus ativos nestas aplicações que sempre envolvem riscos. Já se noticiaram que até os grandes bancos internacionais manipulavam as taxas de câmbio e de juros em Londres, com muitos tendo pago pesadas multas estabelecidas pelas autoridades, que são insignificantes quando comparadas com os lucros que obtiveram.

London Stock Exchange que passou a contar com um novo edifício que preservou parte do que era no passado

Londres já foi considerada dos mais importantes centros financeiros do mundo, pois lá se estabelecia o câmbio entre as principais moedas internacionais, e a taxa de juro chamado London Interbank Rate, do euro-dollar, que estavam fora das alçadas das autoridades monetárias inglesas. Uns poucos representantes de grandes bancos internacionais estabeleciam a taxa de câmbio que não era necessariamente produto das operações efetuadas, e nem a taxa de juros do euro-dollar era o resultado das compras e vendas realizadas. Eles foram pegos pelas irregularidades e pagaram expressivas multas, mas que eram insignificantes diante dos lucros que tinham usufruído. Lamentavelmente, estes tipos de desvios são frequentes nos chamados paraísos fiscais, que são utilizados em todo o mundo para diversas finalidades, evitando tributações.

Pode se citar como exemplo específico ainda vigente em que os navios das maiores empresas de navegação que operam no mercado internacional, como os da Petrobras e da Companhia Vale do Rio Doce que utilizam bandeira da Líbia, que é um mercado livre para estes navios, que usam menos tripulantes que os exigidos no Brasil, entre outras vantagens.

O mundo atual passa por mudanças significativas no câmbio, parte como decorrência da guerra comercial movida pelos Estados Unidos, principalmente contra a China. E estas ações provocam efeitos em toda economia mundial, inclusive no Brasil, que está se atualizando com o que ocorre em todos os países. Um exemplo é a multiplicação dos chamados fintechs, quando no Brasil haviam bancos e corretoras que operavam no mercado de recursos, inclusive de câmbio.

Neste período de grandes mudanças, novas instituições começam a intensificar suas operações no Brasil, parecendo oferecer remunerações que proporcionam resultados superiores aos tradicionais. No entanto, os aplicadores precisam estar atentos, pois os ágeis profissionais que atuam nestes mercados nem sempre explicam adequadamente que normalmente estes retornos são acompanhados de riscos. Muitos investidores perderam recursos com as aplicações nas moedas virtuais que não tinham o respaldo das autoridades monetárias de nenhum país e passaram por valorizações astronômicas, só beneficiando poucos operadores.

Lamentavelmente, muitas boas operações acabam beneficiando alguns fundos dos quais participam profissionais, mesmo que tenha se desenvolvido um sistema de seu controle. Os de resultados modestos costumam ficar com os fundos dos quais participam os clientes.

Estes tipos de distorções costumam ser dinâmicos, mudando com constância, sendo difíceis de serem acompanhados pelos clientes e mesmo pelas autoridades. O que seria desejável é que os dirigentes destas organizações pudessem se beneficiar ou serem punidos de forma análoga a dos seus clientes. Muitas das regulamentações são providenciadas pelos dirigentes financeiros que conhecem o setor profundamente. Parece preferível utilizar instituições tradicionais, ainda que elas proporcionem resultados mais modestos, mas com menores riscos.



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