Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Pequenas e Médias Empresas On-Line

29 de setembro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Em todas as economias desenvolvidas, como na Alemanha, no Japão e muitas outras, as pequenas e médias empresas desempenham um papel importante, pois possuem a flexibilidade para introduzir inovações rapidamente. No Brasil também se repete o fenômeno, como mostra o suplemento especial do Valor Econômico publicado hoje sobre o assunto, focando o uso de variados serviços on-line por elas, com destaque nas vendas. Apesar de um crescimento modesto em toda a economia, informa-se o comércio eletrônico, segundo relatório da WebShoppers da E-bit, como consta no artigo de Jacilio Saraiva, na primeira página do suplemento citado. Os crescimentos de todas as empresas chegariam a 26% nominal com relação ao ano passado, sendo que as pequenas e médias representariam 20% deste total, compreendendo 20 mil lojas.

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Tudo indica que os jovens e a população que usa a internet para o seu trabalho apresentam uma demanda maior, confiando nas empresas que utilizam estas facilidades, proporcionando as entregas se socorrendo dos Correios e empresas especializadas nas entregas nos locais indicados, com a rapidez indispensável. Os pagamentos costumam ser efetuados com os cartões e as qualidades dos produtos oferecidos costumam corresponder aos descritos. A quantidade de operações que acabam gerando problemas como devoluções e outras pendências, pelo que se saiba, continuam sendo desprezível.

Evidentemente, além das pequenas e médias empresas cuidarem da produção de alguns produtos, necessita contar com as promoções de seus produtos, além de contar com um serviço de logística que permita localizar os produtos prontos num estoque, para serem enviados, via os sistemas de entrega para os consumidores. As cobranças envolvendo cartões apresentam alguns custos que não são desprezíveis no Brasil, mas evitam os riscos das inadimplências.

O que o suplemento parece sugerir é que as pequenas e médias empresas que são apoiadas pela Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas não procurem concorrer com as grandes que já possuem experiências acumuladas nestes tipos de operações. O suplemento apresenta muitos artigos que relatam as experiências variadas destas empresas.

Já existem muitas empresas especializadas na prestação de serviços para pequenos e médios produtores, trabalhando com uma gama mais ampla de produtos. Como a escala acaba sendo relevante como em qualquer empreendimento, observam-se muitos prestadores de serviços, dependendo dos produtos que envolvem volumes variados, além de atenções diferenciadas aos consumidores.

Como este segmento é relativamente novo, nota-se que muitas empresas e bancos que desejam ter as novas pequenas e médias se interessam em apresentar seus anúncios nestes suplementos, acabando por sustentar um suplemento de 24 páginas, tornando-se interessante para os jornais.


Linha Editorial da Folha de S.Paulo

17 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , , , | 1 Comentário »

Sempre tendemos ser críticos aos trabalhos da imprensa, tanto do Brasil como do exterior, inclusive da Ásia que procuramos acompanhar para inspirar alguns artigos que são postados regularmente neste site. Mas, para ser justo, procuramos ressaltar também as contribuições positivas que vêm sendo dadas, como no caso da Folha de S.Paulo, mesmo convicto que o principal papel da imprensa continua sendo a de apontar as irregularidades que se observam em qualquer país, como um dos instrumentos mais importantes para a democracia. No número deste domingo, podemos destacar o artigo que faz parte da série “O Brasil que mais cresce” que já cobriu 45 localidades pelo interior deste país, ou mesmo no litoral, fora dos grandes centros urbanos do Brasil.

É natural que a imprensa privada, para poder sobreviver, destaque sempre os assuntos que são de maior interesse dos que anunciam em suas páginas. São as grandes empresas, notadamente os componentes do sistema financeiro, onde as críticas à política econômica costumam se destacar. É evidente que existem dificuldades que devem ser apontadas, mas voltar os olhos para a produção e o que está acontecendo neste país também precisa ser de conhecimento da população, o que parece apresentar algumas insuficiências.

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Elevado Crescimento Econômico com Inovações

17 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , | 4 Comentários »

Justin Yifu Lin é atualmente economista-chefe e vice-presidente sênior para desenvolvimento econômico do Banco Mundial, tendo uma carreira acadêmica incluindo o de fundador do Centro Chinês de Pesquisa Econômica na Universidade de Peking, tendo sido também professor de Ciência e Tecnologia na Universidade de Hong Kong. Conta, portanto, com credencial para escrever o artigo divulgado pelo Project Syndicate sobre o desenvolvimento acelerado das economias emergentes como a China, a Índia e o Brasil.

Fazendo considerações históricas, ele relata didaticamente sobre a possibilidade de manter um elevado ritmo de crescimento absorvendo inovações nas economias menos avançadas provenientes das experiências de outros já desenvolvidos. Ele ensina que até a Revolução Industrial não havia grandes diferenças nos níveis de desenvolvimento entre os países. Estas diferenças apareceram depois, e a partir dela houve uma concentração a tal ponto que em 2000 o Grupo dos Sete contava com dois terços do PIB mundial. Mesmo com o crescimento asiático mais recente, poucos foram os países que conseguiram passar de baixa renda para elevada. Entre 1950 e 2008, segundo o autor, somente 28 economias no mundo e 12 economias asiáticas foram capazes de reduzir a diferença de sua renda per capita com os Estados Unidos em dez por cento. 150 países se mantiveram com baixa ou média renda. Reduzir estas diferenças, segundo Justin Yifu Lin é o atual desafio.

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Justin Yifu Lin

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Aperfeiçoamentos na Indústria Automobilística

8 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

De forma surpreendente, a Google, segundo a CNN, conseguiu completar satisfatoriamente um teste de 200 mil milhas (mais de 300 mil quilômetros) com um veículo totalmente dirigido por um computador, tendo obtido a licença para o seu uso no Estado de Nevada, nos Estados Unidos. É considerado um veículo autônomo, e no futuro deverá estar nas estradas. A licença foi concedida para a Google, o gigante do Vale do Silício em tecnologia. O projeto começou em 2010 com Sebastian Thrun, e visa prevenir acidentes de trânsito, economizar o tempo dos motoristas e reduzir a emissão de carbono. A informação completa sobre esta notícia pode ser obtida em: http://edition.cnn.com/2012/05/07/tech/nevada-driveless-car/index.html

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Veículo autônomo, que dispensa motorista

Do Japão vem a notícia publicada no Nikkei que a Toyota consolidou a sua aliança com a Fuji Heavy Industries, focada em veículos ecológicos, que obteve sucesso com o seu Subaru BRZ lançado simultaneamente com a Toyota 86.

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Presidente da Fuji Heavy, Yoshinaga, cumprimenta o presidente da Toyota Motor,Toyoda
 
A Fuji Heavy passava por dificuldades e, obtendo a participação da Toyota, tenta superar suas dificuldades, produzindo o modelo Camry, da Toyota, numa planta independente nos Estados Unidos, chamada SIA – Subaru of Indiana Automotive. Ao mesmo tempo, passa a produzir modelos menores que estão com a demanda crescente no mundo, numa colaboração com a Toyota, necessitando estabelecer uma estratégia comum para o futuro.

A indústria automobilística mundial passa por mudanças, com novas alianças. A General Motors procura um entendimento com a Volkswagen bem como com a Isuzu, o mesmo acontecendo com a Fiat. A Nissan, que já opera com a Renault, decidiu adquirir o controle da russa AvtoVAZ. Montadoras chinesas estão aparecendo no cenário mundial.

Tudo indica que nos próximos anos, com as crises se estendendo por muitos países, as mudanças e acordos serão inevitáveis, dentro de um quadro que não poderia ser imaginado no passado. Até as indústrias japonesas, que tinham orgulho das suas tecnologias desenvolvidas dentro de suas empresas, estão sendo obrigadas a se associar com outras, inclusive no exterior.

A globalização e as crises acabam sendo implacáveis, exigindo mudanças que eram difíceis de serem imaginadas. Parece que não existe mais as barreiras intransponíveis.


Mudanças Observadas no Centro de Tóquio

26 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Muitos turistas estrangeiros evitam visitar o Japão neste outono do Hemisfério Norte temendo os efeitos provocados pelos acidentes naturais, como o terremoto seguido do tsunami. Já noticiamos que os hotéis estão fazendo promoções especiais diante deste fato, pois os riscos voltaram aos níveis normais e anteriores. Mas outros aspectos surpreendem aos que estão acostumados com Tóquio, pois notam que as restrições às iluminações não mais existem, e pelo contrário, como noticiou o jornal econômico Nikkei de hoje, novos empreendimentos remodelaram o centro tradicional da capital japonesa, oferecendo novos atrativos na região de Ginza, com preços convenientes. As remodelações imobiliárias que já estão prontas e outras em aceleradas construções surpreendem até mesmo os que recebem notícias sobre elas.

A loja de Departamentos Hankyu Hanshin lançou um exuberante Hankyu Men´s com uma dimensão que não se encontra em nenhuma metrópole do mundo, com as mais conhecidas grifes masculinas internacionais. Tais estabelecimentos costumam atrair as clientes que são melhores consumidoras, e, para elas, ao seu lado foi instalado o Lumine, tendo no meio um moderno relógio que lembra a atração de Praga, na República Checa, que é antiga. Tudo isto renovou o varejo de luxo na parte mais central de Tóquio, que ganha um novo brilho, sem esquecer as partes culturais atuais.

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Carlos Ghosn Escrevendo para o Nikkei

1 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias, Tecnologia | Tags: ,

carlos ghosn Carlos Ghosn, presidente da Renault/Nissan, nascido em Rondônia, no Brasil, e também treinado na Europa, publica uma inédita série de cinco artigos no principal jornal japonês Nikkei. O respeitável empresário que ganhou grande prestígio no Japão ao aceitar, como um estrangeiro, a missão de recuperar a Nissan, que todos achavam ser missão difícil dada às diferenças culturais e empresariais da grande empresa japonesa, com arraigada tradição. Ele tanto obteve sucesso que se tornou uma espécie de guru dos japoneses, conquistando a presidência da Renault, que atua em todo o mundo.

Ele tem autoridade no que fala a respeito das tendências futuras da indústria automobilística, e no primeiro artigo publicado destaca que a necessidade é a mãe da inovação, e o ceticismo, o pai, e de ambos derivam soluções para a vida. As indústrias automobilísticas produzem veículos que permitem aos seres humanos superarem distâncias, desafiando os terrenos. Mas eles estão numa fase de transição, pois utilizaram por 100 anos veículos movidos por motores basicamente de gasolina, apesar dos seus aperfeiçoamentos.

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