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Danos do Coronavírus no Setor Hospitalar Brasileiro

23 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Saúde | Tags: , , ,

Apesar das medidas de emergência do governo federal que procuram atender parte da população afetada pelo coronavírus, a recessão na economia e as dificuldades de toda ordem para os menos privilegiados dos brasileiros, o que se observa até o momento é uma possível redução dos trabalhos em alguns setores relacionados com a saúde. Os planos de saúde parecem sofrer uma diminuição dos seus associados, os hospitais aparentam estar com movimentos reduzidos em alguns setores da saúde, muitos pacientes que precisam ser atendidos estão receosos de procurar os hospitais, ainda que tenham outras moléstias também graves.

São limitados os setores de saúde privados que estão sobrecarregados de tarefas. Na média, além de contarem com menos recursos para as suas necessidades fundamentais, muitos pacientes parecem receosos de estarem sujeitos aos riscos de contaminação com a atual pandemia. Dentro do possível estão evitando os hospitais, salvo em casos extremos. Muitos hospitais estão com setores sem intensos movimentos, ressalvadas as emergências inevitáveis.

Os anúncios dos hospitais e planos de saúde parecem ter aumentado na imprensa. Os hospitais públicos aparentam estar sobrecarregados, mas sempre que providências tenham que ser tomadas, os pacientes parecem receosos com os riscos de contaminações e as informações verbais indicam que, na média, os hospitais privados estão com mais leitos desocupados. Numa recessão econômica, dificilmente a redução do movimento é uniforme, mas nota-se que os setores com custos menores estão menos prejudicados. As alimentações, por exemplo, passaram pelo aumento dos chamados “deliveres”, normalmente num padrão mais simples com preços mais baixos.

Sempre existem honrosas exceções como em qualquer outro setor da economia durante uma recessão. Como a previdência social não consegue uma velocidade desejada nos seus trabalhos, em alguns setores do governo formam-se lamentáveis filas daqueles que não conseguem ser atendidos pelos telefones, notadamente quando as documentações exigidas não estão completas e atualizadas.

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                                 Hospital filantrópico Santa Marcelina, zona leste de São Paulo

Nesta situação, os hospitais filantrópicos que já estavam sobrecarregados, apesar de serem considerados complementares ao SUS – Sistema Único de Saúde, não contam com todas as condições para atender os necessitados. Muitos voluntários procuram se organizar para atender os menos privilegiados, com a máxima boa vontade e com ajudas eventuais de algumas empresas, inclusive no setor complexo da saúde.

Não seria desejável que as autoridades abusem nos seus discursos, quando milagres nos aspectos que envolvem a economia, são extremamente raros.



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