Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Artigo Sobre Seiji Ozawa no Japan Times

24 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

O Japan Times publicou um artigo sobre o consagrado maestro Seiji Ozawa baseado numa entrevista concedida à agência a AFG. Há mais de 50 anos este talentoso músico pretendia viajar para a Europa e somente contou com o patrocínio da Fuji Heavy Industries naquela época. Ele percorria de bicicleta com uma bandeira do Japão para divulgar este país que estava emergindo no pós-guerra. Na França, conheceu o maestro Charles Munch que foi o diretor musical da Orquestra Sinfônica de Boston e se tornou o seu grande mentor, ao se apresentar num concurso em Besancon, no leste da França.

Ele foi premiado, e com a ajuda de Charles Munch permaneceu como maestro principal da Orquestra Sinfônica de Boston por 29 anos, até 2002. Outro que o ajudou foi o maestro Herbert von Karajan, o principal da Filarmônica de Berlim, que convidava anualmente Seiji Ozawa como maestro convidado. Os músicos orientais eram pouco conhecidos na Europa, e não havia nenhuma tradição naquela parte do mundo na época. Foi também chamado por Leonard Bernstein para reger a Filarmônica de Nova Iorque. Ele se apresentou em todo o mundo, inclusive em São Paulo já há algum tempo.

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Maestro Seiji Ozawa

Em 2010, Seiji Ozawa contraiu um câncer no esôfago e passou por uma cirurgia, tendo passado por outra para curá-lo de uma hérnia em 2011. Aos 77 anos, depois de vencer o câncer, voltou a exercer a regência em algumas ocasiões. Ele tem programado para este ano algumas apresentações na Europa e vai levar os seus alunos para a Suíça, inclusive para algumas óperas. Também algumas apresentações estão programadas para o Japão.

Ele se dedica atualmente muito ao ensino, tanto no Japão como na Suíça, para um quadro seleto de músicos promissores. Ele informa que na Ásia também está se desenvolvendo a música erudita, como em Pequim, Tóquio, Osaka e Seul, como as cerejeiras estão florindo também em Washington. Mas afirma a todos que é preciso ir à Europa, o berço deste tipo de música, não havendo necessidade de se contar com um acompanhante.



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