Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Jornal Brasil Econômico Cobre Missão Japonesa

6 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

É um acontecimento raro o lançamento de um jornal econômico no Brasil, a partir do Rio de Janeiro, o que ocorreu sem muita divulgação nacional. Aparenta ser bastante completo e furou os principais jornais brasileiros ao noticiar a vinda da missão econômica japonesa, comandada pelo ministro de Indústria e Comércio do Japão, Toshimitsu Motogi, composta de 68 empresários, alguns de grande peso. Foram recebidas pela chefe da Casa Civil, ministra Gleisi Hoffmann. A notícia, elaborada por Edla Lula, proveniente de Brasília, informa que estiveram também com os ministros Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Edison Lobão, de Minas e Energia. A não divulgação do assunto pelos principais jornais nacionais pode indicar a pequena importância dada ao assunto, ou as dificuldades de comunicação de fatos ocorridos na sexta-feira em Brasília.

A notícia informa que os japoneses revelaram interesse em investir na área do petróleo e da infraestrutura no Brasil. Entre os empresários japoneses de maior destaque figuram o vice-presidente da Mitsubishi Heavy, Atsushi Maekawa, o chairman da Honda Motors, Fumihiko Ike, o presidente da Toyota para o Mercosul, Shunishi Nakanishi, e o vice-presidente da Nippon Steel & Sumitomo Metal, Kozuka Shuichiro, recentemente fundidas.

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Ministra Gleisi Hoffmann e o ministro japonês Toshimitsu Motegi

Este site já noticiou que os japoneses estavam interessados em estabelecer uma parceria com a Petrobras para instalar um porto flutuante, que funcionaria a cerca de 200 quilômetros da costa, para dar um amplo apoio as atividades crescentes no pré-sal. Além disso, a missão japonesa teria revelado o interesse em participar das novas licitações de áreas de exploração nesta região do pré-sal anunciada para breve.

A notícia confirma que os japoneses estão interessados em reforçar as parcerias com grupos brasileiros nos estaleiros, como que a Kawasaki Heavy mantém no Estaleiro Enseada do Paraguaçu, e a IHI-MU, controlada pelo grupo Mitsui, mantém com o Estaleiro Atlântico Sul. Pelo que se noticiam no Brasil, estes projetos estão atrasados nos fornecimentos contratados com a Petrobras, necessitando acelerar os seus investimentos e execução dos trabalhos, a fim de evitar as importações de equipamentos pesados que continuem crescentes.

Segundo a notícia, discutiram-se possibilidades de outros investimentos como a televisão, nanotecnologia, automóveis e outros setores. E o governo brasileiro continua insistindo nos investimentos japoneses em semicondutores por entender que estaria dentro do acordo para o uso do padrão japonês para TV digital, que não recebe a mesma interpretação dos nipônicos.

Seria de extremo interesse que este projeto do jornal Brasil Econômico tenha condições de consolidar-se, pois no momento só se dispõe do Valor Econômico, que é extremamente importante nacionalmente depois de anos de luta, mas não há conveniência que seja o único nesta especialidade. Mas parece que isto não é uma tarefa fácil, ainda que venha associado com o site IG, que acaba dando velocidade na sua divulgação eletrônica.



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