Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Márcia Castro Professora Brasileira em Harvard

30 de maio de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , ,

clip_image002A carioca Márcia Castro formou-se em Estatística no Rio de Janeiro, obteve em Princeton um Ph.D com distinção e hoje leciona na Universidade de Harvard como professora titular, pesquisando sobre a malária e doenças transmitidas por mosquitos na Amazônia. Deu entrevista a Ricardo Lessa, publicada no suplemento Eu & Fim de Semana, do jornal Valor Econômico, falando sobre a atual crise brasileira.

Professora Márcia Castro de Harvard, que deu entrevista para Eu & Fim de , do Valor Econômico, que vale a pena ser lida na íntegra

A recomendação atual da professora Márcia Castro é que os pobres brasileiros que correm o risco de contágios do coronavírus sejam acomodados nos hotéis que estão vazios, pois eles não têm onde ficar isolados, como segunda parte. Ela, como muitos profissionais brasileiros, é crítica ao que está acontecendo, onde o governo não tem um plano claro para enfrentar o atual problema, que atinge fortemente os menos privilegiados. Mas ela admite que isto aconteça também em outros países, até como os Estados Unidos, mesmo gastando grandes recursos. Com as atuais tendências, ela afirma que o Brasil vai estourar, não havendo nem um esquema econômico claro, quando desperdiçou a chance que tinha com o Sistema Único de Saúde – SUS, que foi esquecido.

Segundo ela, não basta injetar recursos na economia, havendo necessidade de um controle do isolamento social organizado para a complexidade brasileira. O que está sendo feito gera uma imensa dívida, com pequenos resultados.

Como muitos acadêmicos das universidades norte-americanas, ela efetua uma pesquisa de campo, com dados dos satélites, provando a ligação causal da transmissão das doenças com fatores ecológicos, como desmatamentos e avanço das atividades humana na floresta. Ela estava com nova viagem marcada, que está suspensa diante da atual crise da coronavírus, atualmente prevista para setembro próximo. As aulas continuam usando meios remotos.

Ela entende que a retomada das atividades no Brasil seja outro problema, o que pode ser feita se houver controle dos infectados, com rede laboratorial capaz de realizar testes rápidos. Sem o que ocorreria novas ondas de epidemia e este país é dos que fazem menos testes no mundo. Segundo ela, não existem planos para estes problemas ainda. O que poderia se acrescentar é a esperança das novas tecnologias que estão sendo desenvolvido no Brasil com a colaboração fundamental do Hospital Albert Einstein para estes testes rápidos e maciços.



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