Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Continuamos Sabendo Pouco Sobre Covid-19

20 de novembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , , , ,

Constatando o que se verifica em várias partes do mundo, parece inevitável que tenhamos, lamentavelmente, que continuar conhecendo pouco sobre esta terrível pandemia chamada Covid-19, mesmo que se alimentem esperanças que vamos superá-la. Uma hipótese razoável é que com a chegada das estações mais frias do ano no hemisfério norte, obrigando mais pessoas a ficarem isoladas em ambientes fechados, seria natural o aumento de infectados e mortos. Mas o que se vem se constatando é que este tipo de segunda ou terceira onda também se observa no hemisfério sul, onde o clima torna-se mais quente. Alega-se que a população esteja abusando tomando menos cuidado, saturada com tempos de isolamento, mas também se constata que existem muitos tipos diferentes de vírus. As autoridades informam que as pesquisas sobre vacinas estão em progresso promissor, mas não se sabe para que tipo de vírus e quanto tempo se levará para que a maioria da população seja vacinada.

clip_image002

Dados relatados de contaminados nos Estados Unidos, constante do artigo no site do Washington Post

Informa-se que algo parecido vem ocorrendo em diversos países do hemisfério norte até com a terceira onda, na Europa e mesmo no Japão, ainda que os números sejam bastante diferentes. Os dados brasileiros, mesmo no hemisfério sul, também voltam a crescer. As razões são diversas, não se restringindo às temperaturas elevadas, havendo indícios que muitos estão baixando as guardas, deixando de se manter isolado pelo cansaço com o isolamento, que volta a ser cogitado novamente com maior rigidez.

Os cientistas informam que existem variados tipos de vírus considerados como Covid-19, havendo somente no Brasil cerca de sete diferentes. Algo parecido pode também estar ocorrendo em outros países, não se sabendo se as vacinas que estão sendo pesquisadas nos estágios avançados sejam eficientes com todas estas pequenas variações. Os desafios que persistem são grandes, apesar dos esforços que estão ocorrendo em muitos países.

Também existem suspeitas que, como todos os vírus, estejam ocorrendo mudanças com a sobrevivência dos mais resistentes aos medicamentos e medidas sanitárias que estejam sendo utilizados. A experiência com a infecção hospitalar mostra a elevada possibilidade de algo semelhante poder ocorrer, infelizmente.

Muitas autoridades que foram afetadas informam que em seus casos as sofisticadas assistências médicas e hospitalares não permitiram que ocorressem muitas mortes. No entanto, na população em geral, poucos podem contar com suportes equivalentes que são de custos elevados, enquanto os menos privilegiados já estão encontrando dificuldades para ser atendidos pelos órgãos públicos, mesmo os que mantêm entendimentos com hospitais privados considerados de elevada qualidade.

O dramático é que se dispõe de dados dos países mais desenvolvidos, e nem todos possuem sistemas como o do SUS – Sistema Único de Saúde do Brasil. Mesmo nos Estados Unidos, os critérios variam por estados, não se contando com uma coordenação nacional.

Estes problemas de saúde estão afetando as economias de muitos países, pois muitas atividades econômicas ainda não voltaram aos níveis anteriores na atual pandemia e os custos de recursos públicos são elevados.

O que seria desejável é que estes problemas de saúde não sejam confundidos com as pretensões política, como vem se observando em alguns países como os Estados Unidos e o Brasil. Já existe problema demais, havendo que se evitar problemas de interesses políticos partidários. As capacidades dos hospitais em muitos países já voltaram aos limites dos atendimentos possíveis.

Em alguns países, como o Japão, os espaços das residências são limitados exigindo que eventuais pacientes tenham se socorrer nos hospitais, não havendo condições para convivência com seus familiares. Também em alguns países menos desenvolvidos, as residências são usadas por muitos familiares não havendo condições dos pacientes serem isolados.

Os problemas que eram de saúde acabam sendo transformados em sociais, passando a exigir novos encargos econômicos que já estavam reduzidos com as diminuições das atividades empresariais.

A esperança de todos, como no passado, é que este conjunto de problemas se tornem oportunidades para novos estadistas democráticos conseguirem se destacar no mundo.



Deixe aqui seu comentário

  • Seu nome (obrigatório):
  • Seu email (não será publicado) (obrigatório):
  • Seu site (se tiver):
  • Escreva seu comentário aqui: